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Livro Economia da Inovação Tecnológica

Por:   •  19/5/2017  •  Resenha  •  1.433 Palavras (6 Páginas)  •  584 Visualizações

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Dúvida: Para citar a obra de Schumpeter estou em dúvida no ano de publicação, dado que no próprio livro exibe 3 datas distintas (1911 data de publicação, as demais acreditam que sejam por alterações).

LIVRO: ECONOMIA DA INOVAÇÃO TECNOLÓGICA

CAPÍTULO 5 – A HERANÇA SCHUMPETERIANA

O autor Tamás Szmrecsányi inicia o capítulo com uma interpretação enxuta e assertiva sobre inovação tecnológica. Segundo o autor, em relação ao termo na economia, inovação tecnológica consiste na aquisição, introdução e proveito de novas idéias tecnológicas beneficiando os processos produtivos e logísticos de mercadorias. As melhorias provenientes de tal inovação ou novas mercadorias criadas são denominadas de produto do desenvolvimento seqüencial. (SZMRECSÁNYI, 2006, p. 112).

Neste escrito, o autor aborda as contribuições de Schumpeter para a economia da inovação tecnológica. Enfatiza a distinção de fases na carreira intelectual de Schumpeter, são elas: a primeira, antecedendo a Primeira Guerra Mundial e a segunda fase, após sua mudança para os Estados Unidos, onde publicou suas maiores obras, da fase madura. (SZMRECSÁNYI, 2006, p. 112).

O autor divide este capítulo em 5 sub capítulos. O primeiro sub capítulo - Teoria do Desenvolvimento e o Empresário como Inovador, expõe conceitos da obra Teoria do Desenvolvimento Econômico, publicada em 1911, de Schumpeter. Adota como início de sua análise, um estado estacionário da economia, ou seja, não há desenvolvimento, ainda, todas as interações comerciais eram organizadas de forma circular, os agentes participavam na economia de forma simultânea como produtores, vendedores e consumidores. A característica de produção desta economia é baseada no consumo e há somente proprietários dos meios de produção que são custeados por recursos monetários próprios, não havendo necessidade de recorrência a crédito. Ainda, o impacto nesta economia deve-e a fatores exógenos ao sistema econômico, assim caracteriza-se uma economia em equilíbrio. (SZMRECSÁNYI, 2006, p. 114).

Szmrecsányi (2016, p. 115) aponta para a problematização teórica do desenvolvimento econômico, que corresponde às mudanças que ocorrem endogenamente à economia, alterando o equilíbrio precedente. Essas variações ocorrem principalmente nos setores produtivos e comerciais das mercadorias e resultam nas melhorias em processos ou novos bens disponíveis, através da combinação eficiente dos novos recursos presentes, bem como, podem resultar em crescimento e desenvolvimento econômico. Aspecto esse que difere da situação de equilíbrio apresentada no capítulo anterior.

O surgimento de inovações ocorre na criação de novos empreendimentos, que disputam mercado e recursos com as empresas já consolidadas, mas que buscam auxílio do crédito privado para consolidação no mercado. “São os bancos e os banqueiros que criam e financiam o poder de compra requerido pelos empresários para produzirem e promoverem a difusão de suas inovações.” (Schumpeter, 1911 citado por SZMRECSÁNYI, 2006).

Para Schumpeter (1911 citado por Szmrecsányi, 2006), o responsável por gerar inovação é o empresário, ainda, “um indivíduo qualquer só se torna e/ou continua sendo empresário quando e enquanto estiver inovando”. Este indivíduo inovador possui posição de destaque no capitalismo, pois expandem novos mercados e fomentam o empreendedorismo com a aproximação de novos empresários formando uma economia com lucros econômico zero. Também, o autor enfatiza que a inovação se difere da invenção pela inserção no mercado e tornar-se econômico.

Em relação ao lucro do inovador, refere-se a um prêmio que corresponde à diminuição de custos de produção ou maior produtividade devido às inovações, desta forma Schumpeter conclui que: “sem desenvolvimento não há lucros, da mesma forma que, sem lucros, não pode haver desenvolvimento.” (SZMRECSÁNYI, 2006, p. 116).

Bem como: “o desenvolvimento econômico no capitalismo é descontínuo por definição, devido ao fato das inovações não se darem de forma regular através do tempo, mas costumarem aparecer de forma descontínua e agrupada.” (Schumpeter, 1911 citado por SZMRECSÁNYI, 2006, p. 117).

No sub capítulo 2 – A Teoria da Inovação e a Geração dos Ciclos de Conjuntura- Szmrecsányi apresenta outras obras relevantes de Schumpeter. O autor cita uma obra de Schumpeter publicada em 1928, que concerne à instabilidade do capitalismo em relação às inovações descontínuas e com criação de novas curvas de oferta. Corroborando, o autor cita que Schumpeter, exibe que as grandes inovações resultam do empenho e regência, funções essas do empresário, que possibilita conexão entre produção e capital. Na fase do capitalismo trustificado, inovar não será mediante formação de empresas novas e sim nas grandes empresas consolidadas, com o objetivo de sustentar a demanda de longo prazo para as inovações. “O progresso técnico tende a ser incorporado pelas empresas já estabelecidas, com as inovações tornando-se independentes de lideranças pessoais e também da prévia obtenção de crédito.” (SZMRECSÁNYI, 2006, p. 119).

Em outro escrito de Schumpeter (1935), citado por Szmrecsányi, trata-se das modificações econômicas, e assemelhou as inovações a mudanças nas funções de produção. “Tais mudanças estão na origem dos ciclos de conjuntura, dentro dos quais elas atuam como fatores desequilibradores do sistema.” Ciclos devem ser estudados historicamente e estatisticamente, bem como, são compostos por quatro fases: expansão, recessão, depressão e conexão, o desenvolvimento deve-se ao surgimento descontínuo de clusters de inovação. (SZMRECSÁNYI, 2006, p. 119 e 120).

No prefácio (1937) da Teoria do Desenvolvimento Econômico, Schumpeter aborda análises das “conseqüências macroeconômicas das inovações tanto no crescimento das principais economias capitalistas do seu tempo, como nos ciclos de conjuntura que lhe são inerentes.” Também, o autor intitula o empresário como responsável pela inovação e esta é essencial para as empresas capitalistas.  Ainda nesta obra, Schumpeter faz distinção entre mudanças adaptativas e criativas das economias capitalistas. As mudanças criativas referem-se às variações na qualidade, quantidade, métodos, etc.

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