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O Instituto Ethos: Desafiando Negócios para se Tornar a Vanguarda do Progresso Social no Brasil

Por:   •  2/5/2021  •  Resenha  •  1.191 Palavras (5 Páginas)  •  129 Visualizações

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UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ

MBA EM GESTÃO DE PROCESSOS

Resenha Crítica de Caso

Flávia Ferreira de Paula Gonçalves

Trabalho da disciplina MBA em Gestão de Processos

                                           Tutor: Prof. Ronald Castro Paschoal

Goiânia

2020

O INSTITUTO ETHOS: DESAFIANDO NEGÓCIOS PARA SE TORNAR A VANGUARDA DO PROGRESSO SOCIAL NO BRASIL  

Referência:

SCHEFLER, Jonathan. O Instituto Ethos: Desafiando Negócios para se Tornar a Vanguarda do Progresso Social no Brasil. Harvard Business School, 2009.

 

Introdução

Este trabalho pretende apresentar e discutir o artigo "O Instituto Ethos: Desafiando Negócios para se Tornar a Vanguarda do Progresso Social no Brasil " escrito por Jonathan Schlefer, o qual trata da criação do Instituto Ethos de Empresas e Responsabilidade Social, sua visão e missão, bem como o contexto do surgimento da RSE - responsabilidade social empresarial no Brasil.

Desenvolvimento

Em 1998, em meio a um ambiente de redemocratização, após décadas de autoritarismo militar no Brasil, o empresário Oded Grajew fundou o Instituto Ethos de Empresas e Responsabilidade Social. O movimento de responsabilidade social empresarial (RSE) na época era praticamente inédito no país. Se propunha a ir além da filantropia e a despertar no empresariado o autogerenciamento responsável que o impulsionasse rumo a uma sociedade mais justa e sustentável, por meio da luta contra o trabalho infantil e o racismo, combate à extrema desigualdade social, proteção do meio ambiente e campanhas publicitárias éticas.

Entretanto, o nascimento do Instituto Ethos se deu rodeado de obstáculos. O fato de Grajew se declarar como "empresário social de esquerda" não garantia o apoio dos esquerdistas e tão pouco das ONGs que se negavam a negociar com o empresariado. O Ethos também não aceitava o financiamento do governo, temendo sofrer a influencia governamental, de tal sorte que deveria ter sua própria estratégia para angariar fundos.

Por outro lado, o Ethos também contava com elementos que lhe davam vantagens como a emergente sociedade civil democrática que exigia novas posturas das empresas, o senso de responsabilidade das empresas que carregavam uma espécie de remorso pelo apoio prestado ao governo militar de outrora, a presença de uma liderança comercial na pessoa de seu presidente Oded Grajew que, através de suas

relações pessoais e comerciais, atraía novos membros e a independência financeira garantida por diferentes fontes de renda como doações, publicações, seminários entre outros.

Mas de forma mais pragmática, como o Ethos poderia persuadir as empresas brasileira a serem socialmente responsáveis? Inicialmente, se cogitou que os membros declarassem seu compromisso com a RSE em carta de princípios, e isso lhes conferiria publicidade favorável. Do mesmo modo que as doações realizadas os permitiram receber publicações do Ethos, frequentar cursos e obter outros serviços como consultorias para que melhorassem suas práticas. Contudo, essas ideias foram rejeitadas pelo conselho do instituto, convertendo as doações em ações  exclusivamente filantrópicas e evitando que o Ethos se transformasse em um negócio de consultoria. Dessa forma,  todos os membros teriam os mesmos privilégios, sem que houvesse venda de serviços ou troca de favores.

Porém restava o grande desafio de engajar o empresariado e ter a segurança de que aqueles que se tornassem membros estariam realmente cumprindo com os princípios da RSE. Aferir a conformidade das empresas, seria extremamente difícil, não haviam contadores preparados para atuar com esta nova visão e não era prerrogativa da Ethos ser uma certificadora. Tão pouco a emissão de um "selo" servia como garantia de que as empresas membro estivessem realmente abraçando os propósitos declarados, sob risco de servir apenas como jogada de marketing. Também os empresários não se sentiriam "a vontade" para abrirem suas contas além do que já lhes era exigido pelos órgãos de fiscalização e acionistas.

O Ethos procurou promover a RSE como um conjunto de normas voluntárias. Ainda que houvesse interesse em seguir os ideais da RSE, era necessário que houvessem indicadores dos benefícios concretos advindos deles. Para o Instituto Ethos, essa era uma questão crucial e a estratégia era que as empresas, a partir de um compromisso público, seriam acompanhadas por seus próprios empregados, parceiros de negócios, consumidores e a imprensa que cobrariam o cumprimento do compromisso declarado, tornando-se um potenciador de negócios ao mesmo tempo que uma ameaça no caso de não ser honrado.

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