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Por:   •  2/12/2013  •  9.340 Palavras (38 Páginas)  •  500 Visualizações

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Capítulo 9 – Planejamento das ne-cessidades de materiais

Objetivos de aprendizagem

Este capítulo estuda como é feito o planejamento das necessidades de ma-teriais por meio de programas MRP. A lógica dos programas MRP é freqüente-mente utilizada em montagens de produtos, tanto na área industrial, para montar um eletrodoméstico, por exemplo, como na área de serviços, para mon-tar um prato em um restaurante.

Após a leitura deste capítulo, o leitor estará apto a:

 Compreender a definição e os princípios básicos do funcionamento de um programa MRP e todos os conceitos a ele relacionados.

 Montar uma estrutura de produto (bill of materials) obedecendo aos níveis adequados de cada montagem ou sub-montagem e identificar os itens de demanda dependente e de demanda independente.

 Calcular a necessidade de materiais, a partir de uma necessidade de produção, definindo a liberação de pedidos de compra e ordens de produção, levando em conta diversos fatores, dentre os quais o estoque de materiais existente, a necessidade de manter estoques de seguran-ça, o tempo de produção e o tempo de recebimento dos materiais (lead time).

Resumo

O MRP (material requirements planning) é um programa de computador que foi desenvolvido para auxiliar na determinação das necessidades de materi-ais nas organizações. Com o vertiginoso aumento da capacidade de processa-mento dos atuais computadores, hoje em dia, o MRP normalmente faz parte de um programa ainda maior, chamado de ERP (enterprise resource planning), que controla todas as funções da organização.

O MRP necessita de uma estrutura de produtos, que detalha os compo-nentes e as quantidades necessárias para formar um produto. Isto é chamado de estrutura do produto, conhecida no meio industrial por bill of materials (BOM). Esta estrutura mostra que alguns itens formam sub-montagens, que, por sua vez, formam outras sub-montagens maiores, de acordo com o nível em que se encontram na estrutura da estrutura.

O MRP gera ordens de compra para os itens que devem ser adquiridos de fornecedores externos e ordens de fabricação para as sub-montagens que devem ser produzidas internamente, nos diversos setores da organização.

Para o MRP executar os cálculos da quantidade e das datas de compras e de fabricação dos produtos e de suas partes, a organização precisa manter um rigoroso controle de informações dos estoques. Por isso, atenção especial precisa ser dada a este aspecto, que também é enfatizado neste capítulo.

Vale a pena conferir o conteúdo deste capítulo!

MRP – MATERIALS REQUEREMENTS PLANNING

A disseminação e o vertiginoso crescimento das organizações do setor se-cundário, a partir da revolução industrial, trouxe uma série de novos desafios para os novos sistemas de produção em larga escala. Tornou-se complexo o con-trole do trabalho, em função do elevado número de funcionários demandados pelo ritmo da produção em escala. Também proliferaram os estoques, que se tornavam cada vez mais volumosos em tipo e quantidade: havia estoques de ma-téria-prima, de componentes, de material em processo e de produtos acabados em quantidades que nunca haviam sido imaginadas antes. Por sua vez, admi-nistração do pessoal passou a representar um desafio à parte. Enfim, o novo contexto empresarial exigia que se utilizassem novas técnicas de administração, mais amadurecidas e mais ajustadas à nova realidade, de um ambiente produ-tivo muito mais complexo do que outrora. Estes desafios foram trabalhados, ao longo do último século, resultando no contexto industrial vivido pelas empresas na atualidade.

Vários foram os eventos que contribuíram para a modernização na área industrial. Inicialmente foram introduzidos conceitos como a divisão do traba-lho e o estudo de tempos e movimentos, que foram seguidos de avanços na pa-dronização, qualidade, estudos de arranjo físico etc.

Um dos desafios mais marcantes no cenário industrial dizia respeito à administração de materiais. Infelizmente para as indústrias, apenas a partir da chamada terceira revolução industrial, a revolução da tecnologia da informação, é que se atingiu o estado da arte necessário para a criação de uma ferramenta de gestão eficiente, neste sentido. Foi um software desenvolvido pelas indústrias de máquinas CASE junto à IBM, que ficou conhecido pelas iniciais MRP (de Ma-terial Requirements Planing, ou, em português: Planejamento dos Recursos Ma-teriais).

O MRP é uma técnica que permite determinar as necessidades dos mate-riais que serão utilizados na fabricação de um produto. A produção em larga es-cala exigia o controle de um número muito grande de informações sobre os ma-teriais necessários à produção, envolvendo a determinação, com precisão, das quantidades e das datas de entrega dos materiais necessários para a produção.

A IMPORTÂNCIA DE UM SIMPLES PARAFUSO

Desde o princípio da industrialização, o homem descobriu a necessidade da administração de materiais. Sua importância foi logo percebida quando linhas de montagem deixavam de pro-duzir por falta de alguma matéria-prima ou componente. Nestes momentos, a importância de um simples parafuso passa a ser a mesma de qualquer componente complexo e caro. A falta de qualquer item pode interromper a produção causando consideráveis prejuízos ou exigir que seja feito trabalho adicional fora da linha, para se incluir, posteriormente, os itens faltan-tes.

Produtos que não podem ser vendidos por não estarem completos, chamados na indústria de criple (aleijados), têm que ser mantidos em estoque até que a situação seja corrigida. Isto gera custos de estocagem e de retrabalho que podem ser bastante expressivos, se comparados ao custo das peças faltantes, motivo pelo qual o planejamento de materiais deve ser feito de for-ma criteriosa. É sempre muito lembrado o caso de uma montadora de automóveis brasileira que, em determinada situação, ficou com centenas de carros semi-acabados no pátio, por fal-ta de um simples espelho retrovisor.

A FÁBRICA DE BOLOS DE JOÃO

O desenvolvimento do sistema MRP ocorreu em função de uma necessi-dade natural que talvez possa ser explicada mais claramente por meio do se-guinte exemplo ilustrativo:

João era funcionário de um banco e, certa feita, viu-se inesperadamente desempregado. Alguns dias depois, foi convidado a participar de uma festa na casa

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