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Microeconomia- Oi E O Mercado De Banda Larga

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Por:   •  7/6/2013  •  3.907 Palavras (16 Páginas)  •  719 Visualizações

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INTRODUÇÃO:

Por base desse trabalho, buscamos esclarecer como funciona o mercado de banda larga no Brasil tomando como referência a empresa “OI”. A principal característica desse ambiente e dessa empresa é o fato de se encontrar em um meio denominado oligopólio. Para dar procedimento a essa informação, é essencial que haja uma breve definição do que seria tal mercado citado anteriormente para que assim possamos fazer tal comparação.

Buscamos diante de esse arquivo mostrar ao leitor o tipo de estrutura encontrada nesse mercado e o porquê dela. Além disso, mostramos também os últimos acontecimentos que vem ocorrendo com a empresa escolhida. Desde seu passado até os momentos atuais através de dados de Market share e receitas.

OLIGOPÓLIO, UMA BREVE DEFINIÇÃO:

O termo oligopólio significa literalmente poucos para vender, ou seja, poucos que fornecem um produto. Estes poucos detêm uma parcela elevada do mercado gerando benefícios com grandes margens de lucro. O que se produz no mercado oligopolista (empresas), é usado para controlar este setor da economia com um número reduzido de instituições como explica o próprio termo no seu sentido mais amplo.

No oligopólio as parcelas de mercado de um determinado produto ou serviço são detidas com uma oferta massiva gerando uma espécie de concorrência muitas vezes desleal já que como o próprio termo indica, o controle desses produtos ou serviços está na mão de poucos e com isso podem usar e abusar nas formas nas quais são controlados os preços e a forma de aquisição dos mesmos. Neste tipo de mercado, mesmo sendo tão restrito, existe uma espécie de concorrência, porém vale ressaltar que devido ao controle da produção, geralmente inferiores à demanda, os preços são geralmente mais elevados.

Este tipo de trama empresarial, no que se refere aos consumidores, é prejudicial, já que complica e gera dificuldades na participação de outras empresas de um determinado setor da economia dificultando a livre concorrência e elevando os preços.

Para entender melhor o significado do termo oligopólio deve-se levar em consideração que neste tipo de mercado o número de participantes é reduzido e entre eles existe comunicação e cada um sabe exatamente das ações dos outros, ou seja, se um oligopolista toma uma determinada decisão, os outros podem ver suas decisões comprometidas posto que devam seguir as mesmas pautas formando assim, uma espécie de cartel. O aproveitamento de uma posição privilegiada é usado sempre para manter preços elevados mesmo que a produção seja inferior. Existe, neste tipo de mercado, colaboração mútua que visualiza a manutenção do poder e pretende eliminar a livre concorrência.

A chamada Teoria dos Jogos, que nada mais é que as decisões tomadas por uns dependem diretamente da forma como age ou como vai agir a concorrência, pode perfeitamente explicar como funciona o oligopólio. Este tipo de comercio é considerado ilegal em muitos países onde o mercado é livre, porém não é raro encontrar casos deste tipo de concorrência desleal.

MERCADO BRASILEIRO DE BANDA LARGA

Atualmente o mercado brasileiro de banda larga é controlado por quatro empresas: Net, Oi, GVT e telefônica, que juntas fornecem entre 90% e 92% (varia de acordo com o site pesquisado) das conexões em todo o Brasil podendo assim ser caracterizado como um oligopólio (GRÁFICO 1). Esse ambiente, é bastante prejudicial para o mercado brasileiro que faz com que tenhamos uma internet cara e que não se desenvolve, sendo uma das piores conexões do mundo.

Em vista disso a entrada de novas empresas no mercado de banda larga fica prejudicada, pois elas não têm como competir com as quatro grandes empresas por causa do seu domínio de mercado, sendo assim as pequenas empresas precisam contratar uma rede para transportar dados da operadora local que, por ser a única, impõe o preço, dada a pequena, ou quase nula concorrência, o que reduz o poder de barganha do pequeno provedor, totalmente dependente do serviço prestado pela concessionária de telecomunicações. Com isso o mais prejudicado é o consumidor que é forçado a pagar o preço determinado por essas empresas. Uma pesquisa feita pela J.P Morgan demonstrou que nos lugares onde tem empresas que são conexões concessionárias de telefonia fixa (Oi e telefônica) o preço cobrado é de R$ 118, enquanto em locais onde há duas concorrentes o preço é de R$ 60. Outra consequência desse oligopólio é a não criação de novos meios que permitam um melhor acesso com um menor preço, além disso, apesar da quantidade de acessos estarem aumentando no país ainda existe uma concentração do mercado em cidades que concentram população com maior renda, já que a disponibilidade de pagar pelo serviço é maior e o custo de instalação é menor.

Uma das principais culpadas por esse oligopólio é a Anatel, que é o órgão que deveria fiscalizar o mercado de banda larga e evitar monopólios e oligopólios. Segundo a Global info, entidade que reúne cerca de 700 provedores de acesso à internet, a Anatel coopera com as grandes empresas fazendo o máximo possível para evitar a entrada de novos concorrentes no mercado, de acordo com Magdiel da Costa Santos, presidente da empresa a agência chega, não para cumprir uma legislação, mas para lacrar o provedor de acesso. No auto de infração está escrito o seguinte: “Você tem 15 dias para responder às perguntas, entregar os documentos, mas mesmo momento, ela lacra o provedor de acesso, deixando toda uma população, normalmente de 5 a 10 mil pessoas, sem acesso à internet” e de acordo com ele a solução seria a reativação da Telebrás órgão público que foi privatizado em 1998, responsável até então pelo serviço de telecomunicações do Brasil, pois apenas uma empresa estatal pode acabar com o oligopólio no mercado de banda larga e permitir que novas empresas entrem no mercado oferecendo novos serviços. Uma das principais críticas dos consumidores em relação a Anatel é a lei que obriga as empresas a oferecerem apenas 10% do serviço contratado, ou seja, se você contratar 10 megas ela tem a obrigação de lhe oferecer apenas 1 mega, com o crescimento no número de usuários as criticas aumentaram e a Anatel criou novas regras e agora a velocidade média deverá ser de pelo menos 60%, aumentando para 70% em novembro de 2013 e em 2014 para 80%

Sendo assim a banda larga no Brasil apesar de estar crescendo de acordo com a Telebrasil (Associação Brasileira de Telecomunicações) órgão responsável pelo desenvolvimento da internet no Brasil nos últimos dois anos, a quantidade de internautas cresceu 67% fechou o primeiro

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