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Por:   •  14/8/2014  •  1.741 Palavras (7 Páginas)  •  325 Visualizações

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Projetos e Obras

É recorrente algum visitante ou outro perguntar quanto cobrar em um projeto de arquitetura bem como projetos relacionados (elétrico, hidráulico etc…).

Entenda de antemão, que não é objetivo deste artigo lhe dizer o quanto você deve cobrar em um determinado projeto, mas passar dicas para que você tenha condições de formar um preço justo, pelo qual possa ter saúde financeira e não correr o risco de se transformar seu trabalho em escravidão, isto é importante de considerar principalmente para quem está começando.

Neste artigo, darei foco para o projetista que atua como autônomo, que por não ter regulamentação é um profissional que não tem amparo de órgãos como CREA’s, institutos e sindicatos da categoria de modo geral.

A formação de preços para desenhistas e projetistas

Certamente os profissionais que mais tem dificuldades em formar seu preço são o desenhista e o projetista prático, pois é diferente do profissional com nível superior que pode passar a média de 5 anos em uma faculdade com chances de fazer uma boa rede de contatos profissionais com professores e mesmo formandos, passou por estágio e teve contato com o mercado antes de ser inserido nele

No caso do projetista autônomo (prático), ou mesmo aquele que faz um curso de desenho arquitetônico, o período é muito curto, quase sempre sem estágio e poucas chances de contato prévio com o mercado. Daí a dificuldade em estabelecer preços, muitas vezes não tem ideia de quanto cobrar em um projeto. Para quem se encaixa neste grupo (de desenhistas/projetistas), a primeira coisa é entender como os projetos são cobrados.

Cada região do país pode ter suas particularidades, mas basicamente a remuneração é feita de três formas:

1. Preço por prancha/folha – Se estabelece um preço fixo por cada folha referente ao projeto.

Normalmente há diferenças de preço, por exemplo, se a folha for A0 ou A1. Esta forma de cobrança é perigosa, pois nem todo o projeto é igual, você pode ter uma folha desenhada em meio dia de trabalho e outra em dois dias…

Se formar este preço por prancha, tome medidas como estabelecer um valor para projetos conforme o nível de dificuldade e detalhamento, bem como esquema de padrões de escalas pré-estabelecidos, para ou algo que faça fugir o padrão, o preço deve ser revisado.

2. Preço por metro quadrado da obra – Cobra-se baseado na metragem de área construída.

Esta é uma forma interessante que elimina a possibilidade de prejuízo por conta do fator de escala do projeto, no entanto deve-se ter o cuidado de estabelecer o nível de detalhamento do projeto ao colocar o preço. Da mesma forma, um projeto de arquitetura residencial exige muito mais que o projeto arquitetônico de um galpão comercial.

3. Preço por projeto – Considerados individualmente em seu nível de dificuldade.

É uma forma interessante de se trabalhar, ai você pode inclusive usar o critério de horas gastas por trabalho para estabelecer seu preço, ou ainda cobrança por diária.

Um outro fator que deve ser considerado em todos casos, é o que deverá ser feito. Alguns projetistas pegam um rascunho de uma planta baixa com informações básicas e desenvolve todo o projeto, elaborando coberturas, fachadas, bem como os projetos complementares elétrico e hidráulico/sanitário. Outros casos acabam pegando o projeto quase todo mastigado apenas para lançar no AutoCAD (ou copiar no papel vegetal como se fazia antigamente), este é conhecido como copista, e por questões obvias tem uma remuneração menor por projetos se comparado ao projetista pleno, até porque seu trabalho finaliza mais rapidamente.

E como um desenhista/projetista vai chegar ao preço do projeto?

O primeiro passo é fazer uma pesquisa de mercado e entender como são cobrados na sua região, se por metro quadrado de área construída, por prancha, por empreitada, por hora trabalhada, enfim, descubra como funciona na sua região. Existem particularidades de cada localidade, há cidades onde o custo de vida é bem maior logo o setor de serviços é mais oneroso, outros locais onde a concorrencia é pequena tende a ter melhores condições para quem presta o serviço, enfim, o negócio é pesquisar a sua região.

Para levantar esta informação, você vai precisar começar a mostrar sua capacidade de se relacionar, consulte outros profissionais, tanto os contratantes (engenheiros e arquitetos), como contratados (outros desenhistas e projetistas). Se você não conhece ninguém que possa consultar, é bom se virar e passar a conhecer, pois nenhum profissional sobrevive sozinho no mercado.

Uma outra forma de levantar este tipo de informação, é em birôs de plotagem, normalmente possuem informações ou indicações a fornecer neste sentido.

Como alternativa, calcule o valor da hora trabalhada

Um outro meio de formar seu preço, é estimar por hora trabalhada, também chamada hora técnica. Dizer ao seu cliente que cobra valor X por hora é algo complicado dependendo da forma que o trabalho será executado, como alternativa estima-se quantas horas vai gastar para fazer determinado projeto e dá um orçamento único para cada trabalho.

Ao formar o preço da hora trabalhada, você pode tomar como base o salário de um projetista empregado, sem esquecer claro que há adicionais como explicarei a seguir.

Antes de qualquer coisa, esteja ciente que estamos trabalhando com valores hipotéticos, cabe a você pesquisar o mercado local onde atua para saber, por exemplo, o salário de um cadista que exercerá a sua mesma função.

A titulo de exemplo, vamos considerar que na sua cidade um desenhista/cadista (prático) com vinculo empregatício tem um salário mensal de R$1.800,00 com uma jornada de 40 horas semanais, se dividir o valor por um total de 160 horas mensais vai chegar a um valor próximo de R$11,25 a hora.

Mas muita atenção, R$11,25 não deve ser a sua hora de trabalho, você na condição de autônomo nunca deve igualar o seu preço ao de um trabalhador assalariado.

Ao contrário de você ele tem benefícios como férias remuneradas e 13° salário. O projetista com vinculo de empregado também tem outras vantagens como FGTS (incluindo multa rescisória de 40% em caso de demissão sem justa causa), tem amparo da previdência social e não deixa de ser remunerado pelo dia ou mesmo meses ausente no trabalho por motivo de doença, tem também remuneração por horas extras.

Até aqui, falamos apenas de direitos no que diz respeito

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