Obsolescência Planejada

A obsolescência Programada não é um problema.

Sim, coisas quebram, e vão quebrar eventualmente, isso é inevitável. A tecnologia avança e coisas ficam para trás. O problema da engenharia é: onde colocar o balanço? Onde escolher o ponto entre o enorme custo de produzir algo extremamente duradouro e muito avançado tecnologicamente e o outro lado, produzir algo simples e mais frágil, mas muito mais barato?

A verdade é que temos tecnologia sim para fazer um carro que não precise de manutenção por 5 anos, porém ele custaria extremamente caro. Podemos sim fazer impressoras que são quase imunes ao avanço da tecnologia, e o preço delas seria inacessível para a enorme maioria das pessoas.

Percebe-se que no capitalismo existem três tipos de produtos no mercado, o produto caro e duradouro, o produto mediano de duração mediana e o de preço baixo e por consequência duração baixa. Fazendo com que exista uma diversidade de produtos destinados a uma diversidade de pessoas com situações monetárias diferentes.

Sapatos ficam velhos e estragam, e um sapato que dura 30 anos é caríssimo. O que seria preferível, que todos tivessem sapatos que podem ser renovados ou que apenas uma elite pudesse andar calçada? Não existe qualidade sem custo.

Existe uma enorme variedade de produtos e preços. Você pode encontrar a camiseta de 20 reais e a de 350, e elas tem durabilidades diferentes, assim como um tênis de 60 reais e um de 450. O livre mercado oferece as opções para os clientes, e eles que escolham o que querem ou o que podem, mas se por algum motivo a gente decidisse que notebooks tem que durar por 15 anos, eles custariam o mesmo que um carro, e por consequência apenas uma elite poderia ter acesso a esse tipo de tecnologia.