A Segurança e Defesa Internacional

QUESTÃO I –

“Strategy is the practical adaptation of the means placed at a general´s disposal to the attainment of the object in war” (Von Moltke, 2010)

Diferencie os Estudos Estratégicos dos Estudos de Segurança Internacional, utilizando categorias teóricas e metodológicas para sua resposta (Baylis e Wirtz, 2010).

Os Estudos Estratégicos tiveram início com Clausewitz, que foi o primeiro autor, no contexto pós Revolução Francesa, que uniu as questões militares aos objetivos políticos de um país. Ou seja, esses Estudos objetivam alcançar propósitos políticos. E para que isso seja possível, é necessário ter capacidade militar. Logo, segundo o autor, as guerras só têm sentido caso haja alguma finalidade política. Relacionando com a questão dos Estudos Estratégicos, é possível citar o exemplo da diplomacia coercitiva, em que há alocação do uso da força, conciliando Política de Defesa e Política Externa. Além disso, é importante ressaltar que os Estudos Estratégicos se limitam a discussões acadêmicas, isto é, podem sofrer e sofrem críticas, uma vez que englobam questões militares, mas não agem na prática.

E os Estudos de Segurança Internacional tratam da sobrevivência dos agentes e garantia de suas soberanias. Foram incorporadas, recentemente, as abordagens do Estudo de Segurança não só ligadas às ameaças que ocorrem fora do Estado e entre eles, mas também àquelas internas aos países. Ou seja, os Estudos de Segurança Internacional, tradicionalmente estudavam a questão de forças armadas, corridas armamentistas, etc., e, hoje, passaram a estudar conflitos religiosos, econômicos, guerras civis, e tudo aquilo que envolve uma ameaça aos direitos das pessoas. Em relação à Segurança Internacional, as agendas teóricas se referem às agendas de ampliação, que visam discutir a proteção dos objetos de referência em relação a novas ameaças. Já as agendas metodológicas se referem às agendas de aprofundamento, que buscam questionar premissas passadas, como uma possível causa da insegurança.

QUESTÃO II –

Apresente o que significa a agenda de aprofundamento, argumentando se tal agenda pode ter a capacidade de promover mudanças na forma pela qual se produz política de defesa e política externa dos Estados (Buzan e Hansen, 2010).

A agenda de aprofundamento apresenta críticas a premissas passadas, pontuando que muitas causas de insegurança possuem definições estipuladas e, assim, atrapalham a fazer análises reais e abrangentes sobre Segurança Internacional. Tendo em vista a agenda de críticas em relação às ideias iniciais tradicionalistas, seriam apresentadas novas abordagens, como a questão de segurança humana, guerras civis, religiosas e estudos da paz (peace studies). É preciso aprimorar temas e securitizá-los, uma vez que o mundo sofre mudanças, ao longo do tempo, o que significa o surgimento de novos tipos de ameaças. Isso também impacta a forma como os países irão articular sua Política de Defesa e Política Externa.

QUESTÃO III –

“Desse modo, o objetivo político com móbil inicial da guerra fornece a dimensão do fim a atingir pela ação militar, assim como os esforços necessários” (Clausewitz, 2003, p. 17)

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