A Doença Holandesa

Larissa Mendes Zambini                             RA: 171706

Introdução a Comercio Internacional

Professor Cristiano Morini

Doença Holandesa

• O que é?

É a relação entre recursos naturais e o declínio do setor manufatureiro, uma falha de mercado que atinge países em desenvolvimento que dispõem de recursos naturais abundantes e baratos que mantem a taxa de cambio sobre apreciada por tempo indeterminado. A abundancia gera vantagens comparativas, levando o país a se especializar na produção do determinado produto e não investir na industrialização. Os sintomas mais importantes da doença holandesa são a sobre apreciação da taxa de câmbio, o baixo crescimento do setor manufatureiro, o rápido aumento do setor de serviços, os altos salários médios e o desemprego Quando ela não é neutralizada, pode levar a não industrialização ou a desindustrialização do país.

Ela implica na maioria dos países em desenvolvimento, pois ela é presente em países com mão de obra barata e salários diferenciados, características de um desenvolvimento.

Ela pode ser medida pela diferença de duas taxa de cambio em equilíbrio: a taxa de equilíbrio corrente, que equilibra conta de transações correntes, e a taxa de cambio industrial, a que torna possível que empresas industriais modernas sejam viáveis.

• História

A doença foi identificada nos anos de 1960, quando acharam nos países baixos gás natural fazendo com que a receita aumentasse a exportação. Porém a moeda estrangeira que entrava provocou uma valorização da moeda nacional, influenciando o valor do dólar nos produtos industrializados e diminuindo a competição comercial. Isso levou o país a se especializar em um único meio de produção e perder a capacidade industrial para produção de outros setores.

• Exemplo

O Brasil, o México e Argentina sofrem um caso parecido de desindustrialização, eles liberaram contas externas, comerciais e financeiras de maneira radical fazendo com que as politicas de neutralização da doença holandesa fossem ineficientes o que impediu que a industrialização aumentasse.

O Brasil sentiu a crise global recente, e teve uma depreciação do real que acabou levando a um déficit em conta corrente. É um déficit baixo, pois existe em um quadro de doença holandesa de sobrevalorização. O país continua a aumentar a exportação e produção industrial.

Em 1930 e 1980 o Brasil conseguiu crescer porque neutralizou a doença holandesa existente com a imposição da retenção nas exportações de bens primários e uma firme administração na taxa de cambio. Mas a crise de 2008 elevou a crise no país de novo, já que os preços das commodities exportadas aumentaram mas não conseguiram segurar a desindustrialização.

• Bibliografia

http://www.bresserpereira.org.br/papers-cursos/Cap.5-DutchDisease.pdf

http://www.opovo.com.br/app/opovo/opiniao/2013/06/13/noticiasjornalopiniao,3073765/a-doenca-holandesa.shtml

http://revistas.fee.tche.br/index.php/indicadores/article/viewFile/2951/3214