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TMA - Taxa Média De Atratividade

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Por:   •  10/4/2014  •  3.648 Palavras (15 Páginas)  •  1.497 Visualizações

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A QUESTÃO DA TMA - TAXA MÍNIMA DE ATRATIVIDADE

Se, como afirmarmos, as importâncias monetárias que se encontram em datas diferentes não podem ser somadas, subtraídas ou comparadas, para podermos analisar investimentos teremos que nos valer da matemática financeira que para deslocar o dinheiro no tempo, utiliza como ferramenta a taxa de juros.

Portanto, um fator extremamente importante a ser considerado, é que todas as três técnicas, ou métodos clássicos, consideram na análise para a tomada de decisão uma taxa de juros denominada de Taxa Mínima de Atratividade ou de Taxa de Expectativa. A taxa que identificaremos como TMA representa o mínimo que um investidor se propõe a ganhar quando faz um investimento, ou o máximo que um tomador de dinheiro se propõe a pagar quando faz um financiamento. Ela é formada basicamente a partir de três componentes, que fazem parte do denominado “cenário administrativo”, ou do cenário para tomada de decisão, são eles : o custo de oportunidade; o risco do negócio; e a liquidez do negócio.

Evidentemente que além destes 3 componentes, estará também alí embutido o perfil do próprio tomador de decisão, do investidor, que poderá ter um perfil mais arrojado ou mais conservador, refletindo-se diretamente na montagem do cenário administrativo e consequentemente na TMA.

Ainda acerca da composição da taxa de expectativa, ou TMA - Taxa Mínima de oportunidade - TMA, podemos firmar que o denominado Custo de Oportunidade é o seu ponto de partida, já que ele representa a remuneração que teríamos pelo nosso capital caso não o aplicássemos em nenhuma das alternativas de ação analisadas. Ele pode ser , por exemplo, a remuneração paga pela Caderneta de Poupança, ou por um Fundo de Investimentos, ou pelo ganho que poderemos obter com determinado processo produtivo já existente em nossa empresa, etc. Portanto, em função de onde colocaríamos nosso dinheiro, caso não o colocássemos no novo negócio analisado, começaríamos a montar nossa expectativa de ganho mínimo, ou de pagamento máximo - no caso de financiamentos a serem analisados.

O Risco do Negócio passa a ser, portanto, o segundo componente da TMA, já que o ganho tem que remunerar o risco inerente a adoção de uma nova ação. Por exemplo, se investirmos nosso dinheiro em uma Caderneta de Poupança, o risco associado é extremamente pequeno, praticamente nenhum, uma vez que em nosso País ela é garantida tanto pelo nosso banco, como pelo Governo Federal. Entretanto, é importante notarmos que sua remuneração é condizente com o risco, ou seja também pequena. Logo, se resolvermos tirar nosso dinheiro da poupança para aplicarmos em um negócio produtivo, o ganho deverá ser condizente com os riscos que passaremos a correr no mercado em que passarmos a operar.

A partir daí, poderemos definir critérios que possam mensurá-lo, por exemplo, em um segmento de mercado menos concorrido o risco, provavelmente, seja menor. Em um segmento onde dominamos a tecnologia, conhecemos melhor as regras do jogo, possuímos conhecimento dos competidores, provavelmente também o seja. Também é bastante razoável supor que, provavelmente, nestes casos, a recíproca possa ser considerada verdadeira. Normalmente, mas não obrigatoriamente, poderemos nos valer da máxima de mercado que diz que “quanto maior o risco, maior a remuneração” ou ainda que “o ganho é proporcional ao risco”.

A terceira componente da TMA é a Liquidez, que pode ser descrita como a facilidade, a velocidade, com que conseguimos sair de uma posição no mercado e assumir outra. Por exemplo, se tivermos que investir em uma planta específica para aumento da capacidade produtiva de nossa organização, e se por qualquer motivo a demanda que se esperava obter em termos de demanda não for alcançada, de tal foma que sejamos forçados a rever nossa posição inicial, é evidente que teremos problemas. Desativar uma planta montada sob essas circunstâncias, é tarefa das mais difíceis, é provável que tenhamos que assumir o prejuízo quase que integral de sua desmobilização sucateando-a, já que por ser uma planta específica ela só servirá à nossa empresa e aos nossos concorrentes diretos. Logo, o ganho associado a tal decisão deverá levar tal fato em consideração.

Todos esses componentes, portanto, fazem parte da TMA - Taxa Mínima de Atratividade, ou de Expectativa, que em função do acima exposto, pode ser considerada como pessoal e intransferível. Este conceito de “pessoal e intransferível” deve ser considerado tanto de investimento para investimento, quanto de pessoa para pessoa, ou seja, o que pode ser considerado como um bom investimento para alguém, ou em um determinado momento, pode não sê-lo para outros, ou em outros. A explicação é simples, desde o ponto de partida para a formação da TMA - o custo de oportunidade - até a propensão ao risco e mesmo a possibilidade de reversão do investimento a ser feito, ou a facilidade de mudança de posição, são diferentes para cada pessoa, para cada investimento e mesmo a cada momento.

Vale frisar que em função disso não existe um algorítimo, uma fórmula matemática, para elaboração da TMA. Por exemplo, se a possibilidade de colocação do dinheiro para uma pessoa é a Caderneta de Poupança, este é o ponto de partida para formação da TMA, enquanto que um outro investidor que tenha a possibilidade de colocar seu dinheiro, em uma outra aplicação com rendimento maior, terá este rendimento como custo de oportunidade, ou ponto de partida o que provavelmente, embora não obrigatoriamente, irá gerar uma TMA maior. A observação de que a TMA não será “obrigatoriamente maior” , está associado aos outros componentes da TMA - o risco e a liquidez do negócio - que poderão inclusive mais que compensar o ponto de partida diferente.

Portanto, o “Cenário Administrativo” do momento da tomada de decisão, onde estarão expressos : o cenário econômico presente e futuro; os pontos fortes e fracos de minha organização; a posição de meus produtos no mercado, bem como a posição de meus concorrentes mais diretos; a possibilidade de entrada de novos concorrentes; a posição de meus produtos em seu ciclo de vida; etc. Tudo isso e outras variáveis específicas de cada caso e não expressas aqui darão o respaldo necessário, servirão como “pano de fundo”, para

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