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História econômica das estradas de ferro no Brasil: 1854-1997

Por:   •  14/10/2017  •  Projeto de pesquisa  •  1.609 Palavras (7 Páginas)  •  279 Visualizações

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UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DO RIO DE JANEIRO – IM

MONIQUE DE OLIVEIRA PEDERSANE

História econômica das estradas de ferro no Brasil: 1854-1997

Resumo

Apesar da  importância das estradas de ferro  no desenvolvimento econômico, financeira, tecnológico,  empresarial e cultural do Brasil, as  fontes bibliográficas para o estudo da história ferroviária brasileira encontram-se dispersas, sendo dificilmente localizáveis e acessíveis para a grande maioria dos pesquisadores, em particular para os estudantes  que se encontram em processo de elaboração de  monografias e teses acadêmicas em instituições de ensino localizadas em cidades  distantes das mais importantes bibliotecas e arquivos do país.

 O objetivo do trabalho é identificar,  localizar, indexar  e documentar as fontes de estatísticas para a história econômica das ferrovias no Brasil. À guisa de introdução, o  trabalho resenha os guias bibliográficos e  obras de referências  sobre aspectos diversos da história das ferrovias no Brasil buscando identificar as  contribuições mais significativas no que concerne às fontes de estatísticas.

O cerne do trabalho será uma análise detalhada das referências bibliográficas sobre estatísticas econômicas que se encontram disponibilizadas em formato digital nas páginas do projeto Memória Estatística do Brasil no Ministério da Fazenda no Rio de Janeiro onde destacam-se os  

  • relatórios imperiais, presidenciais, provinciais e ministeriais (reproduzidos também na páginas  do Latin American Project da University of Chicago e indexados no Hartness Guide of Statistical Information);
  • os relatórios anuais e anuários estatísticos das ferrovias publicados pelo  Ministério de Viação e Obras Públicas (MVOP)  e, posteriormente, pela Rede Ferroviária Federal (RFFSA) até sua privatização em 1997;
  • os anuários estatísticos e recenseamentos econômicos do setor de  transportes do IBGE;
  • Relatórios administrativos e econômico-financeiros das principais empresas ferroviárias do país, incluindo a Estrada de Ferro D. Pedro II --  posteriormente  Central do Brasil e RFFSA – e as Estradas de Ferro Sorocabana, Mogiana, Ituana e Paulista (essas ultimas  reproduzidos  também  nas páginas dos Relatórios Administrativos das Empresas Ferroviarias publicados pela Universidade do Estados de São Paulo). Os relatórios das empresas  ferroviárias, em especial,  apresentam estatísticas anuais detalhadas sobre fluxos de mercadorias, receitas e despesas operacionais, os valores dos ativos reais e financeiros, a descrição técnica do material rolante, máquinas e equipamentos, das ferrovias (bitola, curvatura, declividade, etc.) e das obras de arte construídas (extensão e largura das pontes e túneis, etc.)  no  período 1854-1997.  

Trata-se, portanto, de um acervo de  fontes estatísticas fundamentais  para  os estudos de vários aspectos da história econômica das ferrovias brasileiras, destacando-se as estimativas de produto, emprego, investimento e  estoque de capital, produtividade,  funções de produção e  eficiência operacional que informam as análises de questões mais amplas de política econômica como estratégias de localização geográfica, regulação, privatização, estatização, entre outras.  

O trabalho vem, portanto, preencher  lacuna bibliográfica importante e, dessa forma,   possibilitar  avanços significativos  nas histórias econômica, financeira, tecnológica,  empresarial e cultural das ferrovias no Brasil.

Metodologia

Serão construídas planilhas contendo, nas linhas, as referencias bibliográficas para as publicações ou fontes de dados identificadas e, nas colunas, além dos metadados das referencias bibliográficas identificadas, serão discriminadas a cobertura (ou seja, o número de estradas de ferro), bem como as principais variáveis (extensão das ferrovias, quantidades transportadas, receitas operacionais, despesas operacionais, emprego,  investimentos, acidentes, etc.) que são publicadas na referência em caso.

Várias dessas planilhas já se encontram construídas ou então podem ser construídas a partir das planilhas que são construídas para fazer o registro no IA.  

Referencias preliminares (feitas para estimativas de estoque de capital)

 

De 1854 a 1906  as fontes  primárias são os relatórios das empresas (Sorocabana and Funilense 1907, Companhia Paulista de Estradas de Ferro 1919) atuando no  período.  As fontes secundárias incluem os relatórios ministeriais e os anuários estatísticos das ferrovias (Brasil.  Ministério da Agricultura 1860-1908, Ministério da Indústria Viação e Obras Públicas 1892-1907, Brazil. Ministério de Viação e Obras Públicas.  Directoria Geral de Obras e Viação 1898-1950, Ministério Viação e Obras Públicas. Directoria Geral de Obras e Viação 1908-1920),   os estudos contemporâneos ou históricos (Galvão 1869, Estrada de Ferro D. Pedro II 1880, Picanço 1884, Pessôa Júnior 1886, Picanço 1891, Silva Coutinho 1898, Rodrigues 1902, Cunha 1909, Figueira 1909, Cunha, Calmon et al. 1910, Baptista 1942, Pinto 1949, Brito 1961, Saes 1981, IBGE 1986, Summerhill 1997) disponíveis.

A  publicação  (IBGE 1986) constituiu a fonte original de dados para a elaboração das estimativas dos investimentos em ferrovias. Nela encontram-se listadas 88 empresas de estrada de ferro criadas no período 1954-1906, discriminando para cada uma delas os  principais trechos ferroviários construídos distinguidos pelos  nomes das  suas estações inicial e final (ou dos municípios ou localidades onde elas se encontravam, respectivamente),    extensão quilométrica , datas de  início e conclusão; e o custo aproximado de construção; bem como por  suas características técnicas como bitola, altitudes declividade, raio mínimo de curvas, além de esparsas informações sobre outros aspectos técnicos (e.g., sistema de tração e aderência, etc.

Os dados de (IBGE 1986) foram checados e complementados  com  dados provenientes das demais fontes, buscando sobretudo desagregar as informações sobre extensão, duração e custos de construção dos trechos ferroviários. Nesse sentido, destacam-se (Brasil.  Ministério da Agricultura 1860-1908),   para a todo o período (Brasil.  Ministério da Agricultura 1860-1908, Galvão 1869)  (Galvão 1869) para  1867-68, (Estrada de Ferro D. Pedro II 1880, Picanço 1884) para 1879, o primeiro abrangendo exclusivamente as ferrovias de MG, RJ e SP; (Pessôa Júnior 1886):487-500 para 1885,  (Baptista 1942, Brito 1961) para 1889, (Silva 1904) para 1901,  (Silva Coutinho 1898) para as ferrovias do Nordeste c. 1995; (Figueira 1909)  para a Central do Brasil em  1896 e 1899, (Cunha 1909, Cunha, Calmon et al. 1910, IBGE 1986) para 1906 e (Companhia Paulista de Estradas de Ferro 1919, Saes 1981) para as ferrovias Paulista, Sorocabana e Mogiana  desde suas respectivas  fundações.

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