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Compreensão das Ideias de Adam Smith

Por:   •  7/10/2019  •  Trabalho acadêmico  •  3.635 Palavras (15 Páginas)  •  123 Visualizações

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 Introdução

O seguinte trabalho tem o objetivo de mostrar como as teorias de Adam Smith, revolucionaram o pensamento acerca de um sistema tão complexo e cheio de particularidades como o capitalismo o que requer uma base bem construída, exige um conhecimento histórica e filosófica para sua compreensão.

Smith teve como cenário histórico o século XVIII (das luzes), ao qual atuou como Economista e Filósofo. O autor da obra “as Causas da Riqueza das Nações” é considerado como o mais importante pensador do Liberalismo econômico. O Economista ficou conhecido por sua teoria do livre comercio, defendia um princípio que regularia naturalmente o mercado, ou seja, aponta para um estágio de eficiência tal que não necessitaria da intervenção estatal. A livre concorrência proporcionaria a regulamentação do mercado, a queda de preços e os avanços tecnológicos. Portanto como uma “Mão Invisível” que tudo rege. Procuramos expor algumas de suas teorias sobre as forças que regem o capitalismo

. Smith relata a tendência natural dos seres humanos ao comércio, escambo, a troca de produtos e serviços. Os seres humanos procuram então se especializar em uma determinada ocupação para daí poder negociar seus excedentes produtivos. Todas essas transformações levam a divisão do trabalho e consigo o aprimoramento da produção. Sem falar de suas vantagens como; o aumento da destreza do operário, a economia de tempo, e por último a invenção de máquinas que facilitem a realização do trabalho. Mas pela dependência que esta divisão tem em relação ao mercado, este o limita pela sua extensão. Contudo antes de entrar nas questões propriamente de Smith apresento um pequeno contexto histórico para localizar e apresentar como se fez realmente todo esse sistema de transformações nos métodos de trabalho, desde o artesanato passando-se pela manufatura até a maquino fatura.

 Tratamento científico da economia política

No princípio os economistas ao analisarem a economia política, partiam do todo vivo: a população, a nação, o estado. Porém, sempre acabavam por cair em modelos abstratos que regiam as outras relações, como: a divisão do trabalho, o dinheiro, o valor e a partir disso os sistemas econômicos começavam a existir. partindo de noções simples - trabalho, divisão do trabalho, necessidade, valor de troca - se elevam até ao Estado, à troca entre nações, ao mercado universal. Eis, manifestamente, o método científico correto.

“O concreto é concreto porque é a síntese de múltiplas determinações e, por isso, é a unidade do diverso.” (MARX, 1859, O método da economia política)

Dessa forma entre os séculos XVIII e XIV a economia política desenvolveu-se com o objetivo de compreender e explicar os processos de produção, circulação e consumo de bens materiais, bem como das relações humanas que os permeiam.

Com Adam Smith e a criação de sua teoria do valor, um dos pilares da economia política, o tratamento científico a essa ciência começou a tentar explicar coisas do cotidiano, como: Por que uma mercadoria como um telefone celular é mais cara que outra, como um chiclete? Por que o preço de um livro velho autografado pelo autor é mais caro que um exemplar novo, do mesmo livro, mas sem o autógrafo?

Para Smith, a divisão do trabalho no interior das manufaturas, depois em fábricas e indústrias, foi fundamental para o aumento da produção de bens materiais e para a geração de riqueza, de forma geral, já que o consumo dessas mercadorias produzidas era estimulado pelo recebimento do salário por parte do trabalhador, fato de foi criticado por Marx em seu livro, o capital. A partir disso a economia começou a ser tratada como uma ciência, visto que era utilizada para explicar as relações mencionadas.

 A formação do capitalismo corporativo e a defesa do Laissez faire e Laissez-passer.

O capitalismo de livre concorrência presenciou, no final do século XIX, os fortes impactos dos grandes aperfeiçoamentos tecnológicos, e somente as empresas de grande porte puderam tirar vantagem dos novos e mais eficientes métodos de produção. A partir deste momento, a concorrência tornou-se tão agressiva e destrutiva que, pouco a pouco, as empresas menores foram sendo eliminadas. Outrossim, a concorrência entre as empresas de grande porte era altamente devastadora e destrutiva que em vias de se destruírem umas às outras, optavam por se associar, formando cartéis, trustes ou fundindo-se para manter a própria sobrevivência. Assim, o mundo dominado pelas gigantescas empresas teve consequências devastadoras para economia, colocando em dúvida, inclusive, a própria manutenção da ideologia liberal clássica do capitalismo; pois o que se viu foi a configuração de uma tendência inexorável à formação de um poder monopolista exercido por algumas poucas corporações.

“Justamente quando o capitalismo de livre concorrência parecia atravessar a sua fase de maior esplendor, as forças que, como Marx previra, levariam a concentração do capital, começaram a produzir os seus efeitos.” (SMITH E SHERMAN, História do Pensamento Econômico, 1992, cap.7)

As crescentes fusões dessas grandes empresas foram as causa fundamentais desse processo de concentração, sem precedentes na história do capitalismo, em consequência da concorrência excepcionalmente violenta que devastou e arruinou um grande número de pequenas indústrias. Diante disso, muitos começaram a colocar seriamente em dúvida a noção liberal da mão invisível, atribuindo ao individualismo desenfreado a responsabilidade por esse estado de guerra incontrolável: a concorrência implacável entre as indústrias nessa época.

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”Os aperfeiçoamentos tecnológicos foram de tal monta que só as fabricas de grande porte puderam tirar proveito dos novos e mais eficientes métodos de produção. A concorrência tornou-se tão agressiva e destrutiva que, em pouco tempo, as empresas menores foram eliminadas. ” .” (SMITH E SHERMAN, História do Pensamento Econômico, 1992, cap.7)

A imensa concentração do poder econômico nas mãos de um pequeno número de empresas gigantescas e de uma pequena parcela da população parecia contradizer e tornar desatualizada a ideologia liberal clássica. Por maior que pareça essa defasagem entre os pressupostos da teoria econômica liberal clássica e a realidade econômica do final do século XIX, as doutrinas sustentadas pelo liberalismo clássico não caíram por terra. Pelo contrário,

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