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Case Cartona

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Por:   •  28/4/2013  •  5.814 Palavras (24 Páginas)  •  2.862 Visualizações

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CARTONA: Uma empresa que guarda emoções

Case elaborado pelos professores Márcia Portazio e Paulo Campos

Após analise, responda as questões considerando Cartona como o Ambiene Capacitante e de que maneira a Gestão do Conhecimento pode trazer melhores resultados para a organização no futuro.

A HISTÓRIA DA CARTONA

A história da empresa CARTONA CARTÃO PHOTO NA¬CIONAL LTDA. se confunde com a própria história da fotografia no Brasil. Inventada na segunda metade do século XIX, a pequena caixa de madeira capaz de registrar e reproduzir imagens permitiu que o homem con¬quistasse um novo passo rumo à eternidade, re¬gistrando de forma indelével e permanente tudo o que parecia ser importante no mundo: retrato de pessoas, paisagens, monumentos, sítios urba¬nos e acontecimentos, impondo uma nova visão de mundo, cujo conteúdo elevado de informações precisas e realistas possibilitou uma democrati¬zação do saber.

Foi em 19 de agosto de 1839 que o físico Arago deu a conhecer oficialmente, na Academia das Ci¬ências, em Paris, a invenção da fotografia, credita¬da aos franceses Nicéphore Niepce Independentemente das controvérsias sobre a ver¬dadeira autoria da invenção da máquina fotográfi¬ca, o fato é que ela foi oficialmente apresentada no Brasil em 1840, no Rio de Janeiro. Nesta época, o Brasil, afastado geograficamente das grandes me¬trópoles européias que passavam por profundas re¬voluções culturais e intelectuais, recebia as novida¬des de forma muito aberta e a fotografia tornou-se moda num prazo bem curto de tempo. A sociedade brasileira do período do Império tratou de usufruir a nova técnica, passando a fotografar e registrar todas as imagens possíveis. Em especial, D Pedro II se interessou profundamente pela fotografia e tor¬nou-se praticante e colecionador da nova arte, em função do que, trouxe para o Brasil os melhores fo¬tógrafos da Europa, patrocinou grandes exposições, promovendo a arte fotográfica brasileira e difundin¬do a nova técnica por todo o Brasil. Os profissionais liberais da época, grandes comer¬ciantes e outras pessoas de uma situação financei¬ra abastada, passaram a se dedicar à fotografia em suas horas vagas. Para essa nova classe urbana em ascensão, carente de símbolos que a identificassem socialmente, a fotografia veio bem a calhar criando-lhe uma forte identidade cultural. O sucesso da fotografia no Brasil foi tão grande que, em menos de um século depois, em outubro de 1920 a Kodak2 instalou seu primeiro escritório no Brasil. Apenas sete anos após a fundação da Kodak no Brasil, em 1927, foi fundada a empresa CARTONA CARTÃO PHOTO NACIONAL LTDA. por João José Monegaglia, filho de imigrantes italianos. No início, aproveitando a grande demanda gerada pela aber¬tura da Kodak e a facilitação do comércio de papéis fotográficos no Brasil, a empresa iniciou a produção de capas de cartão para fotografias de formaturas e casamentos. Com o decorrer do tempo e com a popularização da fotografia, as capas se transfor¬maram em álbuns fotográficos. Os primeiros modelos eram conhecidos como Álbuns de Cantoneira, onde as fotos eram fixadas com can¬toneiras que permitiam a fixação de fotos de qual¬quer tamanho. A partir da década de 50, os fotó¬grafos profissionais, em grande maioria da colônia japonesa, começaram a migrar para o varejo dando origem aos antigos “fotinhos”. Percebendo o crescimento do mercado, em 1954 a Kodak iniciou a fabricação nacional de papéis fotográ¬ficos preto-e-branco e em 1958, a Fujifilm3 chegou ao Brasil, país escolhido para abrigar sua primeira filial fora do Japão. Com duas unidades fabris instaladas - uma em Caçapava (SP) e outra em Manaus (AM) a empresa aqueceu o mercado de produtos fotográfi¬cos no Brasil e, com isso, houve um grande cresci¬mento da demanda por álbuns para amadores, o que fez com que a CARTONA aproveitasse esse momento iniciando um processo de expansão. Durante a década de 70, a CARTONA lançou no Brasil os Álbuns de Folhas Autocolantes que apresentam o mesmo conceito dos álbuns de cantoneira - armazenar fotos de qualquer tamanho em qualquer posição sem a necessidade de serem fixadas com as cantoneiras, tra¬zendo, portanto, uma inovação para os consumidores. Ao final da década de 80 com o advento dos Minilabs, as máquinas de revelação em 1 hora, criou-se um padrão de tamanho para as fotografias (10 x 15 cm) e, mais uma vez, a CARTONA sai na frente e lança no Brasil os Álbuns de Encaixe (Pocket). Neste momento ela consolidou definitivamente sua posição de líder de mercado no segmento Álbuns Fotográficos, posi¬ção que ela continua ocupando até os dias atuais.

A DÉCADA DE 90

A década de 90 foi palco de mudanças significativas na política brasileira do comércio exterior, marcando a transição da indústria brasileira para um novo regime de comércio, deixando para trás pelo menos quatro décadas de forte proteção contra as importações. Até o início da década de 90, todo o setor indus¬trial no Brasil tinha seu foco principal na área da produção, pois não existia concorrência externa e os consumidores não tinham muitas opções na es¬colha de produtos ou serviços, o que permitia certa acomodação por parte das empresas brasileiras que não precisavam se preocupar com o que o con-sumidor queria. Assim como as demais empresas no Brasil, nesta época, a CARTONA era uma em¬presa industrial que operava visando à produção e não o mercado. Tendo início no governo Collor e se estendendo até o governo Fernando Henrique, o processo de abertura e integração comercial brasileira gerou uma liberali¬zação financeira externa e a eliminação das barreiras protecionistas contra as importações. O programa de eliminação das barreiras consistiu, primeiramente, na eliminação ou redução da cobertura de barrei¬ras não tarifárias, tais como reservas de mercado, quotas, proibições etc. e, também, na diminuição no nível médio das tarifas de importação e redução do grau de dispersão na estrutura tarifária. Entre 1988 e 1989, a redundância tarifária média caiu de 41,2% para 17,8%, foram abolidos os regimes es¬peciais de importação, unificaram-se os diversos tri¬butos incidentes sobre as compras externas e redu¬ziram-se levemente o nível e a variação do grau de proteção tarifária da indústria local, com a tarifa mé¬dia passando de 51,3% para 37,4%, a modal de 30% para 20% e a amplitude de 0-105% para 0-85%4. Com a liberalização financeira externa, a economia brasileira integrou-se ao cenário econômico mundial e, a partir daí, as empresas brasileiras foram obriga¬das a mudar seu modo de trabalhar. A competitivi¬dade

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