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Micro e pequenas empresas

Seminário: Micro e pequenas empresas. Pesquise 859.000+ trabalhos acadêmicos

Por:   •  30/3/2014  •  Seminário  •  1.793 Palavras (8 Páginas)  •  283 Visualizações

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As micro e pequenas empresas (MPE´s) surgem a partir da ação de pessoas que se lançam ao

empreendimento na busca de realização profissional e pessoal, o que confere a essas

organizações um forte componente pessoal em sua administração. Muitas vezes esses

indivíduos não possuem conhecimentos teóricos e práticos de gestão, dentre os quais os de

custos, úteis ao processo decisório eficaz. Assim, este estudo objetivou a criação de um

conjunto de relatórios para a gestão de custos, a ser usado para otimizar os resultados de uma

pequena empresa calçadista na cidade de São Paulo. A revisão da literatura revelou, em

relação aos métodos de custeio, entraves no uso do custeio por absorção para fins gerenciais.

Apontou o custeio variável como o mais apropriado para as pequenas empresas, por permitir a

distinção entre custos fixos e variáveis, o melhor entendimento da natureza e do

comportamento desses custos em função dos volumes de produção e vendas, e a apuração da

margem de contribuição. A razão do embasamento do conjunto de relatórios no método de

custeio variável é a sua simplicidade e possibilidade de assimilação por gestores de MPE´s,

como os da empresa objeto da pesquisa. O trabalho se caracterizou como uma pesquisa-ação,

com a realização de análise documental e observação presencial na pequena empresa objeto

da pesquisa, o que permitiu obter os elementos que subsidiaram a elaboração do conjunto de

relatórios propostos neste trabalho.

Palavras-chave: Microempresa. Gestão de custos. Custeio variável.

Área Temática: Contabilidade de Custos

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1 - Introdução

A alta porcentagem de micro e pequenas empresas (MPE´s), em relação ao total das

existentes, revela a importância dessas organizações no cenário brasileiro. Dados do Serviço

Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas – SEBRAE (2006), revelaram a existência

de 5,1 milhões de empresas no Brasil em 2004. Dessas, 98% são MPE´s. A mesma fonte

revelou que, à época, os pequenos negócios formais e informais respondiam por 67,0% das

ocupações do setor privado e por 20,0% do PIB.

Pesquisa em nível nacional do SEBRAE, realizada no primeiro trimestre de 2004, a

partir de dados de amostras de empresas constituídas e registradas nas Juntas Comerciais

Estaduais no período de 2000 a 2002, revelou elevada estimativa de mortalidade dessas

organizações: 49,9% encerraram suas atividades com até dois anos de existência, 56,4% com

até três anos e 59,9% com até quatro anos.

Outra pesquisa do SEBRAE, com empresas estabelecidas no Estado de São Paulo,

realizada entre outubro e dezembro de 2004, revelou que cerca 56,0% dessas organizações

fechavam antes de completarem o 4 º e o 5º ano de atividade, 29,0% não chegava ao 1º. ano

de atividade, 42,0% não atingiam o final do 2º. ano, e 53,0% encerravam suas atividades antes

do fim do 3º. ano.

Dentre os fatores apontados na pesquisa realizada entre outubro e dezembro de 2004,

como causadores do insucesso das MPE´s, destaca-se a má gestão empresarial, inclusive pela

ausência da gestão de custos, situação que compromete o prosseguimento dos negócios, e a

continuidade dessas organizações. A apuração e o controle dos custos, necessários ao

desenvolvimento de qualquer negócio, muitas vezes não são feitos nas MPE´s, o que induz à

tomada de decisões sobre preços de forma empírica, sem embasamento gerencial. Segundo

Assef (2005, p.XV) “a correta formação de preços é questão fundamental para a

sobrevivência e o crescimento auto-sustentado das empresas, independentemente de seus

portes e de suas áreas de atuação”.

Kassai (1996) realizou pesquisa exploratória com empresas de pequeno porte. A

autora constatou que, apesar dessas entidades exercerem papel relevante na economia, havia,

à época de seu trabalho, poucas pesquisas sobre o setor, que contribuíssem para demonstrar a

utilidade e a importância da Contabilidade para a gestão das empresas de menor porte.

Souza (2000, p.2) pesquisou o uso de relatórios gerenciais pelas MPE´s comerciais de

Curitiba, e constatou que 50,0% das organizações estudadas formavam seus preços com o

acréscimo de uma porcentagem em seus produtos (uma espécie de mark-up), 26,0%

estabeleciam preços tendo como benchmarking pesquisas no mercado, 13,0% por estimativas,

10,0% por indicação de seus fornecedores, e apenas 1,0% formavam seus preços

considerando seus custos e volumes de operação.

Os fatos relatados oferecem a oportunidade para a realização deste trabalho, que

consistiu em elaborar e propor um conjunto de relatórios para a gestão de custos de uma

pequena empresa estabelecida desde 1972, na cidade de São Paulo, fabricante de calçados

femininos.

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