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ATPS Teoria Da Administração

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Por:   •  27/9/2013  •  2.525 Palavras (11 Páginas)  •  320 Visualizações

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1 A ADMINISTRAÇÃO CIENTÍFICA E A TEORIA CLÁSSICA

A Administração Científica tem por foco a padronização e o controle gerencial para obter o melhor processo fabril. Dentre seus princípios básicos destacam-se: a divisão do trabalho, estudo de tempos e movimentos, prescrição detalhada [pela gerência] das tarefas de cada operário, padronização de instrumentos e materiais, planejamento dissociado da execução, chefia numerosa e funcional para instrução e supervisão, seleção de pessoal, salários por produção... O talento e iniciativa individuais cederam lugar à montagem, pela gerência, de um sistema que seria a melhor maneira de produzir. “No passado, o homem estava em primeiro lugar; no futuro, o sistema terá a primazia” (Taylor, 1990:23).

Por sua vez, a Teoria Clássica preocupa-se com a organização como um todo. O foco é a determinação de uma estrutura ideal, formada por unidades de diferentes papéis. Representada pela conhecida pirâmide, “com a presidência no topo e, a partir daí, em níveis de diferentes papéis e autoridades até a base (nível operacional), a estrutura prescreve as linhas de relação entre os componentes” (Cabral, 1997:1). Essa teoria embute alguns conceitos: divisão do trabalho e especialização de funções; delegação de autoridade; hierarquia; diferentes níveis de amplitude de autoridade e controle – quanto mais próximo do topo, maior a autoridade exercida e menor o controle a que se submete a unidade da estrutura; linhas rígidas de relacionamento entre as unidades. Concebida e montada adequadamente a estrutura, caberia à administração apenas coordenar o funcionamento das unidades para o alcance dos objetivos.

De acordo com o pensamento de Henri Fayol (1841-1925) a função administrativa seria exercida a partir de cinco elementos - planejamento, organização, comando, coordenação, controle - e de quatorze princípios, dentre os quais destaca-se a Centralização, tida como fato natural e uma questão de medida, cujo limite pode variar em cada empresa e de acordo com as circunstâncias:

“Se o valor do chefe, sua força, sua inteligência e experiência, a rapidez de sua percepção lhe permitirem estender bastante sua ação, ele poderá levar longe a centralização e reduzir seus auxiliares a simples agentes de execução. Se, ao contrário, mesmo conservando o privilégio de determinar as diretrizes gerais, ele preferir recorrer mais à experiência, aos critérios, aos conselhos de seus colaboradores, poderá efetuar ampla descentralização”. (Fayol, 1990:48)

Prevalece nesse primeiro momento da teoria das organizações a busca da organização formal ideal – tarefas e estrutura hierárquica. O espaço para a iniciativa e poder dos funcionários é nulo ou incipiente, frente ao julgamento dos chefes e supervisores. O planejamento das atividades não tem participação daqueles que executam. O trabalhador é visto como indolente, que precisa ser controlado, instruído e motivado com remuneração monetária de acordo com a produção, através do pagamento por peça (“homo economicus”).

2 TEORIAS

2.1 TEORIA DAS RELAÇÕES HUMANAS

A Teoria das Relações Humanas ganhou força a partir dos resultados das experiências realizadas por pesquisadores de Harvard, sob a coordenação de por Elton Mayo, na fábrica da Western Electric Company. Partindo da Teoria Clássica e da Administração Científica, a pesquisa objetivava investigar as condições físicas dos operários, ou seja, o efeito da fadiga no nível de produção. Cujos primeiros resultados apontavam a “influência preponderante de aspectos psicológicos na determinação da eficiência produtiva, trazendo novos questionamentos que iam além da análise inicial prevista que abrangia simplesmente variáveis físicas” (HOMANS, 1979:7-8). O trabalho dos pesquisadores estendeu-se ampliando o enfoque para investigar as relações sociais entre as pessoas no ambiente fabril, a importância dos grupos sociais informais, as lideranças informais, a determinação dos comportamentos organizacionais por um “código vigente em cada grupo social informal, com penalidades e recompensas sociais previstas” (HOMANS, 1979: 29-36).

Essa teoria trouxe uma abordagem humanista, segundo a qual, a motivação do comportamento organizacional do operário é determinada pelo seu nível de satisfação, a partir de incentivos sociais e simbólicos O trabalhador deseja mais do que receber instruções e o pagamento pelo trabalho executado. Como ser social, deseja aceitação, participação e reconhecimento do grupo social organizacional “homo social” supera o “homo economicus” da Administração Científica e da Teoria Clássica.

A Teoria das Relações Humanas traz novo papel ao gerente e ao supervisor [cooperação e comunicação]. A atenção voltada para fatores determinantes fora da fábrica [classe social, religião, raça, fatores ambientais, entre outros]; E, os tipos de liderança na motivação do grupo; a análise do conflito entre organização técnica e social: “O operário não somente é solicitado a acomodar-se a modificações que se produzem sem a sua participação na decisão, mas, ainda, o que é pior, muitas dessas modificações privam-no justamente daquelas coisas que dão significado ao seu trabalho” (HOMANS, 1979:41). Mayo defende que, para a eficiência produtiva, o conflito social “(objetivos organizacionais x objetivos pessoais do trabalhador) deve ser evitado através de uma administração humanizada, que promova as relações humanas e a cooperação” (CHIAVENATTO, 1997: 147).

2.2 TEORIA DA BUROCRACIA

A Teoria da Burocracia nas Organizações fundamenta-se na reinterpretação dos estudos sobre a racionalidade burocrática feitos pelo sociólogo alemão Max Weber (1864-1920) concentrando-se na busca do tipo ideal de organização burocrática. A nova teoria propõe-se a lançar um modelo organizacional mais amplo, abrangendo tanto estrutura quanto pessoal, em resposta às limitações e radicalismos percebidos na Administração Científica, nas Teorias Clássica e das Relações Humanas, que disputavam a hegemonia na Ciência Administrativa. Este modelo propõe uma organização baseada em normas e regulamentos racionais elaborados visando a máxima eficiência no alcance dos objetivos propostos. As normas e regulamentos são escritos, devem abranger todas as áreas da organização e todas as ocorrências possíveis, conferindo autoridade aos que ocupem cargos de supervisão e chefia para impor disciplina. A hierarquia de autoridade determina que todos os cargos inferiores tenham controle e supervisão. São pressupostos da Teoria da Burocracia a previsibilidade

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