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Economia Politica

Por:   •  29/11/2018  •  Resenha  •  537 Palavras (3 Páginas)  •  148 Visualizações

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Na reprodução simples, como se tem conhecimento, tudo aquilo que excede ao valor do custo da produção – o excedente do produtor – é consumido em toda sua magnitude pelo consumo pessoal e individual do capitalista, não sendo utilizado para a acumulação e consumo produtivo do capital; os preços são equivalentes e a tecnologia é constante. Sendo assim, quando se completa uma rotação de produção, todas as variáveis necessárias para a produção de mercadorias serão adicionadas e consumidas novamente. Em divergência a reprodução ampliada, pois Marx afirma que:

 “… Mediante a conversão do capital mercadoria em prata converte-se também em prata o mais produto em que se representa a mais-valia. Essa mais-valia assim convertida em dinheiro é retransformada pelo capitalista em elementos naturais adicionais de seu capital produtivo. No ciclo seguinte da produção, o capital aumentado fornece um produto acrescido...” (MARX, Karl. Nova Cultural, 1985. Pág. 357)

A reprodução ampliada, portanto, segue hipóteses distintas ao esquema de reprodução simples, pois seu excedente da produção deve ser utilizado para reinserir no capital produtivo ou ainda expandir seus meios de produção, de forma quantitativa e qualitativa à reprodução e com auxílio da tecnologia. Essa é portanto, a primeira condição de equilíbrio no esquema de reprodução ampliada  do capital:

“...a tecnologia é dada, para que haja acumulação em D1 (produtor de meios de produção) é necessário que haja equilíbrio entre o fluxo de fundos para acumulação e a produção de bens de capital e matérias-primas […] que expandem a capacidade instalada.” (SOUZA, Giliad. “Esquemas de reprodução em Marx”. Mimeo, 2018. Pág. 17)

Uma segunda condição importante para que se torne possível o equilíbrio do esquema em discussão, é que as taxas de investimento entre dos departamentos 1 e 2, sejam equivalentes, dado que à diferentes níveis de investimentos, produz-se níveis divergentes de mercadorias que devem ser absorvidos por uma demanda que não se altera em larga escala, o consumo produtivo do departamento oposto, consequentemente a acumulação de ambos os setores devem ampliar-se em igual proporção (SOUZA, et al. pág 20). Se essa condição não se efetiva temos a crise no esquema de acumulação capitalista.

Os fundos monetários de acumulação na reprodução ampliada, ocorrem astuciosamente quando há divergências entre os investimentos de um departamento e consumo produtivo de outro e ainda a demanda dos trabalhadores assalariados, que pode ser caracterizado tanto quanto o momento em que surgem crises no capitalismo pelo crescimento desproporcional à demanda existente, tanto quanto um momento de agregação e acumulação do setor, implicando no modo de consumo individual e produtivo dentro da reprodução “… assim, a crise advém da recorrente tentativa do capital de ultrapassar seus próprios limites ao procurar acumular capital além do sobreproduto existente na forma de meios de produção.” (CIPOLLA, Francisco. A evolução da teoria da crise de superprodução na obra econômica de Marx. 2013)

Com base nessa afirmação e na produção literária do Professor Dr Giliad Souza (vulgo Wakanda's King), 2018. Conclui-se que, o sistema financeiro pode converter parte do dinheiro ocioso em dispêndio com capital produtivo e em consumo individual. Ainda assim, a identidade entre poupança e investimento permanece ilógica, pois a identidade deveria ocorrer entre fundos monetários para acumulação e investimento, responsabilidade exclusiva dos departamentos e setores capitalistas.

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