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O CAPITALISMO E SOCIEDADE RURAL NA ALEMANHA

Por:   •  27/5/2019  •  Trabalho acadêmico  •  823 Palavras (4 Páginas)  •  371 Visualizações

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CAPITALISMO E SOCIEDADE RURAL NA ALEMANHA

No texto de Max Weber, Capitalismo e Sociedade Rural na Alemanha ele compara os efeitos do capitalismo na Europa e nos EUA e afirma que não há comunidade rural separada da urbana e que o proprietário é um arrendador de terras e propõe a refletir sobre a sociedade rural da Alemanha em profunda transformação em decorrência da expansão do capitalismo no campo. Os trabalhadores são parcialmente temporários e migrantes, os demais são da classe proletária.

Na Alemanha a sociedade agrária tradicional é anterior ao mercado, o que significa a resistência de formas de trabalho, de modos de vida e de mentalidades milenarmente construídas, enquanto que na norte-americana, mesmo formas tradicionais como a aldeia mexicana, a antiga plantação escravista e a velha pequena cidade da Nova Inglaterra vinculada à pequena propriedade que a cerca, não apenas surgiram sob o impulso do mercado dos tempos modernos em expansão, como também estão sendo absolutamente subordinadas ao movimento do capital. Na Alemanha ocorre a existência de poucas terras e uma população densa, o que provoca uma elevação do preço da terra, imobilidade da mesma e um desestímulo ao desenvolvimento de técnicas e recursos agrícolas devido a abundância de mão-de-obra barata e relativamente produtiva, enquanto que nos Estados Unidos ocorre um processo inverso com abundância de terras e mão-de-obra parcialmente atendida através dos fluxos migratórios.

A importância das revoluções técnicas na produção agrícola é reduzida pela chamada “lei da produtividade decrescente da terra”, pelos limites pelas condições naturais de produção; pela cultura capitalista moderna ligada ao consumo incessante de recursos naturais que não tem substituto; pelos limites da qualidade e quantidade dos meios de produção.

O ímpeto da moderna competição capitalista choca-se com uma corrente conservadora adversa na agricultura. Duas tendências sociais fundamentadas em base totalmente heterogêneas lutam uma contra a outra. A velha ordem econômica, como manter no pedaço de terra o maior numero de pessoas? A capitalista, como produzir no pedaço de terra o maior numero de colheitas e com menos pessoas?

O pequeno camponês se souber se libertar das cadeias da tradição pode se adaptar as novas condições de administração. Uma oportunidade é trabalhar com trabalho familiar. É transformado num trabalhador que é dono de seus próprios meios de produção, alcançando superioridade econômica. Mantém sua independência pela alta qualidade de seu trabalho, que é aumentado pelo interesse privado nele e sua adaptação às exigências de mercado. Nestas condições ele pode continuar mesmo com a predominância da agricultura de grande escala.

As cooperativas são instrumentos para educar o camponês, unir os camponeses para dirigir seu raciocínio e seu sentimento econômico coletivo, diferente do individualismo da indústria. Isso é possível porque a agricultura está presa ao lugar, ao tempo e aos meios orgânicos de trabalho – essa visibilidade social de suas operações enfraquecem a eficiência e concorrência entre os agricultores. Quando acaba a superioridade econômica do camponês ele torna-se um assalariado do capital. Mas o camponês pode se manter com a produção de subsistência com venda e compra de poucos produtos, mas com limitações, para se tornar um agricultor moderno o camponês é levado a separação entre propriedade e administração. Não pode manter sua terra quando há valorização, mas também sem capital não pode ser dono de terras capitalista. Conflito entre capital e propriedade da terra.

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