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A HISTÓRIA DO PETRÓLEO: O nacionalismo do petróleo

Por:   •  22/8/2018  •  Trabalho acadêmico  •  1.310 Palavras (6 Páginas)  •  246 Visualizações

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Jéssica Moreira de Amorim Morais

Manoella Santos Matos de Carvalho

A HISTÓRIA DO PETRÓLEO: o nacionalismo do petróleo

  

A HISTÓRIA do petróleo: O Nacionalismo do Petróleo. Direção de Yves Billon. Roteiro: Jean-pierre Beaurenaut. [s.l.]: Les Films Grain de Sable, 2005. (53 min.), P&B. Disponível em: . Acesso em: 17 out. 2017

O episódio “O Nacionalismo do Petróleo”, faz parte de uma produção da Les Films Grain de Sable, intitulada “A história do petróleo”, que foi dividida em quatro episódios[1] que contam a história desse recurso. “O Nacionalismo do Petróleo” é o segundo episódio da série e foca no período em que o petróleo foi nacionalizado por diversos Estados, principalmente aqueles do hemisfério Sul, com o objetivo de diminuir o poder e a dependência das grandes companhias estrangeiras. 

Com o final da Segunda Guerra Mundial, a dependência do petróleo aumentou em grandes proporções, nesta mesma época o número de carros nos EUA representavam 80% do total mundial, eles eram os que mais consumiam e produziam petróleo, assim a demanda por petróleo cresceu e os EUA tiveram que começar a procurar novas fontes deste recurso em outros lugares do mundo. Neste momento eles já não davam mais conta da demanda mundial, que agora necessitava desta fonte de energia para a recuperação da Segunda Guerra Mundial.

Ainda ano de 1945, os EUA emitiram um relatório sobre a quantidade de petróleo existente no Oriente Médio, que já estava sendo considerando uma grande fonte de poder político e econômico e para poder ter acesso a essa nova fonte de energia foi assinado um acordo entre o presidente americano Roosevelt e o então Rei da Arábia Saudita, Abdul Aziz,  neste acordo o EUA prometia segurança contra problemas internos e externos em troca do uso exclusivo dessas novas jazidas, tal acordo ficou conhecido como o Guarda Chuva Americano, ele só foi possível devido a Conferência de Ialta, realizada no final de 1945.

Alguns anos antes, em 1920, um major e engenheiro de minas, andava pelo deserto da Arábia Saudita a procura do petróleo e contratou a Anglo Persian para fazer explorações, entretanto, eles não encontraram evidências e desistiram do projeto. Em contrapartida, por volta de 1930, a americana Standard Oil fez um acordo com o Abdul Aziz, no qual o direito a exploração em boa parte do seu território foi dada em troca dinheiro.

As descobertas só vieram a surgir no final da década de 1930, porém o primeiro triunfo aconteceu na década de 1950, em Ghawar, onde foram descobertos inúmeros campos para exploração, além de uma jazida com 2250 km² de superfície , que até os dias atuais continua sendo com uma das maiores do mundo. Nesse contexto, algumas companhias se juntaram com a Mobil Oil e a Standard Oil, formando assim a Exxon Mobil, que posteriormente se transformou em um consórcio americano.

Com o passar dos anos o afloramento do nacionalismo do petróleo começou a aparecer em meio a partidos políticos, neste momento eles perceberam que foram enganados durante todos esses anos por meios dos diversos acordos de concessões. Um país não árabe que teve relevância neste nacionalismo do petróleo foi a Venezuela, eles foram um dos primeiros produtores da América Latina. Com esta nova descoberta, as companhia começaram a investir em território venezuelano, fazendo com que se tornasse um dos principais fornecedore dos EUA.

 Juan Pablo Perez Alfonso tinha como objetivo promover o seu país e outros do “Terceiro Mundo” utilizando o petróleo como ferramenta, para isto, ele começou a desafiar os acordos de concessões das grandes companhias com o governo venezuelano e conseguiu um aumento em seus lucros de 40%, fazendo com que a Venezuela fosse um modelo aos outros países do “Terceiro mundo”.

Outros países também tentaram seguir o exemplo da Venezuela e no ano de 1951, o Irã também se rebelou contra a atual BP, tal rebelião teve como consequências um conflito social que se alastrou por todo o país. Após isto, ele transformou a sua principal empresa privada em estatal, decisão catastrófica para o futuro do petróleo no país. Tal alteração fez com que a Grã-Bretanha se manifestasse e levasse esta questão ao Tribunal Internacional de Haia e logo em seguida outros países foram se envolvendo cada vez mais, fazendo com que o Irã sofresse embargos internacionais e como consequência o então governante fosse deposto. O próximo a assumir o seu lugar tinha um bom relacionamento com o EUA.

O presidente do Egito, Gamal Abdel Nasser,  usou o petróleo contra os ocidentais, devido a sua posição estratégica no Canal de Suez, fez isso nacionalizando o canal. Foi um momento importante para a luta nacionalista árabe em busca de controle do seu petróleo e abriu caminho para outros nacionalismos. A Europa também teve de lutar contra o poder das grandes companhias sobre o petróleo, assim como os países do hemisfério Sul, em busca de independência desses grupos estrangeiros, após as grandes guerras. Sendo assim, tiveram que pôr em prática projetos nacionalistas, França e Itália são os melhores exemplos desses movimentos.  

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