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Comunicação e Opinião Pública

Por:   •  15/6/2016  •  Resenha  •  656 Palavras (3 Páginas)  •  163 Visualizações

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RELAÇÕES PÚBLICAS

OPINIÃO PÚBLICA E ARGUMENTAÇÃO

RESUMO 3: COMUNICAÇÃO E OPINIÃO PÚBLICA

Para o funcionamento das democracias modernas a participação da sociedade nos assuntos políticos é essencial. Desde o século XVIII, a Opinião Pública tem o papel de intermediar a relação entre o estado e a sociedade, atuando como fonte de legitimação política. Tal atuação se da na medida em que, para se legitimar, o governo sempre busca o apoio e o consentimento da sociedade para tomar as decisões públicas. A esfera pública, sendo assim, acaba se tornando local privilegiado nas negociações. Torna-se arena de decisões públicas.

A fim de prestar esclarecimentos à sociedade a comunicação pública é elemento fundamental na formação e consolidação da opinião pública, já que é uma das principais fontes de informação no jogo político que se estabelece na arena (esfera pública).

Até os dias de hoje há dificuldade de conceituação e entendimento de Opinião Pública. Nesse mar de suposições surge a grande vinculação com Pesquisa de Opinião. Com base nos trabalhos de Harwood Childs pode-se observar quatro aspectos relevantes à discussão. O primeiro é de que a opinião pública deve ser originária do debate público/processo de discussão. A segunda é a necessidade de haver uma expressão pública da opinião para o debate acontecer. A terceira é de que o tema deve ter o mínimo de relevância pública para vir gerar uma discussão. Por fim a última é que deve corresponder a opinião de um grupo de pessoas que tenham algumas características em comum. É a partir da segunda observação é que surgem as pesquisas de opinião, já que são veículos de troca de informação sobre temas já discutidos por algumas pessoas.

Para os pensadores franceses a Opinião Pública é fruto de uma discussão crítica e racional na esfera pública. Durante o século XVIII a Opinião Pública era da elite e não do povo. A partir do momento, no entanto, em que a sociedade conscientiza-se de sua moralidade e passa a ocupar um espaço público, rapidamente transforma-se num espaço político e ações começam a ser julgadas em nome da razão e da crítica. Sendo assim, como diz Milton Meira do Nascimento “um público fechado e restrito se transformou, aos poucos, num público aberto, aumentando seu tamanho e sua esfera social”. A segunda metade do século XVIII, trata da burguesia liberal aliada a Opinião Pública a fim de contestar o absolutismo monárquico.

Para que se consolidasse a nova postura da opinião pública foi fundamental o surgimento e desenvolvimento da esfera pública e da imprensa. A Opinião Pública, entendida como força racional capaz de exercer pressão sobre os indivíduos, necessita passar por um processo de propalação e formação de público.

A partir desse momento a publicação escrita passa a ser meio necessário para a formação de uma Opinião Pública verdadeira que transcende opiniões individuais e particulares. O Estado moderno pressupões que a soberania popular é a opinião pública. Na Revolução Francesa a Opinião Pública foi monopolizada por uma elite eleita (que possuía pensamento racional) entre seus pares e representava a nação, uma vez que a vontade do povo e demasiadamente influenciada pelo pensamento religioso, deixando de ser racional. Sendo assim constituiu-se um duplo processo de formação no campo político: de um lado os cidadãos capazes de formar uma “verdadeira” opinião, e do outro, somente eleitores.

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