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Crise Financeira

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Por:   •  27/8/2013  •  2.437 Palavras (10 Páginas)  •  500 Visualizações

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A crise financeira internacional de 2008

A origem da crise de 2008

Decorrente do mercado de hipotecas de alto risco (mercado subprime) nos Estados Unidos. Desencadeou uma crise de credito global, levando perdas financeiras vultosas e a falencia de grandes instituiçoes financeiras e fundos de investimento. As consequencias para a economia mundial foram uma retratação do PIB, uma diminuição do consumo e dos investimentos.

A maioria das crises financeiras começa com uma bolha, na qual o preço de um ou mais ativos ultrapassa o seu valor real.

Geralmente, essas bolhas levam a um endividamento excessivo, pois muitos investidores se alavancam (tomando empréstimos) para participar desse boom.

As bolhas de ativos (imóveis, ações) estão intimamente associadas ao crescimento da oferta de crédito e liquidez excessiva. Cria-se uma euforia, e reduz-se a percepção do risco. As pessoas são levadas a acreditar que os ativos eram um investimento seguro, que nunca iriam se desvalorizar. Por outro lado, a liquidez abundante induz os agentes financeiros a estender crédito a indivíduos e empresas de risco mais elevado, visando auferir mais lucros.

Na medida em que se tem mais crédito na economia, fica mais fácil comprar ativos. A demanda cresce superando a oferta, e os preços tendem a subir ainda mais.

Especificamente quanto ao mercado imobiliario, os donos de imoveis davam seus imoveis em garantia para tomar emprétimos. Com os valores dos imoveis subindo, novos emprestimos são tomados.

Em determinado momento, os preços dos imoveis param de subir. A partir daí, acaba-se a certeza de que os preços continuariam a se elevar. Com a diminuição do preço dos imoveis, as instiyuiçoes financeiras passam a exigir uma garantia adicional, devido ao fato de que o imovel dado como garantia original ter se depreciado. Isso impõe a necessidade da venda de ativos (normalmentes imoveis) a qualquer preço, forçando mais ainda a queda de preços.

A crise de 2008 apresentou muitos outros fatos e elementos para a sua ocorrencia:

Fatores que levaram à crise financeira de Setembro de 2008:

a)Condições gerais do mercado financeiro

• desregulamentação do sistema financeiro

• crescimento de operações estruturadas

• aval das agencias de riscos (Rating)

• relaxamento quanto aos riscos

• estímulos a emprétimos para população de baixa renda e sem cadastro (subprime)

+

• grande liquidez do sistema financeiro internacional, com grande compra de títulos públicos norte-americanos

b)Sequencia de eventos no mercado imobiliário dos Estados Unidos

• aumento dos empréstimos hipotecários

• grande expansão do mercado imobiliario norte-americano

• aumento dos preços dos imoveis

• preços de imoveis chegam ao maximo, e começam a cair

• aumenta a inadimplencia

• investidores se afastam

• bancos são obrigados a cobrir fundos

• mercado interbancario paralisa

• falencia do Banco Lehman Brothers

• crise nos Estados Unidos

• crise mundial

Pode- se dizer que a origem da crise do mercado subprime americano de 2008 tem elementos que remontam à recuperação da crise de 1929 nos Estados Unidos, conhecida como New Deal, quando foram criados estímulos economicos em vários setores, dentre eles o imobiliario, visando à saída da recessão.

O mercado americano presenciou um crescimento constante dos preços das propriedades ao longo do tempo. Entre 1963 e 1979 o valor dos imoveis triplicou, bem acima da inflação norte-americana.

Com o preço das casas crescendo e umataxa de financiamento abaixo do valor da inflação, era como se "pegasse" para comprar uma nova moradia. Claro que isto desencadeou uma primeira crise no início da década de oitenta, com algumas Sociedades de Poupança e Empréstimo (SPE) lançando novos empreendimentos imobiliários, e aplicando os seus fundos nos mais diversos tipos de ativos de risco.

Um dos fatores mais importantes para o crescimento da bolha e o deflagar da crise foi o advento de um sistema bancário paralelo, constituído por bancos de investimento , fundos de hedge, fundos de private equity, alguns novos instrumentos financeiros, derivativos e inovaçoes na gestão de riscos. Uma característica desse distema era a elevada alavancagem, ou seja, a proporção entre o valor das operações realizadas relativamente ao capital próprio das instituições responsaveis pelos papéis, numa posição de risco superior ao seu patrimonio.

Dentre esses instrumentos de engenharia financeira, já por volta dos anos 80, foi criado o primeiro processo de securatização de recebíveis, através da emissão de títulos que usavam as hipotecas como garantia (colateral) e que por sua vez tinham o lastro em títulos públicos do governo federal, e, portanto, "virtualmente" sem risco. Os bancos atraíram investidores de Wall Street para mais empréstimos, garantidos pelas hipotecas imobiliárias iniciais.

Como a euforia no mercado americano, as companhias hipotecas, começaram a financiar clientes que não tinham casa própria, de baixa renda. Este tipo de operação era conhecido como emprétimo NINJA, ou seja, para individuos sem renda, sem emprego ou bens, também conhecido como cliente subprime. Os títulos derivados dessas transações foram também chamados de títulos "tóxicos".

Para a maioria dos analistas, o principal fator que levou a crise foi a desregulamentação financeira, particularmente do sistema bancário paralelo. Bancos de investimento, fundos imobiliários, seguradoras não se submetiam a supervisão, à qual o sistema bancário convencional de submetia, na forma de controles de liquidez e alavancagem de capital que limitava seu potencial de lucro, e outras restrições impostas principalmente através dos Acordos da Basileia.

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