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Viabilidade Econômica do Beneficiamento de Pescados em Parnaíba (PI

Por:   •  4/10/2015  •  Artigo  •  2.418 Palavras (10 Páginas)  •  456 Visualizações

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Viabilidade Econômica do Beneficiamento de Pescados em Parnaíba (PI)[1]

Wesley de Negreiros Ribeiro[2]; Matheus Gomes[3]; Maria de Fátima Vieira Crespo [4]; José Ribamar Pereira[5]

 

Resumo

O presente estudo tem como finalidade analisar a viabilidade econômica e financeira de uma mini-usina de beneficiamento de pescado em Parnaíba-PI. A agregação de valor ao pescado pode ser considerada uma alternativa de geração de renda para famílias de pescadores. Como procedimento metodológico foram levantadas informações sobre o mercado, o investimento necessário, os custos de produção, a rentabilidade e lucratividade estimada para o beneficiamento de xx quilos de pescados ao mês. Como resultado tem-se que a implantação da usina de beneficiamento é viável economicamente e poderá gerar renda e ocupação para as organizações de pescadores da região.

Palavras-chave: Pescados; Investimentos; Rentabilidade; Lucratividade.

Introdução

No Brasil, segundo a Agência Paulista de Tecnologia Agroecológica (APTA) apenas 12% dos pescados são industrializados, um valor muito baixo tendo por base a outros tipos de carne como de aves, bovinas e suínas. Esta realidade é estendida para o pequeno litoral do Piauí, que possui grande variedade de pescados, e muitos com baixo valor no mercado. Desse modo, o beneficiamento de pescados é uma maneira de agregar valor a esse recurso, possibilitar aumento de renda para as famílias de pescadores da região e para empreendedores locais.

Diante disso, este trabalho objetivou estudar e analisar a viabilidade econômica e financeira de uma mini-usina de beneficiamento de pescados no município de Parnaíba (PI). Para tanto, o estudo foi considerado a implantação da usina com capacidade de produzir 40kg/dia, ou seja, foram estimados os indicadores de viabilidade econômica para 960kg/mês de fishburgueres (carne de hambúrguer de pescado).

Este trabalho está estruturado em seções, sendo a primeira a introdução trazendo a fundamentação teórica, a segunda a metodologia utilizada para a pesquisa, a terceira os resultados e discussões e por último as considerações finais dos autores.

Investimento: decisão de risco

Segundo Batalha (2009) a quantidade que uma agroindústria deve produzir inicialmente está diretamente ligada à decisão do quanto produzir considerando os indicadores de viabilidade econômica, como os custos de produção, os investimentos necessários, e as taxas de retorno. Sendo que a ideia principal do empreendimento moderno é de agregar valor ao produto, seja pela qualidade, padronização, seleção, processo de produção, ou incorporação de etapas simples, de pré-processamento, conservação, limpeza e/ou embalamento.

No entanto a decisão de investir em determinada atividade exige uma análise mais aprofundada de informações e alternativas com o intuito de diminuir os riscos e incertezas. Para tanto, são realizadas projeções em que são consideradas variáveis como tamanho de mercado, preços, custos de capital, custos operacionais, entre outras. (SEBRAE, 2014)

Mercado consumidor de pescados

O consumo de pescado está em alta no mundo inteiro, portanto cada vez mais procurado pela população, em todas as faixas de renda. A Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda o consumo anual de pescado de pelo menos 12 quilos por habitante/ano. Acima da média de consumo dos brasileiros que é aproximadamente de 9,75 quilos de pescados por habitante/ano. Visto que os pescados são ricos em proteínas e ácidos graxos essenciais, fundamentais para o desenvolvimento e crescimento dos jovens (BATALHA, 2009). Aliados a estas excelentes condições nutricionais, o produto oferece também sabor, odor, cor e formato bastante atraentes.

Resalta ainda outras características dos pescados, como alimentos saborosos de baixo teor lipídico, baixo conteúdo de colesterol, baixo valor energético e de alta digestibilidade. Dessa maneira, é fácil conquistar esse mercado, os empresários devem está atentos às novas tendências tecnológicas de aproveitamento racional dos recursos naturais, e aos anseios do público alvo, que tendem a produtos saudáveis, produzidos de forma sustentável.  

Entretanto, o objetivo de um empresário será facilmente alcançado se ele planejar, ou seja, projetar resultados e verificar a viabilidade econômica e financeira do empreendimento. Portanto, é de fundamental importância conhecer o mercado, analisar os gastos com investimentos, os seus custos de produção, para então prevê uma rentabilidade e lucratividade do capital do investido (CORREIA NETO, 2009).

Indicadores de viabilidade econômica

Custos são as despesas da produção, como esclarece Carvalho (2000), se constitui no gasto explícito realizado pela empresa para a aquisição dos recursos necessários a produção. Podem ser classificados como custos fixos e custos variáveis.

Sendo que os custos fixos são aqueles que não variam com a produção, enquanto que os custos variáveis são aqueles que variam conforme a produção (PINDYCK e RUBINFELD, 2006).

A rentabilidade é o grau de rendimento adquirido por determinada atividade proporcionado por determinado investimento e pode ser expresso pela porcentagem de lucro em relação ao investimento, de acordo com Santos et. al (2006).

Fórmula:

Rentabilidade =   [pic 1], sendo:

[pic 2];

[pic 3];

A lucratividade é a mensuração do grau de rendimento de uma atividade produtiva, utilizando-se da relação do lucro e receita adquirida com a venda dos produtos (SANTOS et al, 2006). O investimento é a aplicação de recursos que levam ao crescimento da capacidade produtiva de uma determinada atividade.        

Lucratividade = [pic 4]

A partir desta definição é importante que o dono do empreendimento, leve em conta todos os custos, utilizando o preço de mercado adequado, assim deve ser analisado todos os insumos e produtos aos seus custos de oportunidade.

Metodologia

Conforme Gil (2002), a pesquisa teve como procedimento metodológico, a coleta de dados secundários, através de livros, sítios, pesquisas na área de agroindústria de pescados, enquanto que a metodologia utilizada para o cálculo do custo de produção, rentabilidade e lucratividade da produção de fishburguer está baseada em estimativas, considerando que para cada 1 kg de peixe inteiro renderá 0,7kg de carne de peixe, ou seja, foi considerada uma perda residual de 30%. Os valores usados nos cálculos são os encontrados no mercado, sendo o levantamento dos preços realizados entre os dias 07 e 24 de julho de 2014. E os cálculos dos indicadores são referentes à produção mensal estimada em 960kg/mês.

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