DESDOBRAMENTO DA FUNÇÃO DE QUALIDADE

1. INTRODUÇÃO

Será abordado neste trabalho, passo a passo da montagem e aplicação dos métodos para a melhoria do desenvolvimento de produto e processos. Sendo explicado o método de desdobramento da função da qualidade (QFD) que transforma requisitos de produtos definidos pelo mercado (voz do cliente) em características do produto, ou seja, faz uma melhora no produto com base nas necessidades/desejos dos clientes, com isso desenvolvendo um produto de alta qualidade, pois teram todos ou os principais requisitos desejados por seus clientes. Será também mostrando a análise do modo e do efeito da falha (FMEA) que é utilizado para o desenvolvimento de produtos e processo com base em ações de melhorias corretivas/preventivas para minimizar ou eliminar as falhas ponteciais, fazendo de tudo para que não chegue no cliente final o efeito indesejável.

2. DESDOBRAMENTO DA FUNÇÃO DE QUALIDADE

É a conversão dos requisitos do consumidor em características de qualidade do produto e o desenvolvimento da qualidade de projetos para o produto acabado através de desdobramento sistemáticos das relações entre requisitos do consumidor e as características do produto. “Akao”

Método usado no processo de desenvolvimento de produto com o objetivo é transformar requisitos definidos pelo mercado em características do produto.

Esse processo de conversão, extração e relação decorre da construção de diagrama em árvore e matrizes de relacionamento.

3. A MATRIZ DA QUALIDADE (CASA DA QUALIDADE)

Ferramenta básica de projeto do QFD que tem a finalidade de executar o projeto de qualidade, e funciona como um sistema, onde a entrada é a voz do cliente na forma de expressões linguísticas, o processo é o conjunto de atividades de sistematização dos requisitos exigidos pelos clientes, considerando o peso relativo entre eles; a transformação dos requisitos exigidos pelos clientes em características de qualidade (extração de características a partir dos requisitos); a identificação das relações entre requisitos e as características de qualidade e a convenção dos pesos relativos entre requisitos em pesos relativos das características, a saída é a qualidade projetada, ou plano para o projeto do produto com especificação das características técnicas do produto.

A tabela horizontal são os requisitos dos clientes que é a entrada da matriz da qualidade, e a vertical são as características de qualidade que é a saída do sistema. A interseção das tabelas é a matriz de relação entre requisitos e características.

4. TABELA DE REQUISITOS DOS CLIENTES

Planejamento de como o produto irá atender as solicitações dos clientes, é a parte da matriz que a voz do cliente é introduzida no desenvolvimento do produto.

Passos para o desenvolvimento da tabela:

a) Levantamento dos desejos dos clientes e convenção dos mesmos em requisitos.

Os requisitos são expressões linguísticas convertidas qualitativamente em necessidades reais, obtidas em pesquisa de mercado, dentro da própria empresa por meio de experiência mercadológica de seus colaboradores e pesquisas em publicações técnicas. Os requisitos devem ser organizados e hierarquizados utilizando o diagrama de afinidades e de árvore.

Exemplo de desdobramento de requisitos para sapato masculino em dados primários.

b) Grau de importância: Definição de prioridades a partir da perspectiva dos clientes.

Identificação do grau de importância que os clientes atribuem a cada requisito por uma “nota” que obedece a uma escala numérica predeterminada (normalmente 1 a 5) que pode ser relativa ou absoluta. Na relativa a importância de cada requisito é na comparação com os outros requisitos. E na absoluta é com base na influência que cada requisito trás na decisão de compra do produto, sem compará-los com outros. Esta técnica sistematiza a comparação entre requisitos, estabelecendo um meio eficaz para determinar a importância relativa.

c) Definição de prioridades considerando demandas internas à empresa.

Nesta etapa, avalia os requisitos dos clientes a partir da perspectiva da

consideração que a comparação entre produtos se dá na avaliação das qualidades lineares, as qualidades óbvias só são permitidas quando ausentes e as empolgantes seduzem os clientes, permitindo ao produto “escapar” da comparação racional ou diminuir o poder dessa comparação.

d) Identificação do grau de importância – geral.

É o valor final do grau de importância de cada requisito definido pela análise dos três itens anteriores, sendo um analise qualitativa e somente o grau de importância geral será considerado para efeito de cálculo dos pesos relativos e absolutos.

e) Avaliação competitiva do cliente (nossa empresa, concorrentes X e Y).

É uma pesquisa de mercado realizado para identificar como os clientes percebem o desempenho do produto atual da empresa, em comparação com os principais concorrentes. Pode usar uma escala relativa ou absoluta (1 a 5). Neste a escala relativa é recomendada, principalmente quando há uma clara diferença de desempenho.

f) Plano de qualidade dos requisitos e índice de melhoria.

O objetivo desta fase é planejamento do desempenho do produto em desenvolvimento para cada requisito dos clientes.

Plano de qualidade: estratégia da empresa inserida no desenvolvimento do produto e deve ser definido depois da analise de concorrência e do grau de importância, usa nota 1 a 5, referente ao desempenho do produto naquele requisito desejado pela empresa, em comparação com a concorrência.

Índice de melhoria: é a forma de inserir na importância final a intenção da empresa usando peso absoluto e relativo. É a divisão do desempenho desejado para o nosso produto, determinado no plano de qualidade pelas “notas” obtidas para o desempenho efetivo do nosso produto, lançadas na coluna “Nossa Empresa”. Reflete quantas vezes nosso produto precisa melhorar seu desempenho

PQ / NP

PQ=