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Por:   •  1/12/2014  •  1.112 Palavras (5 Páginas)  •  222 Visualizações

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Quem ganha dinheiro hoje com os negócios do futuro

Preste atenção nestas histórias:

• Toda vez que a tela de seu computador era invadida por ofertas de produtos e serviços que pouco tinham a ver com a sua realidade, o paulista Douglas Pombo comungava de um duplo sentimento. Por um lado, a irritação, por perder tempo com o que não interessava e, por outro, a vontade de fazer diferente. Formado em ciência da computação, ele criou um programa de gerenciamento de conteúdo capaz de personalizar a comunicação das empresas em três plataformas: celular, internet e TV digital. A novidade, lançada há dois anos, antecipou a convergência das mídias e surpreendeu até mesmo os investidores, acostumados a garimpar propostas inovadoras.

• Os químicos Gustavo Simões, Daniel Minozzi e André Araújo, assim como Pombo, sofreram para convencer a clientela que manipular partículas um bilionésimo de vezes menores do que o metro não era coisa de ficção científica. Pelo contrário, a nanotecnologia diminuiria os custos de produção e melhoraria a performance de objetos do cotidiano se extrapolasse os limites dos laboratórios. A solução antibactericida criada por eles está presente hoje em várias áreas, de eletrodomésticos a instrumentos hospitalares.

• Trabalhar com o que a maioria pensa ser somente fonte de pesquisa também é a paixão do paulista Alexandre Chacon. Disposto a recuperar a vida do planeta, ele colocou bactérias nas tubulações de uma indústria de alimentos. Não se importou de ser chamado de louco. Sua tecnologia, que purifica água e efluentes, ganhou fama internacional. Agora, ele luta para mudar os hábitos dos agricultores, substituindo os tradicionais adubos e defensivos agrícolas por produtos orgânicos, que revitalizam o solo e aumentam a produtividade por hectare.

O que estas histórias têm em comum? Todas giram em torno de negócios muito promissores no futuro, mas que já geram lucros agora. Todas tratam de atividades que emergem numa pesquisa realizada pelo Programa de Estudos do Futuro da Fundação

SAIBA MAIS

Instituto de Administração (FIA), da USP, como as áreas de maior crescimento nos próximos 20 anos. O estudo apontou 11 macrotendências que deverão nortear os negócios até o ano de 2020: nanotecnologia, biotecnologia, meio ambiente, tecnologia digital, comunicação virtual, desenvolvimento de novos materiais na área médica, qualidade de vida, alimentos, agronegócio, energia renovável e uso de ativos da flora brasileira. "Essas áreas tendem a crescer movidas por mudanças de comportamento do consumidor, do aumento da expectativa de vida e da urgente necessidade de preservação do planeta. Além disso, haverá muito mais pressão pela busca de alternativas de baixo impacto ambiental", diz Renata Sers, coordenadora do levantamento. A pesquisa apontou também que a inovação será um fator cada vez mais crítico para a competitividade das empresas, com ênfase no desenvolvimento tecnológico e em novos conhecimentos. Das áreas citadas, Renata dá especial destaque à biotecnologia, nanotecnologia, saúde e medicina. "Será necessário cada vez mais empenho para transformar as novas tecnologias em aplicações rentáveis", observa Renata. O futuro é sinônimo de convergência na opinião de Guilherme Ary Plonsky, presidente da Associação Nacional de Entidades Promotoras de Empreendimentos Inovadores (Anprotec). "É a sobreposição de conhecimentos que traz melhores resultados em inovação", afirma. "A nanotecnologia vai se combinar à biotecnologia, que se combinará à informática, aos estudos da mente e da inteligência e por aí vai."

Fazer parte do time dos chamados visionários não é tarefa fácil. Em comum, esses empreendores têm alta capacidade de observação, estão sempre estudando o comportamento dos mercados e do consumidor, dominam as tecnologias e têm uma diversificada rede de conexões pessoais. Os especialistas advertem os candidatos, contudo, que se fixar em uma área de franco crescimento não basta. "Os pés devem estar no presente e os olhos no futuro", afirma Marcos Hashimoto, coordenador do Centro de Empreendedorismo do Ibmec-SP. "De nada adianta uma grande inovação se o mercado não for capaz de assimilá-la ou o consumidor não estiver disposto a pagar por ela". É necessário, também, ter fôlego financeiro para alimentar a empresa e não se deixar dominar somente pelo entusiasmo

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