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Ética Como Fator de Produção

Por:   •  8/6/2017  •  Trabalho acadêmico  •  1.017 Palavras (5 Páginas)  •  599 Visualizações

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Ética como fator de produção.

        Capítulo 5

        Após analisarmos o capítulo 5 do livro Vícios Privados, Benefícios Públicos de Eduardo Giannetti podemos entender que o autor procurou trazer para o leitor a importância da ética não só para o convívio social, como estamos acostumados a entende-la, mas também para o crescimento de uma nação. Além disso o autor traz no capítulo pensamentos de antigos estudiosos para nos deixar claro como a ética é um fator determinante para a economia de uma país.

        Podemos começar com a escola de Chicago que traz de volta o pensamento de um dos grandes contribuintes da economia Adam Smith, que em um dos seus livros “A Riqueza das Nações” constrói o pensamento de que o melhor resultado a ser alcançado, é o resultado para benefício próprio, onde involuntariamente o indivíduo acaba realizando o melhor para si e para todos. Na escola de Chicago é trazido de forma que “o egoísmo ético por parte dos jogadores da economia é o melhor caminho para maximizar a eficiência”. Mas para que esse pensamento seja utilizado de melhor forma devemos utilizar a ética como um filtro de auto interesse, ou seja, muitas coisas posso, mas nem tudo eu devo. Mas o foco do autor em trazer a escola de Chicago para o capítulo, está na qualidade dos indivíduos, e para esclarecer sua ideia traz o seguimento argumento, “do que adianta as regras do jogo econômico serem eximidas de falhas, se os jogadores não possuem os atributos cognitivos e morais necessários para tirar delas bom proveito”. Com isso podemos dizer que “a qualidade dos jogadores” seria a ética, e que as “regras do jogo” seria a teoria econômica, sendo assim o autor tenta aproximar a ética e a teoria econômica para que se maximize os ganhos.

        Com isso pudermos entender parte do pensamento de Chicago quanto ética ser um fator de produção, e sim a ética pode sim ser considerada como fator de produção, a partir de dois ramos, sendo eles numa visão empírica no qual observadores relatam experiências em lugares onde a ética foi fundamental para o crescimento da nação, e por uma visão filosófica que pretende levar o desenvolvimento da tese num plano normativo através de argumentos de estudiosos.

        Para melhor entendimento traremos um pensador chamado William Perry que no século XVII questionou o pensamento de que quanto maior um país e sua população, maior seria a riqueza presente ali. Perry cita um exemplo da Holanda, país pequeno e não tão povoado que obteve sucesso economicamente, Perry afirmava que a ética religiosa da Holanda fez com que o país crescesse, e que os refugiados habitantes enxergavam o trabalho como um tipo de “salvação divina” se dedicando o máximo de seus esforços. Max Weber cita um trecho que complementa o pensamento de William Perry, Weber diz que “os países cujo o desenvolvimento capitalista não deu certo foram aqueles onde os interesses privados sobrepõem os interesses públicos”, e afirma que os indivíduos têm interesses egoístas pela ambição de obterem dinheiro.

        Outro pensador que contribui com o pensamento de Perry é o chamado Edward Banfield, que na década de 50 analisou uma cidade italiana para verificar como as relações éticas eram tratadas. Banfield identificou que os moradores daquela cidade tentavam ao máximo tirar proveito material para benefício de sua própria família, e que tais ações eram catastróficas para a economia, educação e para todos os problemas públicos da cidade, nomeou aquele comportamento de “Familismo Moral”.

        O último pensador participante da visão empírica que citaremos nessa tese é o chamado Alexander Von Humboldt, que no século XIX viajou pela América espanhola e mostrou o quanto a natureza rica influenciava o comportamento dos nativos ali presentes. Para Humboldt o atraso econômico naquela área não era devido ao egoísmo ético trazido por Bandield e Weber, e sim pela completa falta de motivação dos habitantes para fins econômicos. Humboldt afirmava que a falta de escassez natural daquela área era um fator determinante para a “vagabundagem” dos indivíduos naquele lugar.

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