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Musica e Consumo

Por:   •  18/3/2019  •  Trabalho acadêmico  •  2.808 Palavras (12 Páginas)  •  171 Visualizações

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Música e Consumo

Segundo Angélica Okamoto, diretora de marketing do vagalume, em sua pesquisa realizada no ano de 2017, baseada em desk research e talk group com homens e mulheres de 15 a 35 anos, classes A,B e C e entrevista quantitativa online com 3.000 respondestes, afirma que a música e os artistas, servem de inspiração para os ouvintes. As marcas e produtos que os cantores falam em suas produções, transformam-se objetos de desejo.

A produção sonora é a responsável por dar o tom emocional nas campanhas. A ideia é projetada pela agência e em seguida encaminhada para as produtoras. Em parceria com bandas e artistas, atualmente, criam canções sob medida para as marcas, de acordo com o produto ou a campanha e influenciadas pelo cenário musical e suas tendências.

A utilização de música na publicidade iniciou-se a partir das décadas de 20 e 30, onde grandes marcas como P&G, utilizavam temas dramáticos para aumentar a atenção do consumidor e induzi-lo emocionalmente para um certo tipo de humor.

Fernando Tomeu, criativo da agência Wunderman, explica como funciona o briefing para as trilhas: “Cada produtora tem seu jeito e forma de fazer. Trabalhar com música quando não se é músico envolve ouvido e emoção, então na agência pensamos no tipo de música que queremos colocar na peça ou no filme e mandamos para o cliente. A partir daí criamos uma narrativa”.

Rafael Pitanguy, VP de Criação da Y&R, avalia : “Enquanto criativos, sabemos apenas a intenção que aquela trilha deve passar, e então tem todo o trabalho da produtora e do artista convidado. Não se trata só da trilha, mas da personalidade por trás da música. Se o personagem vai ser protagonista, vai ser diferente de uma música que preenche uma campanha. As marcas estão trabalhando mais com músicas originais e menos com jingles, que era aquela repetição ‘chiclete’”.

Já Lelê Terpins, diretora de inovação e novos negócios da produtora “A Voz do Brazil”, afirma: Tem marcas que ainda precisam do jingle por uma questão de público, pois o público no Brasil não está preparado para só escutar música de primeira e complexa. Ao mesmo tempo há também grandes marcas que precisam da figura e das imagens de determinados artistas, então colocam um hit que já existe e que casa bem com o produto. Contudo, cada vez mais marcas se arriscam e criam do zero.”

Muitas marcas também investem também no sound branding, assinaturas musicais que funcionam como um logo sonoro e que aparecem em todas as suas peças publicitárias. De Vinheta de patrocínio à conteúdos para internet, a trilha pode ter diferentes versões e arranjos. É a categoria que transforma o conceito da marca em som.

A escolha da música apropriada para determinado produto ou anúncio, pode gerar no ouvinte, a sensação de exclusividade. Mesmo sabendo que aparecerá para milhares de pessoas, quando bem selecionada e direcionada, a música parece tocar e apresentar realidades que só aquele ouvinte conhece.

Incontestavelmente, a música nos anúncios atrai a atenção e se mantém por vezes na memória do público durante muito tempo, chegando até mesmo a sobreviver mais tempo do que o próprio produto ou serviço que ajudou a promover.

Os papéis da música nos anúncios além de extensos, correspondem a diferentes graus de visibilidade. Podem servir de preenchimento ou música de fundo, onde a composição musical se repete e confirma a mensagem global; pode assumir o papel de protagonista, o qual torna-se responsável por estabelecer o tom do anúncio e pontuar o desenvolvimento do enredo e até desestabilizar ou contradizer as mensagens visuais e verbalmente codificadas do vídeo.

Benefícios da utilização de músicas em campanhas publicitárias:

Captar atenção e levar a memorização

A música pode ser um mecanismo eficaz para capturar a atenção do espectador, porém necessariamente deverá compor uma mensagem relevante ao seu público, além de atrelar significado. Cuidadosamente a composição escolhida, deverá estar adequada as informações restantes do anúncio, com intuito de evitar que a mensagem principal seja esquecida e engolida pelos embalos da canção.

Desencadear emoções e modificar o estado de espírito

A música pode ser utilizada também para influenciar o estado de espírito do consumidor e gerar impressões afetivas sobre o produto. Inúmeras associações ocorrem entre diferentes tipos de música, como por exemplo: Músicas lenta e ritmos suaves estão geralmente associados à tristeza, músicas tocadas em piano sugerem tranquilidade, músicas com pitch baixo e volume sonoro alto significam animação e etc.

Influenciar e desencadear ações no consumidor

Estudos afirmam que a música tem a capacidade de impulsionar certas ações, tais como: Intenção de experimentar um novo produto, motivar a escolha um produto ou marca e aumentar a intenção de compra.

Efeitos da música no ser humano sob os olhos da ciência

Após evolução da neurociência, descobriu-se que a música tem o poder de ativar estruturas cerebrais, tais como o sistema límbico e liberar neurotransmissores.

Enquanto o sistema límbico é responsável por administrar nossas emoções e comportamentos sociais, o neurotransmissor dopamina é o ativador do sistema de recompensas, área do cérebro, que proporciona a sensação de prazer.

O apego por canções e estilos musicais, também não é por acaso. O hipocampo, uma das áreas responsáveis pela memória, é ativada sempre que escutamos uma canção já familiarizada.

Ao ouvir música, comprovadamente ocorre a alteração de nosso ritmo cardíaco, respiratório e elétricos cerebrais. Segundo Mauro Muszkat, músico e médico neurologista, se estabelecemos sincronia com uma determinada música, automaticamente ocorrerá um tipo de recompensa afetivo-emocional, que integrará vários circuitos emocionais, cognitivos e perceptuais e levará o ouvinte a um estado de alegria instantânea.

Estudos indicam que a música conduz a emoção pretendida para aqueles que a escutam, ou seja, músicas alegres e empolgantes, tendem a excitar fisicamente o ouvinte e desencadear respostas de luta e fuga. Taxas cardíacas e respiratórias aumentam, ocorre eliminação de suor e penetração de adrenalina na corrente sanguínea.

Por outro lado, músicas calmas, tendem a reduzir

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