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Resenha Crítica de “A Estrutura do Mau Gosto”

Por:   •  15/3/2017  •  Resenha  •  615 Palavras (3 Páginas)  •  1.218 Visualizações

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Resenha crítica de “A estrutura do mau gosto”- Umberto Eco

Há uma medida de diferença entre o bom gosto e o mau gosto que está inserida no contexto histórico, variando de acordo com a época.

Kitsch é um termo alemão que se refere a comunicação que tende á provocação de um efeito, sem uma proposta crítica e sem nenhuma necessidade de levar o espectador a um raciocínio mais apurado, assim pode-se identificar o kitsch como sendo uma cultura de massa ou o masscult. A produção Kitsch surge para suprir a demanda de uma determinada classe média em ascensão, que não conseguia entender e aceitar a arte de vanguarda, com suas propostas inovadoras, mas desejava participar do "universo da arte. Esta parte da população não teve a sensibilidade artística educada e, portanto, não desenvolveu o gosto, mas queria parecer culta e apreciadora da arte, porque isto lhe conferia status social. E visto como uma falta de medida, o brega, o mau gosto. Kitsch começou a ser usada por volta de 1870, para descrever objetos que estão na moda, mas que são feitos sem rigor estilístico;. com uma elevada aceitação do público, da cultura de massa, que recebe esses conteúdos passivamente, sem mentalidade crítica.

Podemos exemplificar de forma objetiva a moda dos anos 80, quando a indústria cultural precisava movimentar a política financeira e se comunicou através de mensagens, a moda dos anos 80 imposta a esta sociedade. Uma parte da sociedade que era julgada como brega, acaba sendo aceita sem nenhuma crítica, tornando um público preguiçoso e alienado, totalmente refém da indústria cultural. Porém há algumas contradições, onde algumas pessoas consideram a existência de valores sentimentais ligado a esses produtos, que no entanto, não podem ser considerados kitsch.

Essa cultura de massa, advinda da indústria cultural vem em contraponto com a “cultura superior”-vanguarda, como a arte no usufruto de descoberta e invenção. A sociedade de massa estabelece questões entre a cultura de descoberta, de consumo e de divulgação, levando a discussão se é de bom tom persuadir os consumidores, tornando-os alienados. O que resulta nas possibilidades ainda mínimas de definições do belo e do kitsch, sendo uma consequência natural do capitalismo, o gosto se torna portanto um consumo desenfreado e o que ele apenas representa, o “status quo”.

O kitsch inserido no plano da arte pode também ser analisado a luz de um aspecto já dito anteriormente, como por exemplo, há quem diga que as esculturas funerárias do cemitério de Milão sejam consideradas de extremo mau gosto, essas transparecem a dor e a tristeza de um modo um tanto quanto peculiar. Formalmente obras artísticas não podem ser considerado como feio ou ultrapassado, pois pode-se dizer que o objeto conceituado “feio ou ultrapassado”, por conseguinte será histórico, ou como diz Eco “Falta de medida, seria copiar Canova (um famoso escultor italiano que trabalhava figuras gregas em suas obras) no século XX”. Novamente o kitsch na arte é reconhecido como a imposição de um efeito.

Hoje, podemos dizer que há uma fusão entre as formas de comunicação, a cultura de massa e a cultura de vanguarda, onde a relação do uso

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