A influência da dança no indivíduo profetizado

A INFLUÊNCIA DA DANÇA NO EQUILÍBRIO DO INDIVÍDUO PROTETIZADO

Fernanda Aparecida Rezende¹, Simone Ameal Machado¹, Maria do Céu Pereira Gonçalves²

¹Acadêmico – Curso de Fisioterapia – Universidade Estácio de Sá – Petrópolis.

²Orientador – Curso de Fisioterapia – Universidade Estácio de Sá – Petrópolis.

RESUMO: A dança tem como objetivo o desenvolvimento do equilíbrio e a eficiência motora. Com a amputação, ocorre a perda do controle neural dos órgãos da marcha. Para que haja a manutenção do equilíbrio, faz-se necessário que estejam íntegros os elementos anatômicos e funcionais, por não receber as informações proprioceptivas adequadas ocorre a dificuldade na marcha e a falta de sincronia da atividade muscular. O equilíbrio é responsável por proporcionar movimentos funcionais com menor gasto energético, constituindo-se na habilidade de manter e controlar a projeção do centro de gravidade do corpo. Objetivo: Este estudo tem como objetivo avaliar a influência da dança no equilíbrio do indivíduo protetizado. Metodologia: estudo experimental, com 03 indivíduos amputados de membro inferior adaptado à prótese, para avaliar o equilíbrio foram realizados os Testes: Escala de equilíbrio e mobilidade de Tinetti (avaliação da mobilidade orientada pelo desempenho Poma I) para os fatores de risco para quedas e a escala de equilíbrio de Berg (teste de equilíbrio funcional) para avaliar o equilíbrio estático e dinâmico. Resultados: foram comparados os dados coletados dentro de dois períodos de avaliação.

Palavras-chave: Dança de salão na reabilitação, equilíbrio corporal na amputação e amputação de membro inferior.

ABSTRACT: The dance has a objective the development of balance and motor efficiency. After amputation, there is loss of neural control of the organs and march, to maintain balance, it is necessary that the anatomical elements are intact and functional, not to receive relevant information occurs proprioceptive gait and lack of timing of muscle activity. The balance is responsible for providing the functional movements, with less energy, and the ability to maintain and control the projection of the center of gravity of the body. Objective: This study aims to evaluate the influence of dance in the balance of individual prosthetized. Methodology: experimental study with 03 patients of lower limb amputees with adapted prosthesis to assess the balance tests were performed: Scale, Tinetti balance and mobility (performance-oriented assessment of mobility Poma R) for risk factors for falls and balance scale Berg (functional balance test) to evaluate the static balance and dynamic. Resulted: When comparing the data collected in two periods.

Keywords: Ballroom dancing in the rehabilitation of balance disorders and amputation of lower limb amputation.

INTRODUÇÃO

A amputação do membro inferior leva à perda do mecanismo de controle neural aferente e eferente dos órgãos efetores da marcha: propriocepção, tato e cinestesia. Gerando a dificuldade na marcha devido a falta de sincronia da atividade muscular, em função de não receber a informação proprioceptiva adequada (CARVALHO, 1999).

Um alinhamento inadequado pode provocar instabilidade articular do joelho ou insegurança do paciente e as alterações de equilíbrio podem levar a alteração da marcha. Para que haja a manutenção do equilíbrio, faz-se necessário que estejam íntegros os elementos anatômicos e funcionais, que compreendem o aparelho vestibular, a visão, os centros nervosos, o sistema proprioceptivo e o sistema musculoesquelético (MACHADO, 1993).

O membro inferior protetizado, não possibilita ajustes musculares intrínsecos. Quando os músculos do tornozelo são incapazes de responder ao deslocamento do corpo, há uma estratégia alternativa, estratégia do quadril, desenvolvidos pelos abdutores e adutores através da compensação e transferência de peso corporal (TONOM, 2001).

O autor acrescenta que dessa forma, maior deslocamento médio-lateral do centro de pressão representa para estes pacientes uma resposta de controle neuromuscular, com um mecanismo de carga e descarga no quadril.

Durante a marcha normal, encontram-se: desempenho repetido dos membros inferiores que avançam ao longo de uma linha de progressão mantendo uma postura estável para a sustentação de peso corporal; mobilização articular; ação da musculatura seletiva; forças contidas na reação do solo; movimentos associados dos membros inferiores, membros superiores, tronco, cabeça e olhos; suaves oscilações do centro de gravidade e eficiência em termo de gastos energéticos (SULLIVAN, 1995).

Enquanto um pé e uma perna suportam o peso do corpo, o outro pé e perna balanceiam para frente, para, por sua vez, suportarem o peso do corpo. A marcha é assim, um perder e recuperar do equilíbrio. Os músculos provêem a energia inicial para partir, acelerar e desacelerar os segmentos da perna, usando também o momento e a gravidade (BOCCOLINI, 1990).

As alterações biomecânicas aumentam o gasto energético e as próteses leves diminuem a demanda muscular. O paciente possui menor gasto energético com a prótese e, portanto percorre uma distância maior do que com as muletas. (CARVALHO, 1999).

Em uma prótese, não podemos suprir a extensão e flexão dos artelhos a não ser parcialmente. Quanto ao tornozelo, podemos substituir a flexão e a extensão parcialmente; a inversão e a eversão são totalmente impossíveis de serem substituídas (Boccolini, 1990). Quanto aos joelhos, os movimentos são facilmente perfeitos, pois se constituem exclusivamente pela extensão e flexão. A substituição da articulação coxofemoral só pode ser feita com movimentos de flexão e extensão.

A deficiência física afeta mecanicamente a marcha, devido à perda de dados sensoriais necessários para distribuir os passos, empobrecendo o equilíbrio e provocando uma deficiência nos reflexos de proteção. (MOSQUERA, 2000).

O equilíbrio é responsável por proporcionar movimentos funcionais com menor gasto energético, constituindo-se na habilidade de manter e controlar a projeção do centro de gravidade do corpo dentro dos limites da base de suporte, buscando a prevenção de acidentes. (MOSQUERA, 2000).

O equilíbrio é a base para todo o movimento e é influenciado, por estímulos visuais, táteis, cinéticos e vestibulares, e freqüentemente é definido como equilíbrio estático ou dinâmico. (GALLAHUE; OZMUM, 2003).

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