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O Brasil ante a crise Financeira

Artigo: O Brasil ante a crise Financeira. Pesquise 860.000+ trabalhos acadêmicos

Por:   •  15/5/2014  •  Artigo  •  1.088 Palavras (5 Páginas)  •  454 Visualizações

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O Brasil ante a crise Financeira

O IPEA fornece suporte técnico e institucional as ações governamentais possibilitando a formulação de inúmeras políticas e programas de desenvolvimento brasileiro disponibilizando para a sociedade trabalhos realizados pelos seus técnicos. O IPEA tem por objetivo antecipar estudos e pesquisas mais amplas, em geral são sucedidos por notas técnicas, textos para discussão, livros e demais publicações.

Nos últimos meses as notícias relacionadas às dificuldades da Europa e dos Estados Unidos vêm mostrando o fato de que a crise de 2008 ainda não foi superada. O rebaixamento da dívida dos Estados Unidos foi mais um elemento desse processo e isto acabou gerando um impacto negativo importante, especialmente sobre a capacidade de financiamento das dívidas dos países desenvolvidos, provocando forte efeito sobre as bolsas de valores mundiais.

A volatilidade nos países em desenvolvimento provocou a conhecida “fuga para a qualidade”, quando os capitais mais flexíveis revertem suas posições e se dirigem rapidamente para títulos financeiros seguros em moeda forte, especialmente os Treasury Bonds norte-americanos.

Nesta situação, o objetivo deste Comunicado é o de apresentar uma reflexão sobre as ondições atuais do Brasil e sua capacidade de efetuar políticas públicas, capazes de combater os efeitos mais perversos de uma possível crise mais profunda.

Serão abordadas algumas vulnerabilidades importantes, destacando-se a importância de se escolher um rumo para a intervenção que privilegie uma melhora no padrão de crescimento do país.

-- Condições atuais favoráveis

Apesar da possibilidade de uma recaída ser historicamente mais desafiadora do que no primeiro momento de uma crise sistêmica internacional, as condições objetivas do Brasil, após ter atravessado com sucesso a primeira tormenta, apontam reservas macroeconômicas estratégicas para o combate da possível segunda. O segundo capítulo

da crise, ademais, pode alicerçar um processo de redução mais forte da taxa de juros doméstica. Há convergência de vários analistas econômicos quanto a alguns destes aspectos, mas existem divergências de interpretação, especialmente quanto à questão do papel da dívida pública.

Nos impactos da crise internacional, encontram-se no Brasil algumas especificidades macroeconômicas, cujas principais questões são comentadas a seguir.

1º A turbulência externa está coincidindo com uma desaceleração da economia brasileira.

- A economia brasileira estava apresentando um movimento de aceleração do crescimento na situação de 2008, e situação de hoje é distinta.

Os sinais de desaceleração podem permitir maior espaço de manobra para uma política que envolva a queda da taxa de juros doméstica, onde o volume de vendas no varejo restrito voltou a registrar avanço na série livre de influências sazonais, com alta de 0,2% na passagem entre maio e junho de 2011, e a produção industrial apresenta um cenário de estagnação.

2º Está em processo um movimento de queda do preço das commodities em nível mundial.

- Em 2008, no período imediatamente anterior ao aprofundamento da Crise de Subprime em Setembro, o movimento do preço das commodities era de forte crescimento, e estava gerando impactos inflacionários. A partir de setembro, os preços caem abrutamente e já em meados no ano seguinte voltam a crescer rapidamente, para surpresa de grande parte dos analistas. Hoje a situação é diferente da de 2008 em nível internacional uma queda do preço das Commodities e para o caso do Brasil isto é sentido há alguns meses.

3º Os grandes bancos parecem estar funcionando em bases sólidas e não está ocorrendo uma interrupção de canais de crédito.

- O Banco Central buscou fornecer liquidez ao sistema, para evitar uma crise financeira e este foi outro fator a justificar a demora na queda da taxa de juros doméstica. Em 2008 no mês de setembro, as instituições de pequeno e médio porte apresentavam dificuldades, sendo que ternos haviam caído fortemente e apresentou-se rapidamente uma redução bruta do crédito interno.

4º) O Banco Central já iniciou uma atuação para a contenção da especulação no mercado de derivativos, assim como as empresas brasileiras, após lições dos acontecimentos desastrosos das operações com derivativos ocorridas em 2008.

Logo após o anúncio falência do Lehman Brothers no ano de 2008, descobriu que as empresas brasileiras estavam fortemente alavancadas em derivativos cambiais. A consequência desse

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