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Revisão do artigo de Elbert Fishlaw "É melhor do que parece: o Brasil nas próximas décadas"

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Por:   •  1/11/2014  •  Resenha  •  1.291 Palavras (6 Páginas)  •  272 Visualizações

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Segundo o texto “It’s better than it seems: Brazil in the coming decades”, de Albert Fishlow, professor emérito da Universidade Columbia e da Universidade da Califórnia –A análise do professor Fishlow é interessante. Dentre os temas abordados, as grandes “mazelas” da economia ganham destaque na pesquisa. As taxas de investimento, o intervencionismo do governo na economia, a política fiscal, a produtividade e o pré-sal são tratados de forma clara e reveladora. à pesada carga tributária nacional: “O tributo injusto é o grande fator de manutenção do estado de desigualdade em que vivem os cidadãos brasileiros”.

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O recente texto do Professor Emérito Albert Fishlow da Universidade Columbia e da Universidade da Califórnia, Berkeley, “It’s Better than It Seems: Brazil in the Coming Decades”, preparado para o Centro de Política Hemisférica da Universidade de Miami, reflete não só a latitude intelectual do Autor na análise de desafios ao desenvolvimento das nações, como também retrata o longo caso de amor desse grande brasilianista pelo país que de alguma forma o adotou e foi por ele adotado, tamanho é o seu conhecimento específico da economia e da sociedade brasileiras.

Segundo Fishlow, o governo Dilma lançou mão de três tipos de incentivo à economia que fizeram com que o Brasil avançasse de forma significativa. Primeiro, foi a defesa do setor industrial com a desvalorização da moeda que desencorajou as importações e beneficiou as exportações, essencialmente o aumento de IOF nas operações cambiais. Segundo, pela adoção de medidas tributárias, para reduzir o fardo do setor manufatureiro. Terceiro, o governo promoveu a expansão da ciência e tecnologia e maior acesso a créditos de longo prazo para projetos de investimento através da expansão da Política Industrial, Tecnológica e de Comércio Exterior – PITCE lançada em 31 de março de 2004, com o objetivo de fortalecer e expandir a base industrial brasileira por meio da melhoria da capacidade inovadora das empresas e da Política de Desenvolvimento Produtivo de 20083. Nenhum desses avanços pode ser contestado. A questão é avaliar a essencialidade de seus impactos no curto e longo prazo.

A questão é avaliar a essencialidade de seus impactos no curto e longo prazos sobre a taxa de investimento do país,

O Fishlow afirma que as coisas serão melhores para o Brasil nas próximas décadas, por vários motivos, é a entrada de cerca 80 milhões de jovens adultos ao mercado de trabalho, que começou em 2005 e se estenderá até 2025; a explosão de preços de commodities, iniciada em

2003, coincidindo com os dois mandatos de Lula e que se estende ao seu décimo ano em 2012, algo inteiramente inédito, e que afastou por completo o constrangimento estrutural externo a economia brasileira; e, em terceiro plano, a pletora de óleo descoberto na camada pré-sal, que promete abastecer o País com mais dólares na década de 2020.

O Fishlow citou em seu trabalho a Ruchir Sharma, um executivo da Morgan Stanley que credita o desenvolvimento brasileiro à exportação de commodities. Sharma duvida dos futuros ganhos do pré-sal e dos recursos provenientes do comércio com outros países latino-americanos. Na realidade, parafraseando o Professor Fishlow, mas invertendo sua frase-título, antes de estar tudo melhor do que parece, de fato, parece que tudo poderia estar melhor, aliás, bem melhor!

A perspectiva no início de 2012 era substancialmente diferente da atual. O governo brasileiro trabalhava com um crescimento de 4,5%, com a inflação dentro da meta de 4,5% e com um superávit primário de 3,1%. Agora, espera-se avanço do PIB de 1,0%, se tanto, a inflação é de 5,84% (número fechado do IPCA 2012) e superávit primário obtido artificialmente.

Consequentemente, o governo não teve alternativas senão excluir do seu

balanço fiscal o valor dos investimentos do PAC, numa manobra contábil de última hora, além de outras que não importa citar no momento.

Investimentos Públicos – PAC

A produtividade total da economia brasileira vem caindo ao longo de 2012, já pelo segundo

ano consecutivo, após ter alcançado no governo Lula o seu melhor desempenho desde o

milagre econômico da década de 1970. Isso pode ter reduzido em quase dois terços o crescimento dos investimentos no Brasil em 2011, que ficou em 4,7%, depois de uma expansão média anual de 10% no segundo mandato de Lula. É projetado, como visto acima, crescimento zero dos investimentos em 2012.

Embora a maioria dos atrasos no PAC seja motivada por problemas ambientais, de fiscalização ou gerenciais — ou seja, a princípio, não faltam recursos para as obras —, os entraves acabam

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