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Anhembi morumbi

Por:   •  23/6/2015  •  Artigo  •  935 Palavras (4 Páginas)  •  286 Visualizações

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Reabilitação visual em pacientes neurológicos

Temos que ter em consideração duas categorias distintas de portadores de necessidades neuropsicológicas visuais:

  1. Os indivíduos com cerebropatias e também os com traumatismos cranianos que apresentam déficit do campo visual, da acuidade visual e da visão binocular; podem se beneficiar da reabilitação visual para contrabalancear os efeitos de tais perdas;
  2. Os indivíduos sem déficit aparente do órgão visual, mas que necessitam da reabilitação visual para melhorar a percepção visual, tais como ocorrem com amblíopes, mesmo pós-período de plasticidade neural, ou com, percepção visual anômala. Estes pacientes podem ter auxílio da reabilitação visual para melhorarem suas funções visuais, tais como, acuidade visual, cromática, estereoscópica e de sensibilidade ao contraste. Nestes casos, o desenvolvimento do cérebro através das técnicas usadas ajuda concomitantemente ao desenvolvimento da memória, aprendizado e linguagem.

A reabilitação visual, tanto a simples quanto a multidisciplinar, pode melhorar significativamente a função e a qualidade de vida do paciente, por melhorar a quantidade e qualidade da visão. Historicamente, a reabilitação para deficientes visuais era direcionada às crianças, adultos jovens cegos ou com grave deficiência da visão, focalizando em serviços tais como ensino de leitura em Braille, uso de bengalas e utilização de substitutos da visão tais como livros gravados em áudio. Serviços limitados àqueles com perda visual de menor gravidade concentravam-se em dispositivos ópticos e correção da refração; ou em outros casos somente para tratar baixas de acuidade visual (ambliopias) em crianças, pois era consenso que o tratamento era extensível somente até os 8-9 anos de idade. Atualmente, serviços de reabilitação para cegos oferecidos por associações públicas ou outras agências necessitam ser diferenciados em nosso pensamento das outras opções variadas de reabilitação que estão disponíveis para pacientes com perda parcial da visão; e cada vez mais comuns para simples perdas visuais que comprometam a atividade diária. Mudanças demográficas, novas tecnologias e aumento do conhecimento a partir de pesquisas na área de reabilitação, tais como o impacto de escotomas centrais na execução da leitura, expandiram significativamente a área de reabilitação visual para além da reabilitação óptica e da cegueira. O objetivo do encaminhamento precoce é prevenir as diversasconsequências negativas da perda visual. Por exemplo, quando a acuidade é reduzida para 20/50 ou menos, os pacientes apresentam risco duas vezes maior de queda, três vezes o risco de depressão e quatro vezes ou mais o risco de fratura de quadril. A independência também é ameaçada: esses pacientes são admitidos em asilos em média 3 anos mais cedo que idosos sem perda de visão, frequentemente não podem dirigir, utilizam os serviços comunitários e de saúde mais frequentemente que outros indivíduos da mesma faixa etária.O objetivo da reabilitação na Baixa Visão é maximizar a utilização da visão parcial (resquício visual) e fornecer adaptações práticas para reduzir a incapacidade. O processo de reabilitação começa com uma avaliação detalhada da função visual que permaneceu, a qual se direciona a fatores tais como o estado da doença ocular, sensibilidade ao contraste, tamanho e localização do escotoma e erros de refração não corrigidos. A reabilitação abrangente aborda a “pessoa por completo”. O foco habitual da Reabilitação geralmente é:

  • Atividades do cotidiano;
  • Segurança;
  • A participação contínua de pacientes idosos na comunidade;
  • O bem-estar e a independência do paciente.

A capacidade de leitura é uma meta para muitos pacientes com perda parcial da visão. Informações clínicas e com base em pesquisa tornaram os profissionais de reabilitação visual atualizado sobre os efeitos variados dos diferentes padrões de escotoma macular no desempenho da leitura. Mesmo com recentes avanços no tratamento que melhoraram a acuidade visual em afecções da retina, e mesmo com outros aperfeiçoamentos esperados no futuro, continuaremos a se deparar com pacientes que apresentam alteração visual levando ao impacto funcional. Ao mesmo tempo, contudo, a reabilitação visual abrangente será aprimorada e refinada à medida que se desenvolvem intervenções para reabilitação com base em evidência. A tecnologia continuará a oferecer aos pacientes suportes mais efetivos para alcançarem seus objetivos. Espera-se que, na prática diária, as palavras “nada mais pode ser feito” sejam substituídas por “muito ainda pode ser feito tanto com o tratamento, quanto com a reabilitação visual abrangente”.

Paralisia Progressiva Supranuclear

A Paralisia Progressiva Supranuclear (PPS) é uma doença progressiva, degenerativa da região do Mesencéfalo (Salsano, 2012). Associado a esta lesão pode ocorrer alterações nas áreas extrapiramidais (trato não motor), e por estas alterações a pessoa com PPS apresenta alterações de equilíbrio, assim como nos pacientes com Esclerose Múltipla (De Reuck, 2012). O paciente pode apresentar blefaroespasmo, com piscamentos excessivos involuntários (Nomura, 2012). Também podem apresentar problemas de fala, tais como a disartria pseudobulbar. Assim como na EM, a PPS apresenta como sintomas iniciais as alterações visuais; sendo a mais comum à visão borrada.

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