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Vantagens Absolutas x Vantagens Comparativas

Por:   •  6/6/2016  •  Trabalho acadêmico  •  1.135 Palavras (5 Páginas)  •  749 Visualizações

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Universidade de Brasília

Economia Internacional

Professor: Renato Baumann

Hayanne Rocha Ferreira – 12/0012685

A análise da teoria das Vantagens Comparativas no comércio internacional de papel e celulose do Brasil

  1. Resumo

Nos últimos anos, o comércio internacional de papel e celulose se intensificou e o Brasil ampliou o volume dos seus produtos no exterior. Assim, o objetivo deste trabalho é analisar o comércio internacional de papel e celulose de forma a analisar as vantagens comparativas do Brasil no comércio internacional desse setor. Os resultados indicam que o Brasil ampliou suas vantagens comparativas entre 1980 e 2010 o que aumentou a competitividade do setor no comércio internacional de papel e celulose. Entretanto, o país ainda precisa evoluir em alguns aspectos para aproveitar o potencial de produção e exportação.

  1. Introdução

Na última década, o comércio internacional de bens e serviços aumentou significativamente. O valor de mercadorias transacionadas mundialmente passou de US$ 6,34 trilhões em 2000 para mais de  US$ 14 trilhões em 2010, o que representou um crescimento de 157%, segundo a COMTRADE (Comtrade Database). Esse desempenho do comércio internacional é resultado, principalmente, da expansão das economias dos países em desenvolvimento.

Neste contexto de exportações, o agronegócio, e em especial o setor de papel e celulose se destacou e o Brasil conseguiu aumentar a sua produção e as exportações para o comércio internacional. Segundo a BRACELPA (Associação Brasileira de Celulose e Papel), o Brasil é 4º maior exportador de celulose e o 9º maior exportador de papel do mundo, movimentando  US$ 8,4 bilhões em 2014, o equivalente  a 3,8% das exportações brasileiras e fechando a balança comercial do setor no Brasil em 2014 em US$ 4,7 bilhões. A indústria brasileira de celulose e papel exporta seus produtos para os principais mercados mundiais, sendo os países da Europa, a China e os Estados Unidos os principais destinos para a celulose, enquanto os países da América Latina são os maiores compradores do papel nacional.

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Fonte: FAO

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Fonte: FAO

Em termos produtivos, a produção mundial de celulose e papel apresentou crescimento constante a partir dos anos 80, atingindo mais de 204 milhões de toneladas de celulose, e de 507 milhões de toneladas de papel em 2012. No Brasil, a produção no mesmo período alcançou patamares de 14 milhões de toneladas de celulose e 10 de papel, correspondendo a um crescimento médio de anual de 7,5%  e 6%, respectivamente, acima da média histórica mundial de 2,2%a na celulose e de 3,7%  de papel no mesmo período.  Apesar de produzir muito papel, o Brasil é um dos países que menos o consome o que corresponde a 48,6 kg per capta, o que é pouco se comparado com países importadores do produto brasileiro, como Alemanha e Chile que apresentam o consumo médio de 242,6 kg e 79,2 kg per capta, respectivamente.

Esse crescimento na produção foi impulsionado principalmente pelo favorecimento das condições climáticas do Brasil, grande área de plantio (7,74 milhões de hectares) e investimentos privados. O Brasil ainda possui muito espaço para crescer no setor e aumentar a competitividade, mas ainda precisa de algumas mudanças estruturais para explorar o seu potencial, como investimentos, principalmente públicos, em projetos de infraestrutura e desenvolvimento tecnológico e consolidação de negócios entre grupos econômicos.

  1. Testes empíricos

A teoria das vantagens comparativas surgiu em 1817 com David Ricardo a partir do aprimoramento da Teoria das Vantagens absolutas de Adam Smith. O pressuposto da teoria de Ricardo estava baseado no princípio do livre comércio, no qual duas nações podem comercializar entre si se ambas ganharem e também no efeito positivo que exercia sobre a produtividade e a especialização dos países, no qual o país especializa a produção no bem em que possui maior vantagem absoluta para trocar o bem com um país que possui menor vantagem absoluta na produção do mesmo bem, mas que possui vantagem produtiva na produção de outro bem.

Para a lei da vantagem comparativa, se um país  é menos eficiente que outro na produção de ambos os bens (ou seja, tivesse desvantagem absoluta em relação ao outro país), ainda assim há a possibilidade de ganhos com o comércio internacional. Isso porque cada país deveria se especializar na produção daqueles bens que possui vantagens comparativas:

“Um país possui uma vantagem comparativa na produção de um bem se o custo de oportunidade da produção desse bem em relação aos demais é mais baixo nesse país do que em outros” (KRUGMAN & OBSTFELD, 2007)

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