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Confissões De Um Assassino Econômico

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Por:   •  5/11/2013  •  5.478 Palavras (22 Páginas)  •  393 Visualizações

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CONFISSÕES DE UM ASSASSINO ECONÔMICO

JOHN PERKINS

PREFÁCIO

Assassinos Econômicos (AEs) são profissionais altamente remunerados cujo trabalho é lesar países ao redor do mundo em golpes milionários. Canalizam para os cofres de enormes corporações e para os bolsos de algumas famílias abastardas que controlam os recursos naturais do planeta. Entre os seus instrumentos de trabalho incluem-se relatórios financeiros adulterados, pleitos eleitorais fraudulentos, extorsão, sexo e assassinatos.

Este texto foi escrito em 1982 para o livro que era dedicado aos presidentes de dois países. Homens que haviam sido meus clientes, a quem eu respeitava e considerava muito. Jaime Roldós (Presidente do Equador) e Omar Torrijos (Presidente do Panamá).

Ambos acabavam de morrer em desastres aéreos. A morte deles não foi acidental. Eles foram assassinados porque se opunham ao império mundial.

Nós os AEs, fracassamos no nosso trabalho de cooptar os presidentes, e os chacais

(matadores profissionais a serviço da CIA) entram em ação, se falhassem entraria em cenas os militares.

Foi decidido parar de escrever este livro várias vezes, devidas ameaças e subornos que recebi. Até que devido à força que minha filha Jéssica me deu e através de um editor corajoso, não subordinado nenhuma corporação internacional, concordou em me ajudar a contá-lo.

“Esta história precisa ser contada porque só depois de compreender os nossos erros no passado seremos capazes de aproveitar as oportunidades que surgiram no futuro. Através deste livro entenderemos melhor o 11 de Setembro e a Segunda Guerra no Iraque”

Esta é uma história verídica. Eu a vivi a cada minuto. È uma acontecimento pessoal.

O meu editor perguntou-me se nos chamávamos de assassino econômico. Disse que sim, que fora apelidado por minha professora Claudine, em 1971.

Bonita e inteligente ela era altamente eficaz, percebia os meus pontos fracos e usava em benefício próprio. O trabalho dela era encorajar os lideres mundial a torna-se parte de uma vasta rede de relações de trabalho que promove os interesses comerciais americanos.

No final, esses lideres estariam completamente enredados numa teia de débitos que garantisse a sua lealdade oferecia em troca recursos naturais. Nos dias de hoje os resultados desse sistema revolta-se contra a sociedade:

- mão de obra barata

- poluição do meio ambiente

- fome e miséria

- dentre outros.

Os americanos ainda perguntam, porque os terroristas os atacam.

Sabemos que em muitos países o crescimento econômico beneficia apenas uma pequena parcela da população e pode na verdade resultar em circunstâncias cada vez mais desesperadas para a maioria. Quando equiparamos o consumo ávido dos recursos da Terra com uma valorização que se aproxima á santidade, estamos procurando problemas. E acharemos.

Isto nos leva a um ponto em que nossa cultura mundial é uma máquina monstruosa que requer quantias cada vez maiores de combustíveis e manutenção.

Uma das funções maiores da corporatocracia é expandir, fortalecer e nos inspirar a consumir, consumir e consumir. Faz a idéia que nosso dever cívico é comprar coisas como iates, mansões, jatos particulares, etc.

Este livro é confissão de um homem que desde o momento que se tornou um AE, participou de um grupo bem remoto de pessoas.

Estou certo de que, quando um número suficientes de nós, tomar consciência de como estamos sendo explorados pela máquina da economia, não vamos mais tolerá-las. Vamos nos comprometer a tomar o curso em direção a compaixão, a democracia e a justiça social pra todos.

Admitir o problema é o primeiro passo no sentido de encontrar a solução, confessar um pecado é o começo da nossa salvação.

Sem as muitas pessoas cuja vida compartilhei este livro não seria escrito. Agradeço aqueles que me encorajaram a sair do limbo e contar a minha história. Sou eternamente grato aos homens e mulheres que me acolheram nas suas casas e selvas, desertos e montanhas, cabanas e favelas, que compartilharam comigo o seu alimento e a sua vida, e que foram a minha maior fonte de inspiração.

JONH PERKINS AGOSTO 2004

PRÓLOGO

Quito, a capital do Equador, espalha-se sobre um vale vulcânico no Alto da Cordilheira dos Andes, a 2700 m de altitude.

Em 2003, parti de Quito numa caminhonete em direção da Shell – posto militar avançado na fronteira para servir a companhia petrolífera cujo nome ostenta, é habitado por soldados, trabalhadores dos poços de petróleo e indígenas naturais das tribos Shuar e Quíchua que trabalham para eles como prostitutas e operários – para acabar com uma guerra que eu mesmo tinha começado.

Eu estava a caminho para encontrar estas tribos, que estavam determinados a impedir que nossas companhias de petrolíferas destruíssem suas casas, famílias e terras, mesmo que isso significasse a morte. Para eles significavam a sobrevivência de seus filhos e culturas, enquanto para nós poder, dinheiro e recursos naturais.

Dirigindo eu me lembrei de 35 anos antes quando cheguei pela primeira vez a esta parte do mundo. A Texaco acabara de descobrir petróleo naquela região.

Hoje através de um consórcio organizado pelos AEs, promete transformar o Equador em um dos dez maiores fornecedores de petróleo para os EUA em todo o mundo. Por este motivo grande áreas de floresta tropical foram derrubadas, araras e jaguares desapareceram, várias tribos indígenas foram levadas a beira do colapso, por isso estava prestes a começar uma guerra devido à forte rebelião dos índios contra as novas companhias petrolíferas.

Por causa dos projetos dos AEs, o Equador está a mercê da divida externa e deve dedicar uma parte excessiva do orçamento nacional para pagá-los em vez de usar o seu capital para ajudar

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