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Resenha Critica "Assassinos Por Natureza"

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Por:   •  14/4/2014  •  487 Palavras (2 Páginas)  •  662 Visualizações

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“Assassinos Por Natureza”

“Assassinos por Natureza” é um filme de 1994 dirigido por Oliver Stone, com roteiro assinado por David Veloz, Richard Rutowski, Oliver Stone e Quentin Tarantino. O filme divide opiniões entre os espectadores e conta a história de Mickey (Woody Harrelson) e Mallory Knox (Juliette Lewis), dois amantes e serial killers, sua jornada na rota 666 cometendo assassinatos em massa sem grandes motivos e sua glorificação através da mídia, onde o jornalista Wayne Gale (Robert Downey Jr.) é o responsável. Não precisamos assistir mais que cinco minutos dessa obra de arte para percebemos que audiovisualmente falando, o filme é espetacular.

Oliver Stone utiliza milhares de técnicas e elementos envolvendo cor, forma, grafismo e intertextualidade. Com tantos pontos importantes, pode parecer até confuso citar todos eles. Podemos começar citando a maneira que o diretor conduz a narrativa do filme, divindo-a em três partes: temos a narrativa de Mickey e Mallory, a narrativa da mídia e a narrativa onde o casal e a mídia

convergem. A intertextualidade do filme é incrível, pela maneira que a mídia é reproduzida no filme. Contamos com aberturas, comerciais, entrevistas e uma estética extremamente semelhante ao que vemos na televisão. Temos outros exemplos também, como o flashback da história de Mallory e Mickey intitulado “I Love Mallory” que nos remete a uma verdadeira novela, com aplausos, risos, sons de espanto e outras reações da suposta plateia.

Oliver Stone utiliza as cores ao seu favor, principalmente o vermelho, o azul, o verde, e a falta delas também. Podemos entender as cenas preto e branco como um “corte vertical”, onde vemos situações paralelas as que ocorrem nas cenas coloridas, a iluminação verde em cenas doentias, a vermelha em cenas violentas e a azul em cenas mais dramáticas. Mas como em qualquer filme, a significação das cores, ou a falta delas, é extremamente subjetiva e cabe ao espectador interpretá-la.

Além das cores, o diretor utiliza ângulos nada comuns, projeções “perturbadoras” em janelas e outros lugares, constantes cenas filmadas

em diferentes câmeras (35mm, 16mm, 8mm...), animações e outros elementos para dar forma ao filme. As animações, projeções e imagens ou cenas não diretamente relacionadas com o enredo dão um outro sentido ao todo. Independente da intuição do diretor, esses elementos nos dão um significado para o filme diferente do que teríamos ao ver um filme filmado de ângulos comuns e sem maiores “experimentos” visuais.

Em conclusão, a combinação de todos esses aspectos influencia muito a percepção do filme pois ela transmite uma ideia, característica e escolha particular da produção. Se não tivéssemos esses aspectos no filme, talvez ele não chamasse tanto a atenção do espectador apenas pela sua narrativa. A estética de “Assassinos por Natureza” serve para desconstruir e desorientar, assim como sua narrativa, e é o conjunto dessas duas coisas que torna o filme o clássico que é. Certamente, se utilizássemos as técnicas utilizadas nesse filme em um filme de romance, por exemplo, teríamos uma percepção completamente diferente e indesejada do filme.

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