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Mills – A Sociedade de Massas

Por:   •  14/6/2016  •  Resenha  •  682 Palavras (3 Páginas)  •  830 Visualizações

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Mills – A sociedade de massas

        Com a intensificação dos meios de persuasão em massa, o publico que forma a opinião publica tornou-se objeto de esforços intensivos de controle, orientação, manipulação e também de intimidação. O poder acaba se tornando constrangido frente à suspeição das massas e isso faz com que a opinião publica vá se transformando em uma técnica consagrada para a conservação e conquista do poder.

        À medida que a escala das instituições se amplia e centraliza, também se ampliam e intensificam os esforços dos que procuram determinar a opinião. Nesse sentido, a elite moderna tem ao seu alcance instrumentos historicamente impares de controle e manipulação psíquicos (dentre eles, a educação universal compulsória e os meios de comunicação em massa.

        Acreditava-se antigamente que o aumento no alcance e no volume dos meios formais de comunicação ampliariam e estimulariam o público básico, no entanto, observa-se que, na realidade, ninguém conhece todas as funções dos veículos de comunicação em massa, pois eles são tão penetrantes e sutis que não são localizados pelos meios de pesquisa social hoje existentes e, alem disso, será mais apreciado e procurado tudo aquilo que realmente for adequado para o “espírito selecionador”.

        Esses veículos de comunicação ajudaram menos a ampliar e animar as discussões dos públicos básicos do que a transforma-los num grupo de mercados das comunicações, numa sociedade de massas e isso se deve à questão do analfabetismo psicológico, que se expressa de vários modos.

        O primeiro modo demonstra que muito pouco do que julgamos saber da realidade social do mundo foi verificado diretamente, assim, os meios de comunicação não nos proporcionam apenas a informação, mas alem disso, nossos padrões de credulidade de realidade são determinados por eles, e não pela nossa experiência pessoal fragmentaria. O tipo de experiência que poderia servir de base à resistência aos meios de comunicação em massa não é o dos acontecimentos diretos, mas o de seus sentidos. Isso pois a experiência do tipo “estrutural” necessita ser organizada e interpretada para que assim possa refletir na formação de opinião.

        O segundo modo indica que é possível colocar um meio de comunicação contra outro e realizar uma comparação, assim como resistir ao que dizem enquanto não houver um monopólio total. Desse modo, quanto mais autentica a concorrência entre os meios de comunicação, maior é a resistência possível aos indivíduos, no entanto, poucos realmente efetuam a comparação entre as noticias dos meios de comunicação. Isso se deve ao fato de que, as pessoas tendem a escolher os veículos com os quais estão mais de acordo  e alem disso, essa ideia de comparar os meios de comunicação supõe um conteúdo diverso entre eles, o que não é totalmente verdade.

        Já o terceiro modo afirma que os meios de comunicação não so se infiltraram nas experiências das realidades externas, mas também penetraram na experiência interior da mesma. Pode-se dizer assim que, os meios de comunicação levam o leitor, ouvinte ou espectador à visão de grupos de referencia mais amplos e mais altos que constituem os espelhos de sua auto-imagem. Os meios de comunicação dizem ainda ao homem quem ele é, o que ele deseja ser, como ele pode chegar a isso e ainda dizem como se sentir em vias de chegar, mesmo que não esteja, ou seja, a distancia entre a identidade e a aspiração leva à técnica ou à fuga.

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