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Mineração Caraíba

Trabalho Escolar: Mineração Caraíba. Pesquise 860.000+ trabalhos acadêmicos

Por:   •  12/3/2014  •  2.603 Palavras (11 Páginas)  •  1.708 Visualizações

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História: O depósito da mina Caraíba foi descoberto no ano de 1874, no Vale do Curaçá, área do atual município de Jaguarari (BA), localizado no semi-árido baiano. Seu potencial produtivo foi identificado em 1944 pelo Departamento nacional de Produção Mineral (DNPM), órgão que realizou as primeiras pesquisas.

Em 1969, o industrial Francisco “Baby” Pignatari iniciou os estudos de viabilidade do depósito da mina Caraíba, visando à implantação de um complexo minero-metalúrgico. Em 1974, o empreendimento passou a ser controlado pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES-PAR), sendo iniciada a sua exploração comercial pela empresa estatal Caraíba Metais S/A, (hoje, Paranapanema), que se tornou a única fabricante de cobre eletrolítico do Brasil, com sede em Dias D’ávila, próximo ao Pólo Petroquímico em Camaçari, na Bahia.

Entre 1979 e 1986 a exploração de cobre foi realizada exclusivamente a céu aberto. Com o início da operação da mina subterrânea em 1986, a produção de cobre passou a ser obtida simultaneamente das duas minas, de onde já foram retiradas mais de 263,6 milhões de toneladas de rocha. A mina subterrânea esta localizada logo abaixo da mina a céu aberto, sendo uma continuidade do mesmo corpo geológico.

Em 1988, a então Caraíba Metais (hoje, Paranapanema), iniciou o processo de privatização que resultou na separação mina – metalurgia, sendo que a Mineração Caraíba continuou como empresa estatal até 1994, ano em entrou no Programa Nacional de Privatização.

Localização: A mina de cobre está localizada na Fazenda Caraíba, Município de Jaguarari,distante 450 km de Salvador, na região nordeste do Estado da Bahia,a Mineração Caraíba é hoje a única exploradora de minério de cobre no Brasil.

O corpo mineralizado de cobre da mina Caraíba pertence ao distrito cuprífero do Vale do Curaçá, cuja seqüência litoestratigráfica compreende rochas que foramsubmetidas a alto grau de metaforfismo.

Minério: Sua produção anual é de 1,1 milhão de toneladas de sulfeto e 70 mil

toneladas de concentrado com teor médio de 37% de Cobre. Seu minério é constituído basicamente de calcopirita e bornita sendo o segundo o que apresenta maior concentração de cobre.

PROPRIEDADES DO COBRE

• Físicas:

Aspecto: metal de bonita cor rosa avermelhado.

Densidade: 8,9 kg/dm³

Ponto de fusão: 1083 ºC.

• Mecânicas:

Variam muito, segundo o estado do metal. O cobre é dúctil e maleável a frio, contudo, este trabalho leva a um estiramento intenso que se pode fazer desaparecer, em seprocedendo a um recozimento.

Tabela – Composições mineralógicas dos minérios sulfetado e oxidado, da lavra a céu aberto, da mina Caraiba e os resultados de análises químicas do minério sulfetado.

Exploração:

A lavra de sua mina subterrânea pode ser dividida historicamente em duas fases. A primeira corresponde ao início das suas operações em 1986 método de lavra empregado foi o de realces mantidos abertos sem enchimento posterior – sublevel stoping – onde a produção mensal girava em torno de 80 mil toneladas anuais de sulfeto de cobre. Em 1996, a Empresa concluiu os trabalhos de pesquisa, que resultaram numa reserva geológica medida de 14,5 milhões de toneladas de minério com teor médio de 2,67% CuT. Ainda em 1996, a mina de de 1986 já estava totalmente exaurido e a previsão de exaustão da segunda era para 1998. Diante disto, a MCSA desenvolveu um projeto de aprofundamento da mina para garantir a continuidade das operações, dando início à segunda fase propriamente dita. A concretização desta segunda fase ocorreu em 1997 com a entrada em lavra de outra mina.

O acesso à mina é feito por uma rampa principal com seção de 5,5m x 4,0m e

20% de inclinação, e por um poço vertical de 640m de profundidade, por onde também escoa toda a produção mediante a utilização de dois skips com capacidade para 15t cada.

No período de 1978 a 1996, a lavra da jazida foi feita, unicamente, pelo método de lavra a céu aberto, utilizando bancadas de 15 m de altura até a profundidade de 300 m. Caminhões fora-de-estrada transportavam o minério desmontado com explosivos até a britagem primária. Paralelamente à lavra a céu aberto, iniciou-se a subterrânea em outubro 1996, utilizando o método realce aberto (sublevel stopping), a partir da profundidade de 350 m. Na etapa seguinte, iniciada em setembro de 1998, passou-se a utilizar o método modificado VCR (vertical crater retreated), que utiliza o processo de avanços invertidos comparado ao método anterior. O método VCR permite lavrar o minério com maior recuperação, segurança e menor custo, tendo em vista o seu desenvolvimento

em apenas dois níveis, um para perfuração e outro para produção. Adicionalmente, é possível obter um produto lavrado mais homogêneo, facilitando a operação da usina de concentração, sem a necessidade de pilha de homogeneização.

Ao longo do desmonte, o minério lavrado é parcialmente utilizado como enchimento na mina para contenção de parede. Esse material permanece estocado, sendo removido no final da lavra.

Etapas da britagem

Carregadeiras LHD (low hall dump) transportam o minério lavrado até o britador primário de mandíbulas, instalado a 570 m de profundidade. O produto da britagem (abaixo de 15 cm) segue por correia transportadora até o skip , numa extensão de 800 m.

O minério é conduzido à superfície sendo descarregado em uma pilha intermediária que alimenta a rebritagem. No poço principal, além do skip e da gaiola para transporte do pessoal, há também dois outros poços, destinados à ventilação das galerias. Para o transporte de equipamentos pesados e saída de emergência existe uma rampa de 3 km,com 20% de inclinação.

Ao método VCR foi introduzida a tecnologia de preenchimento com um produto pastoso (paste fill), composto de cimento (3%), água (17%) e rejeito da concentração (80%). Tal procedimento permite uma redução de massa de 80% na deposição do rejeito da usina na barragem de sedimentação, atenuando substancialmente o impacto ambiental.

Estima-se até uma produção diária de minério de 4.000 t, com

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