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A História Da Indústria Têxtil

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Por:   •  13/12/2013  •  1.978 Palavras (8 Páginas)  •  1.451 Visualizações

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A História da Industria Têxtil

A indústria têxtil tem como objetivo a transformação de fibras em fios, de fios em tecidos e de tecidos em peças de vestuário, têxteis domésticos (roupa de cama e mesa) ou em artigos para aplicações técnicas (geotêxteis, airbags, cintos de segurança etc.). As indústrias têxteis tem seu processo produtivo muito diversificado, ou seja, algumas podem possuir todas as etapas do processo têxtil (fiação, tecelagem e beneficiamento) outras podem ter apenas um dos processos (somente fiação, somente tecelagem, somente beneficiamento ou somente fiação e tecelagem etc). (Disponível em: http://pt.wikipedia.org/wiki/Ind%C3%BAstria_t%C3%AAxtil . Acessado em 04/02/2013)

A manufatura dos tecidos é uma das mais velhas tecnologias do homem. Os tecidos conhecidos mais antigos datam aproximadamente do ano de 5.000 AC. As primeiras fibras a serem transformadas em fios e tecidos foram o linho e o algodão. (Disponível em: http://pt.wikipedia.org/wiki/Ind%C3%BAstria_t%C3%AAxtil . Acessado em 04/02/2013)

A automação da indústria têxtil coincidiu com a Revolução Industrial, quando as máquinas, até então acionadas por força humana ou animal, passaram a ser acionadas por máquinas a vapor e, mais tarde, motores elétricos. É interessante observar também que a indústria têxtil foi pioneira no controle de máquinas por dispositivos binários, através dos cartões perfurados usados nos teares Jacquard. (Disponível em: http://pt.wikipedia.org/wiki/Ind%C3%BAstria_t%C3%AAxtil . Acessado em 04/02/2013)

É dividida basicamente em fiação, tecelagem, malharia, beneficiamento de tecidos e confecção, podendo ser uma indústria verticalizada, com todos os processos, ou ainda ter somente uma ou algumas fases da produção. Outros processos intermediários como por exemplo: engomadeira ou engomagem. A indústria têxtil possui também setores administrativos, manutenção e apoio.

A industria têxtil pertence a cadeia produtiva têxtil, cujo início se encontra nos produtores de matérias-primas (algodão e demais fibras), insumos (corantes têxteis, pigmentos têxteis, produtos auxiliares etc), e nos fabricantes de máquinas e equipamentos têxteis. A mesma encerra-se no comércio de venda final ao consumidor. (Disponível em: http://pt.wikipedia.org/wiki/Ind%C3%BAstria_t%C3%AAxtil . Acessado em 04/02/2013)

A História da Industria Têxtil no Brasil

Talvez poucos saibam que o processo de industrialização no Brasil teve seu início com a indústria têxtil. Suas raízes precedem a chegada e a ocupação do País pelos portugueses porquanto os índios que aqui habitavam já exerciam atividades artesanais, utilizando-se de técnicas primitivas de entrelaçamento manual de fibras vegetais e produzindo telas grosseiras para várias finalidades, inclusive para proteção corporal. (Malheiros, José Carmello de Menezes. A Indústria têxtil no Nordeste: Editora Sudene, 1978)

Todavia, partindo-se do princípio de que tudo teria começado com a efetiva ocupação do território brasileiro, ocorrida em 1500, podem ser identificadas quatro etapas importantes para a definição da evolução histórica da indústria têxtil no país: a fase colonial, a fase de implantação, a fase da consolidação e a fase atual que passaremos a analisar na seqüência. (Malheiros, José Carmello de Menezes. A Indústria têxtil no Nordeste: Editora Sudene, 1978)

Fase Colonial

No período colonial, que se estende de 1500 até 1844, a característica fundamental é a incipiência da indústria têxtil, além de sua descontinuidade. As diretrizes da política econômica para as colônias eram ditadas pela Metrópole. Assim, era comum a adoção de políticas de estímulo ou restrição, segundo seus interesses ou necessidade de cumprimento de acordos comerciais com outros países. (Malheiros, José Carmello de Menezes. A Indústria têxtil no Nordeste: Editora Sudene, 1978)

Instrumentos restritivos:

Em 1785, por Alvará de d. Maria I, mandou-se fechar todas as fábricas de tecidos de algodão, lã e outras fibras, com exceção daquelas que fabricavam tecidos grosseiros destinados à vestimenta de escravos e para enfardamento ou embalagens. A determinação da extinção das fiações e tecelagens existentes no Brasil tinha como objetivo evitar que um número maior de trabalhadores agrícolas e extrativistas minerais fosse desviado para a indústria manufatureira. (Malheiros, José Carmello de Menezes. A Indústria têxtil no Nordeste: Editora Sudene, 1978)

Essa restrição foi posteriormente reforçada em instruções de outros membros do governo da Metrópole, tais como a do ministro dos Negócios Ultramarinos, que determinava ser absolutamente necessário 'abolir do Brasil ditas fabricas', advertindo ao vice-rei Luiz de Vasconcelos e Souza, no sentido de ter "grande cuidado em que debaixo do pretexto dos sobreditos panos grosseiros se não manufaturarem por modo algum os que ficam proibidos". (Malheiros, José Carmello de Menezes. A Indústria têxtil no Nordeste: Editora Sudene, 1978)

Em síntese, o famoso Alvará é extremamente representativo do poder coercitivo que exercia a autoridade central colonizadora sobre qualquer esforço de desenvolver-se uma atividade manufatureira, quer por parte dos nativos, quer pelos próprios colonos portugueses. (Malheiros, José Carmello de Menezes. A Indústria têxtil no Nordeste: Editora Sudene, 1978)

Com a chegada de Dom João VI ao Brasil, o Alvará de d. Maria I foi revogado, mas o surto industrialista que poderia ter-se verificado não ocorreu. Ao contrário, foi aniquilado em razão de medidas econômicas de interesse da Metrópole que assinara em 1810 um tratado de aliança e comércio com a Inglaterra, instituindo privilégios para os produtos ingleses, reduzindo-se os direitos alfandegários para 15%, taxa essa inferior até mesmo à aplicada para os produtos portugueses que entrassem no Brasil. Com isso, nossa incipiente indústria têxtil não tinha como competir com os tecidos ingleses, perdurando essa situação até 1844, quando novo sistema tarifário veio comandar o processo evolutivo da industrialização brasileira. (Malheiros, José Carmello de Menezes. A Indústria têxtil no Nordeste: Editora Sudene, 1978)

Fase de Implantação

Instrumentos de Estímulo:

Em 1844, esboçou-se a primeira política industrial brasileira, quando foram elevadas as tarifas alfandegárias para a média de 30%, fato que provocou protestos de várias nações européias. A

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