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Casas Bahia

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Por:   •  6/5/2014  •  2.777 Palavras (12 Páginas)  •  326 Visualizações

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1 INTRODUÇÃO

Este trabalho tem a finalidade de mostrar a história da Casas Bahia, que começou com Samuel Klein, o mascate que construiu um grande império no varejo brasileiro, sua fusão com Pão de Açúcar, sua gestão, o comportamento das organizações e como tudo isso pode influenciar na vida dos brasileiros, tanto dos administradores, colaboradores e fornecedores quanto dos consumidores.

Vamos analisar essa fusão tão esperada no varejo nacional, Casas Bahia e o Grupo Pão de Açúcar. A fusão estabelece uma consolidação do setor de varejo, e as maiores dificuldades não serão barreiras financeiras e contratuais, mas sim diferenças culturais e sinérgicas na maneira como cada administrador controla sua companhia.

2 DESENVOLVIMENTO

2.1 HISTÓRA DA CASAS BAHIA

A história da Casas Bahia começou com Samuel Klein, polonês naturalizado brasileiro, completou 89 anos em 2012. Quem esbarra com ele dificilmente vai associá-lo ao empresário que em seis décadas ergueu um dos maiores e mais sólidos empreendimentos do varejo brasileiro, com seu jeito simples, pode ser facilmente confundido com o público que frequenta suas lojas. Vendedor nato, Samuel Klein adora contar histórias do mundo dos negócios. Nem de longe deixa transparecer os horrores vividos durante a Segunda Guerra Mundial. De origem humilde, nasceu em Lublin, na Polônia, o terceiro de nove irmãos, filho de carpinteiro de família judaica. Aos 19 anos foi preso pelos nazistas e mandado com o pai para o campo de concentração. Sua mãe e cinco irmãos mais novos foram para o campo de extermínio e Samuel nunca mais os viu. Em 1944, conseguiu fugir, seguindo pelo mato a caminho da Alemanha, lá fez de tudo para ganhar a vida vendeu produtos para as tropas aliadas, juntou dinheiro e casou-se. Em 1951, veio para a América do Sul, primeiro para a Bolívia, depois seguiu para o Brasil, instalando-se em São Caetano do Sul (SP).

Com US$ 6 mil no bolso, Samuel comprou uma casa e uma charrete, adquiriu uma carteira de 200 clientes e mercadorias – roupas de cama, mesa e banho. De porta em porta, começou a mascatear pelas ruas de São Caetano do Sul. Em 1957, comprou sua primeira loja, no centro de São Caetano do Sul, que chamou de “Casa Bahia”. Em 1960 a segunda, em 1971 a primeira loja em São Paulo, 1978 adquiriu a fábrica de Móveis Bartira e a Bela Vista, 1989 a rede alcançou o número de 100 filiais, 1993 chegou a Minas Gerais e em 1995 ao Rio de Janeiro. Em 2000 contabilizava 300 lojas em sete Estados, 2004, acordo com o Bradesco, para financiamento de parte da carteira de crédito da rede, 2010 inaugurou o centro de distribuição em Camaçari BH: inicio do processo de interação de Pontofrio e Casas Bahia, assembleia geral extraordinária aprova, com sucesso, a associação entre Grupo Pão de Açúcar e Casas Bahia, 2012 Casas Bahia finca sua bandeira na região Norte do país na cidade de Palmas, Tocantins. Em outubro, chegou ao nordeste, Rio Grande do Norte (Natal) e Pernambuco (Recife). Admirador das máximas, Samuel Klein costuma repetir: “Cresci junto com o Brasil, não fiquei parado vendo o país crescer. Temos que amar o país em que vivemos”. Ao completar 80 anos, Samuel Klein escreveu sua biografia: “Samuel Klein e a Casas Bahia, uma trajetória de sucesso”.

2.2 A FUSÃO

Uma das fusões mais esperadas no varejo nacional, Casas Bahia e o Grupo Pão de Açúcar são parceiros e pretendem investir pesado no e-commerce. A aquisição da Casas Bahia foi anunciada em dezembro de 2009 e teve os termos revisados em meados de 2010, enquanto a compra do Pontofrio ocorreu em junho de 2009. O CADE aprovou no último dia 17 de abril de 2013, com restrições, as compras das redes Casas Bahia e Pontofrio pelo Pão de Açúcar, cerca de quatro anos depois dos anúncios das operações. Após a conclusão da transação, a família Klein deterá 47% do capital da Globex, enquanto o Grupo Pão de Açúcar ficará com pelo menos 52% das ações. O ganho principal da Casas Bahia será o crescimento do faturamento, e o Pão de Açúcar deverá aumentar as margens de lucro.

A fusão entre Pão de Açúcar e Casas Bahia, estabelece uma consolidação do setor de varejo. A notícia mexe com todo o mercado varejista, já que somando supermercados e hipermercados do Pão de Açúcar, o grupo varejista incluindo Casas Bahia terá mais de 1.500 lojas em todo o Brasil, com vendas superiores ao faturamento combinado dos dois rivais mais próximos, Carrefour e Walmart, a nova empresa terá mais chances de ditar o preço dos produtos para outras empresas do segmento e principalmente para a indústria, a junção de duas empresas de grande porte permitirá adquirir produtos a valores bem mais baixos. A compra e a venda em grande volume fará diferença. A Casas Bahia é uma empresa familiar que tem muito a ganhar com a profissionalização da gestão que, hoje em dia, é um dos pilares do Grupo Pão de Açúcar.

2.3 A GESTÃO

Em relação à gestão da fusão do Pão de açúcar com a Casas Bahia, não serão barreiras financeiras e contratuais, mas sim diferenças culturais e sinérgicas na maneira como são controladas as companhias que podem gerar os maiores impasses.

Quando as empresas anunciaram a fusão, essas diferenças não foram levadas tão a sério quanto deveriam, pois a gestão da Casas Bahia é um pouco mais conservadora e menos ágil na tomada de decisões se comparada a gestão do Pão de Açúcar, tudo dentro da empresa é controlado pelo fundador e seus dois filhos, tendo uma gestão centralizadora e familiar, qualquer negociação passa pelo crivo dos Klein. A venda comissionada e atentar ao mercado de baixa renda são a grande jogada que impulsiona e sustenta o crescimento das Casas Bahia. Prazos de entrega relativamente curtos, além de manter o controle de toda cadeia produtiva (no caso dos móveis), também influencia positivamente no sucesso. Samuel Klein também é duro nas negociações com os fornecedores. Este tipo de atitude tem motivado muitos estudos sobre o sistema de gestão da empresa; pois apesar de ir sempre contra o que a empresa considera modismo, as modernas técnicas de gestão, ela consegue vender mais que a concorrência, e ainda assim manter um nível de inadimplência baixo em relação ao público alvo que adotou.

Já o Pão de Açúcar, pesquisas apresentam práticas inovadoras de Gestão que testificam que o Grupo Pão de Açúcar é um modelo de empresa sustentável e que valoriza as pessoas e seus clientes, oferecendo e buscando o que tem de melhor em termo de: variedade, volume, visibilidade e variação de demanda.

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