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ECONOMIA MODERNA BRASILEIRA

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Por:   •  29/5/2014  •  Tese  •  1.909 Palavras (8 Páginas)  •  337 Visualizações

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ADM 305

ECONOMIA BRASILEIRA CONTEMPORÂNEA

Roteiro de estudos da disciplina ADM 305 – Economia Brasileira Contemporânea, do Curso de Bacharelado em Administração de Empresas.

Prof. Wendel Sandro de Paula Andrade

UBÁ

MINAS GERAIS

2008

ECONOMIA BRASILEIRA CONTEMPORÂNEA – ADM 305

Prof. Wendel Andrade

UNIDADE 1 – NOÇÕES DO CRESCIMENTO E DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO

Para darmos início à diferenciação entre crescimento e desenvolvimento econômico, vamos primeiramente apresentar as definições básicas desses dois termos, para que seja formulada a idéia inicial da diferença entre eles.

Crescimento econômico – compreende a expansão do produto real da economia, durante certo período de tempo, sem implicar em mudanças estruturais e em distribuição de renda.

Desenvolvimento econômico – é um conceito mais amplo, pois implica em aumento do produto real per capita, com mudanças de estrutura, com crescimento da participação do produto industrial no produto total, e melhoria dos indicadores sociais e da distribuição de renda (redução da mortalidade infantil, do analfabetismo, queda no n.º de pobres na população total etc).

A renda per capita é sim, um indicador de desenvolvimento, mas esta, por si só, não indica desenvolvimento, seja porque pode estar havendo uma concentração de renda no topo da pirâmide social, ou porque os demais indicadores de desenvolvimento não sofreram alteração positiva.

Vamos então abordar esse tema sob a ótica da Cepal (Comissão Econômica para a América Latina e Caribe), criada após a Segunda Guerra Mundial (1939-1945), pelas Nações Unidas, com o objetivo de realizar estudos visando o desenvolvimento da região.

Os economistas cepalinos partiram de críticas acirradas à doutrina da vantagens comparativas do economista inglês David Ricardo (1772-1823), que dava fundamento à dominação política e que prolongava o estado de subdesenvolvimento dos países pobres. Segundo a teoria ricardiana os países pobres deviam dedicar-se à produção de produtos agrícolas e os países ricos dedicar-se à produção de produtos industriais, e com isso o crescimento econômico mundial seria distribuído de maneira igualitária entre os países, o que na verdade não ocorre, por uma série de outros motivos.

Existe uma corrente de pensamento que trata crescimento e desenvolvimento como se tivessem o mesmo significado. Para esses economistas, o crescimento econômico é distribuído entre os proprietários dos fatores de produção, promovendo automaticamente a melhoria dos padrões de vida e o desenvolvimento econômico.

No entanto, o que se verifica é que existe uma tendência de formação de oligopólio, ou seja, um mercado formado por poucas empresas ofertando um dado produto no mercado, e essa estrutura tende a tornar a renda mais concentradas nas mão dos donos do capital, ao invés de uma distribuição mais equilibrada entre empresários e a massa operária. Assim, o crescimento econômico, ou seja, o acréscimo de renda gerado na economia seria distribuído de forma desigual, aumentando a concentração de renda, o que é um conceito contrário ao de desenvolvimento.

Contudo, a experiência tem mostrado que o desenvolvimento econômico não pode ser confundido com crescimento, porque os frutos da expansão da economia, ou seja, do crescimento econômico, nem sempre beneficiam a economia como um todo e o conjunto da população.

Mesmo que a economia cresça a taxas relativamente elevadas, o desemprego pode não estar diminuindo na rapidez necessária, tendo em vista a tendência contemporânea de robotização e de informatização do processo produtivo.

Associado ao crescimento econômico podem estar ocorrendo outros efeitos perversos, tais como:

a) Transferência do excedente de renda para outros países, reduzindo a capacidade de importar e de realizar investimentos. Isto pode ocorrer através da remessa de lucros ao exterior, para os acionistas das empresas de capital estrangeiro instaladas no Brasil;

b) Apropriação de parcela crescente desses excedente por poucas pessoas no próprio país, aumentando a concentração de renda e de riqueza. Os lucros concentrados nas mão de uma elite dominante, e que apoiada por uma estrutura de mercado muitas vezes oligopolizada, retém para si um lucro maior do que o considerado justo;

c) Salários básicos extremamente baixos limitando o crescimento dos setores que produzem alimentos e outros bens de consumo mais popular;

d) Empresas tradicionais não conseguem desenvolver-se pelo pouco dinamismo do setor no mercado interno; e

e) Dificuldades para a implantação de atividades interligadas às empresas que mais crescem, exportadoras ou de mercado interno.

A segunda corrente, que é a corrente da Cepal, encara o crescimento econômico como uma simples variação quantitativa do produto, enquanto o desenvolvimento envolve uma mudança qualitativa no modo de vida das pessoas, das instituições e das estruturas produtivas.

Nesse sentido, desenvolvimento caracteriza-se pela transformação de uma economia arcaica em uma economia moderna, eficiente, juntamente com a melhoria do nível de vida do conjunto da população.

O Desenvolvimento econômico define-se também pela existência de um crescimento econômico contínuo (g), em ritmo superior ao crescimento demográfico (g’), envolvendo mudanças estruturais e melhorias de indicadores econômicos e sociais. Compreende um fenômeno de longo prazo, implicando o fortalecimento da economia nacional e a elevação da produtividade.

Com desenvolvimento a economia adquire maior estabilidade e diversificação; o progresso tecnológico e a formação de capital tornam-se gradativamente fatores endógenos, isto é, gerados predominantemente no interior do país.

Apesar da diversificação

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