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Previsão Ibovespa Projeto de Monografia

Por:   •  18/4/2016  •  Projeto de pesquisa  •  2.390 Palavras (10 Páginas)  •  270 Visualizações

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UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE - UFF

POLO UNIVERSITÁRIO DE CAMPOS DOS GOYTACAZES

DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS ECONÔMICAS

Modelos de Previsão Univariados:

Uma Abordagem Para o Ibovespa

(Projeto de Monografia)

(Saulo Jardim de Araujo)

Campos dos Goytacazes – RJ

2013

  1. INTRODUÇÃO                

Em uma economia de mercado cada vez mais competitiva, torna-se necessário o estudo de métodos mais sofisticados para o auxílio na tomada de decisão, a fim de obter maiores lucros e minimizar os riscos. Para o mercado financeiro não é diferente, e com isso tem sido alvo de diversos estudos sobre métodos de previsão.

As previsões possuem um papel ímpar na tomada de decisão, pois essa permite que os agentes desenvolvam suas estratégias considerando a probabilidade de comportamento futuro dos preços das ações. É importante destacar que as previsões no mercado financeiro não deve ser o único instrumento de apoio na bolsa de valores, pois para que essa ferramenta tenha um bom desempenho torna-se necessário a adoção de táticas pré-definidas embasadas também em outros indicadores.

Nesse contexto, destaca-se outra forma relevante de apoio à tomada de decisão no setor financeiro, que é o acompanhamento e análise dos índices de mercado da Bolsa de Valores, pois esses são capazes de medir o desempenho médio do mercado de ações. Na BM&F Bovespa existem diversos índices, onde o Ibovespa possui um papel de destaque.

O Índice Bovespa – IBOV é o mais importante da Bolsa de Valores de São Paulo, pois nele estão representados os ativos mais negociados da BM&F Bovespa, cerca de 80% de todo o volume. O IBOV é formado, basicamente, por uma média ponderada dos preços das ações de empresas que se destacam na bolsa, obedecendo alguns critérios pré-estabelecidos. Dessa forma, o índice reflete o desempenho médio do comportamento do mercado de capitais brasileiro. As empresas com os maiores volumes de negociações do IBOV são geralmente destaques nas mídias nacionais e mais bem avaliadas no critério segurança para os investidores, pois apresentam liquidez quase que instantânea.

No aspecto teórico sobre as previsões de preços, o autor FAMA (1998), argumenta que a teoria financeira possibilita a previsão dos preços, mas com modelos não lineares, através dos conceitos das Finanças Comportamentais. Por outro lado, a teoria da Hipótese de Mercado Eficiente – HME destaca que os mercados financeiros são eficientes, ou seja, são totalmente correlacionados com as informações disponíveis desse mercado, tornando assim os preços imprevisíveis.

Nesse sentido, o presente trabalho tem como objetivo geral estimar os modelos de séries temporais univariados da família ARCH, identificar qual o mais robusto e por fim verificar sua relação com o arcabouço teórico.

  1. METODOLOGIA

 2.1. Referencial Teórico

2.1.2. Índice Bovespa e a Nova Bolsa

A popularização do mercado financeiro com início a partir de 2001 moldou uma nova fase da bolsa no Brasil. Brasileiros empolgados com o bom momento financeiro, aos poucos deixavam de investir apenas em caderneta de poupança e começavam a operar no mercado de ações, onde programas educacionais surgiram com o objetivo de orientar os novos investidores (BM&FBOVESPA, 2011). De fato, isso torna o mercado mais consolidado, considerando que o perfil brasileiro de investimento é de pequeno risco. Em 2008 a BM&FBOVESPA, fez uma nova campanha para atrair ainda mais investidores que naquele ano estavam temerosos por conta da crise subprime.

Segundo o portal eletrônico da BM&F Bovespa (2013), dentre os indicadores mais importantes de ações brasileiro, é o Índice BOVESPA que se destaca por mensurar o comportamento dos principais papéis negociados na Bolsa de Valores de São Paulo e também por sua tradição, pois o índice se manteve o mesmo desde a sua criação em 1968 em relação a sua metodologia.

        O Índice Bovespa que também é conhecido por seu código IBOV, é uma aplicação teórica que tem o valor base 100 pontos, lançado na década de 60. Ele estima o valor presente médio ponderado das ações mais negociadas no mercado a vista da Bolsa de Valores de São Paulo, nesse sentido esse se estabeleceu com um dos principais indicadores do comportamento das ações brasileiras. É importante ressaltar que o índice não conjectura apenas as oscilações dos ativos, mas também considera o impacto da distribuição de proventos, logo também é considerado um indicador que mede o retorno geral de suas ações. A divulgação do Índice Bovespa é feita por uma rede própria através da internet podendo ser acompanhado pelo mundo todo em tempo real.

           As ações que compõem o IBOV representam, geralmente, aproximadamente 80% de toda a liquidez do mercado, atualizando-se quadrimestralmente e atribuindo novos pesos a cada ativo. Apesar disso, as ações precisam satisfazer alguns outros requisitos concomitantemente para entrarem na carteira teórica do Ibovespa. Os demais requisitos podem ser consultados em bibliografia específica no portal eletrônico da BM&F Bovespa (GUILHERME, 2008).

          O calculo do Índice Bovespa pondera os pesos de cada ação levando-se em conta as últimas cotações efetuadas no segmento lote-padrão do mercado financeiro e que satisfaça como foi dito, algumas condições pré-determinadas. A metodologia do cálculo é simples e todos os dados estão à disposição dos agentes, isso garante uma grande confiabilidade transparência no índice. Essa confiabilidade faz com que o IBOV faça parte dos maiores mercados de contratos futuros do mundo (BM&F BOVESPA, 2012).

De forma específica o índice “é o somatório dos pesos (quantidade teórica da ação multiplicada pelo último preço da mesma) das ações integrantes de sua carteira teórica.” A equação abaixo representa de forma geral o método:

[pic 1]

onde:

Ibovespa t = Índice Bovespa no instante t ;  n = número total de ações componentes da carteira teórica; P = último preço da ação "i" no instante t; Q = quantidade teórica da ação "i" na

2.1.2. Teoria Financeira

Sobre previsibilidade de ativos financeiros, Bruni (2006, p. 76) destaca que segundo a Hipótese de Eficiência de Mercado (HME) as previsões seriam impossíveis, pois os preços se comportam de forma aleatória e sem padrões, entretanto ao passo que a teoria das finanças comportamentais se consolida, surgem novos desenvolvimentos teóricos possibilitando a adoção de métodos preditivos com forte embasamento teórico.

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