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O Resumo Fisiocratas

Por:   •  28/11/2018  •  Resenha  •  1.940 Palavras (8 Páginas)  •  152 Visualizações

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Fisiocratas

- Para explicar o pensamento fisiocrata deve-se ter em mente a imagem do processo econômico da estrutura econômica da França da metade do século XVIII.

- Estrutura economica francesa na metade do sec XVIII: predominantemente agrícola, senhorio era o detentor da terra, atividade agrícola predominantemente capitalista. Já as atividades manufatureiras e comerciais urbanas eram dominadas pelas formas artesanais.

- Agricultura capitalista x camponesa: a capitalista levava vantagem quato a capacidade produtiva. Por isso, os fisiocratas afirmavam que a direção capitalista (por conta da capacidade empresarial  dos arrendatários burgueses) formava a melhor forma de direção. Portante, concluiam que toda forma de direção que não fosse a capitalista em algum momento se findaria. Já, com relação as atividades urbanas, consideravam a estrutura artesanal uma forma natural de gestão.

- Entretanto, por um lado percebe-se a grande força de desenvolvimento do capitalismo como gestão do processo produtivo e por outro, com relação a estrutura econômica particular, impossibilita a visão de que as possibilidades máximas de explicação da ordem capitalistas residem justamente nas atividades manufatureiras.

- Na visão fisiocrata, a tarefa do capitalismo se baseia na ampliação do excedente. Ou seja, assume importância econômica real no âmbito das atividades em que o excedente é formado para que, assim, o excedente seja formado.

- De acordo com a tese fisiocrata o excedente ocorre somente na agricultura e, consequentemente, forma a outra tese de que o capitalismo é próprio apenas da agricultura. É importante, no entendimento da fisiocracria, organizar o pensamento a partir de: não é porque o capitalismo funciona apenas na agricultura que a agricultura é a única atividade que produz excedente, mas é porque a agricultura produz excedente que o capitalismo, por ser o meio para ampliar o excedente, faz sentido somente dentro da atividade agrícola.  

- Para os fisiocratas excedente é entendido pela parte da riqueza produzida que exceda a riqueza consumida ao longo do processo produtivo. É importante por ser a base para um consumo superior, mais variado e rico. Por isso, coloca a produção em um papel de desenvolvimento cada vez maior.

- A partir do entendimento do conceito de excedente depara-se com três problemas. Primeiro, o da avaliação, que na fisiocracia está presente na sua forma mas primitiva, ou seja, como avaliação da diferença entre duas grandezas físicas, não entre duas grandezas de valor. Aqui vemos que o pensamento fisiocrático pode avaliar o excedente, exclusivamente, em dado setor produtivo, não em sentido geral, como o da agricultura, em que cada bem empregado no processo de produção se reencontra numa quantidade maior ao processo final dos bens produzidos pelo próprio setor. A atividade produtiva da agricultura se apresenta como um processo que gera maior quantidade de objetos, a partir de um determinado objeto e por conta disso, todo o excedente alcançado fica a cargo da agricultura. Entretanto, como problema observado, vemos que a mensuração do “produto líquido”, para os fisiocratas, é resolvido aceitando-o como preço de mercado.

- É atribuído à terra o poder de de originar o “produto líquido”, já que é ela que produz o excedente. Logo, conclui-se que o produto que a terra proporciona ultrapassa o necessário para sua reutilização no processo produtivo e para suprir os meios de subsistencia dos trabalhadores.

- De acordo com o pensamento fisiocrata, trabalho produtivo é justamente aquele que produz excedente. A partir disso, conclui-se que o único trabalho produtivo é o trabalho agrícola e que a produtividade gerada nesse trabalho depende somente da fertilidade natural da terra.

- A grande importância do pensamento fisiocrático na história econômica se dá por afirmar que o lugar de origem do “produto líquido” é o processo produtivo, ou seja, o processo produtivo agrícola, já que este é o único a gerar excedente. Esse pensamento vai de encontro a todos os conceitos econômicos gerados anteriormente (já que o estudo sobre o excedente era em torno da esfera de troca). Com isso, pode-se dizer que o termo excedente e seu conceito foi originado na fisiocracia. Os desenvolvimentos posteriores serão feitos pelos clássicos, que usarão a fisiocracia como ponto inicial.

- Os fisiocratas, com relação ao problema da atribuição do excedente, segue a tese de que o “produto líquido” se resume a renda fundiária.

- Teoria fisiocrática x teoria clássica: para os clássicos o “produto líquido” origina duas formas de renda: a fundiária e o lucro, já para os fisiocratas parece correto afirmar que a agricultura capitalista não deixa que o lucro seja visto como uma destinação do excedente.

- Com relação as atividades manufatureiras que a renda seja reconhecida como renda de trabalho e que a diferença de renda entre os trabalhadores e o mestre artesão se dê devido a forma de trabalho de cada um, que é diferente, e também a responsabilidade assumida por cada um durante o processo produtivo.

- A renda obtida pelo arrendatário da terra é vista como parte dos gastos de produção e assimilada, por consequência, ao salário do trabalhador agrícola. Devido a essa deficiência analítica, encontra-se nos textos fisiocratas, que a resolução está justamente nos desenvolvimentos da teoria capitalista.

- Adicionando, pode-se lembrar de que os arrendatários da terra podem, temporariamente, participar da interpretação de “produto líquido” sempre que consigam, através do desenvolvimento da produção, baixar os próprios custos, colocando-os abaixo do prevalecente. O que, porém, gera lucros temporários, já que estes serão diretamente absorvidos pela renda fundiária assim que ocorra a primeira renovação do contrato do arrendamento, o que faz com que não sejam considerados lucros normais.

- Vale recordar que Quesnay considera o juro sobre o capital investido, entretando, esse juro não participa do “produto líquido”, já que é entendido como parte do produto total que serve à renovação do capital fixo para gastos de manutenção e para formar um fundo destinado a cobrir riscos (ex: acidentes).

- Toda essa teoria do excedente forma a base em que Quesnay constrói seu esquema de funcionamento econômico, o Tableau économique. Este esquema divide a sociedade em 3 classes: a produtiva, constituída pelo conjunto dos arrendatários capitalistas e assalariados, pois desenvolvem a atividade agrícola, que, como já foi dito, é concebida pelos fisiocratas como criadora do “produto líquido”. A classe estéril, formada por aqueles que exercem sua atividade a margem da agricultura, mas que não produzem excedentes, pois seu trabalho não é considerado produtivo. E a classe de proprietários de terra, que não desenvolvem nenhuma atividade econômica, mas que tem o direito sobre parte da renda por serem os detentores da terra e por terem o direito de arrecadas impostos ou dízimos (essa classe é formada pelos: rei, sua corte, funcionários públicos e a Igreja).

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