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AVALIAÇÃO SUPLEMENTAR ECONOMIA

Por:   •  18/2/2022  •  Trabalho acadêmico  •  1.001 Palavras (5 Páginas)  •  178 Visualizações

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AVALIAÇÃO SUPLEMENTAR

Matriz de resposta

Disciplina: Economia Empresarial

Aluno: LUIS ANDRÉ ALVES CAVALCANTE

Turma: 1121-1_28

Tarefa: AVALIAÇÃO SUPLEMENTAR

Descreva os condicionantes da oferta que influenciam a tomada de decisão dos produtores, comentando como ocorrem os movimentos na curva da oferta e quais são as suas causas. Analise também o movimento ocorrido com a curva da demanda frente ao desabastecimento apresentado na situação-problema.

Era o mês de maio de 2018. Se aproximava o final do governo de Michel Temer na presidência da república quando um movimento de caminhoneiros deflagou uma greve. Todos os caminhões pararam, bloquearam as estradas, fazendo com que diversos produtos como combustíveis, alimentos, matérias-primas não chegassem ao seu destino, deixando os comerciantes desabastecidos. Nesse cenário, diversos produtores de alimentos tiveram que tomar a difícil decisão de paralisar as suas produções, e até descartar parte dos seus produtos. Em matéria publicada pela coluna de economia do g1.globo.com, a Associação Brasileira de Laticínios (Viva Lácteos) fala um pouco dos prejuízos ocasionados pela greve, em que houve um prejuízo de 1 bilhão em toda a cadeira produtiva do leite em 7 dias de greve, chegando a ser descartado mais de 300 milhões de litros de leite. Um pecado grande que não pôde ser evitado pelos produtores que ficaram sem ter o que fazer, vendo o leite se estragando em seus depósitos, sendo obrigatoriamente descartado. Ainda segundo a Viva Lácteos, “além do leite, o desabastecimento de insumos, combustível, embalagens, entre outros, mantém fábricas inteiras paradas. Praticamente todas as unidades fabris das empresas associadas estão fechadas, afirma.” Na mesma matéria, A ABPA (Associação Brasileira de Proteína Animal), afirmou que 64 milhões de aves foram sacrificadas em razão dos impactos da greve, contabilizando um prejuízo de 3 bilhões para o setor. O resultado disso foi uma escassez cada vez maior desses produtos nos supermercados à medida que a greve era mantida.

Quanto a demanda, segundo a matéria publicada pelo SINCOVAGA SP ((Sindicato do Comércio Varejista de Gêneros Alimentícios, de Mercados, Armazéns, Mercearias, Empórios, Mercadinhos, Quitandas, Frutarias, Sacolões, Laticínios, Minimercados, Supermercados, Hipermercados, Adegas, Tabacarias, Bombonieres, Lojas de Bebidas, de Ração Animal, de Suplemento Alimentar, de Produtos Naturais, de Dietéticos, de Congelados, de Delicatessen, e de Conveniência, do Estado de São Paulo), houve uma corrida dos clientes aos supermercados, cada um visando garantir o seu abastecimento domiciliar. O levantamento feito pelo Índice Cielo do Varejo Ampliado (ICVA) mostrou que houve um crescimento de 52% na receita das vendas no dia 25/05, período que as pessoas já sentiam os efeitos gerados pela greve. Segundo a Cielo, “esses resultados do ICVA evidenciam a preocupação da população em garantir itens de necessidade básica. Já a procura por produtos não essenciais num momento de crise caiu desde os primeiros dias da greve. Um exemplo é o setor de móveis, eletrodomésticos e lojas de departamento, cuja receita caiu 19% já na quinta-feira (24/5) em comparação com o mesmo dia da semana anterior.” Em todo Brasil, pudemos ver esse movimento nos principais centros de compras e postos de combustíveis, que registravam filas quilométricas para abastecimento. Logo em seguida, houve uma queda na oferta, à medida que os produtos que eram comprados não estavam sendo repostos na mesma velocidade em virtude da impossibilidade de o produtor entregar a sua carga aos comerciantes, elevando os preços dos produtos para os consumidores. No Rio de Janeiro, por exemplo, o saco de batata que era comercializado por mais ou menos R$ 100,00 chegou a custar R$ 500,00 durante o período da greve. Outro fator que impacta diretamente nos preços dos produtos e na oferta é o custo que os produtores tem seja com insumos ou com frete.

Analise como o governo pode contribuir para a solução da situação a partir do uso de instrumentos de política monetária e de política fiscal.

Sofrendo com os impactos econômicos e sociais da greve, o governo teve que atender as solicitações do movimento grevista e concedeu os seguintes benefícios:

- Redução do preço do diesel em R$0,46 por 2 meses (bancando com dinheiro público R$ 0,30 e R$ 0,16 pelo corte de tributos federais;

- Preço mínimo do frete, levando em consideração a variação do preço do diesel e do pedágio;

- Isenção de pedágio para eixos suspensos;

- 30% dos fretes da Conab devem ser feitos por caminhoneiros autônomos.

Essas medidas, juntamente com a ação das forças militares liberando as estradas acabaram dissipando o movimento grevista fazendo que aos poucos a vida dos brasileiros voltasse ao normal.

Dentro do que foi exposto, podemos dizer que o governo pode e deve contribuir com incentivos fiscais para maior controle do preço dos combustíveis de maneira constante, avaliando a possibilidade de redução dos impostos a nível estadual e federal, impactando diretamente nos preços ao consumidor final, barateando o frete, diminuindo os custos de produção e consequentemente aumentando a oferta dos produtos. O aumento na oferta por sua vez, poderá interferir no preço dos produtos na ponta, estimulando assim a demanda por parte dos consumidores. Além de dar incentivos fiscais, o governo também poderia trabalhar melhor a questão cambial, diminuindo a diferença da nossa moeda em relação ao dólar, estimular a geração de empregos, conceder benefícios aos produtores, podendo também conceder melhores linhas de crédito ao produtor, facilitando a nossa produção nacional. Por fim, o corte de gastos da máquina pública e o controle mais efetivo da corrupção poderiam gerar também impactos econômicos positivos, que poderia ser percebido por todo o povo brasileiro na sua economia.


REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

G1, Greve dos caminhoneiros causa prejuízo de R$ 1 bilhão a cadeia produtiva de leite, diz entidade. Disponível em https://g1.globo.com/economia/noticia/greve-dos-caminhoneiros-causa-prejuizo-de-r-1-bilhao-a-cadeia-produtiva-de-leite-diz-entidade.ghtml Acesso realizado em 23 de Janeiro de 2022.

BBC NEWS BRASIL, Greve dos caminhoneiros: a cronologia dos 10 dias que pararam o Brasil. Disponível em https://www.bbc.com/portuguese/brasil-44302137 Acesso realizado em 23 de Janeiro de 2022.

SINCOVAGA, Entenda o comportamento de consumo durante a greve dos caminhoneiros. Disponível em https://www.sincovaga.com.br/entenda-o-comportamento-de-consumo-durante-a-greve-dos-caminhoneiros/ Acesso realizado em 23 de Janeiro de 2022.

G1, Entenda as medidas em favor dos caminhoneiros e veja em que pé estão, Disponível em https://g1.globo.com/economia/noticia/entenda-as-medidas-em-favor-dos-caminhoneiros-e-veja-em-que-pe-estao.ghtml Acesso realizado em 23 de Janeiro de 2022.

        

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