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ANÁLISE POLÍTICA DOS PAÍSES DO G8

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Por:   •  10/9/2013  •  9.464 Palavras (38 Páginas)  •  1.528 Visualizações

Página 1 de 38

CURSO SUPERIOR DE TECNOLOGIA EM

GESTÃO PÚBLICA

3º SEMESTRE

ANTONIO LUIZ DE SOUSA SANTOS – RA - 359658

JOSEFA MARIA ARAÚJO – RA - 360895

JOSÉ NATAL DE ARAÚJO – RA 360882

MARIA LEONILDES DE ARAÚJO - 361624

MÔNICA MAGALI DE FREITAS – 361865

TEORIA POLITICA

ANÁLISE POLÍTICA DOS PAÍSES DO G8

PROFESSOR-TUTOR EAD: LEONARDO TAKAMASA OTSUKA

PALMAS - TOCANTINS

2013

ANTONIO LUIZ DE SOUSA SANTOS – RA - 359658

JOSEFA MARIA ARAÚJO – RA - 360895

JOSÉ NATAL DE ARAÚJO – RA 360882

MARIA LEONILDES DE ARAÚJO - 361624

MÔNICA MAGALI DE FREITAS – 361865

TEORIA POLITICA

ANÁLISE POLÍTICA DOS PAÍSES DO G8

Projeto Multidisciplinar de Autoaprendizagem I,

apresentado como requisito para obtenção de nota

na disciplina, do Curso de Tecnologia em Gestão

Pública da Universidade Anhanguera – UNIDERP

Professor/Tutor a Distância: Leonardo Takamasa

Otsuka.

PALMAS - TOCANTINS

2013

SUMÁRIO

1. NTRODUÇÃO..............................................................................................................4

2. DESENVOLVIMENTO................................................................................................5

2.1 DEFINIÇÃO DO ESTADO...................................................................................5,6

2.2 FORMAS E SISTEMAS DE GOVERNO ......................................................7,8,9,10

2.3 APRESENTAÇÃO DO G8 ...................................................10,11,12,13,14,15,16,17

2.4 ORGANIZAÇÃO POLÍTICA DOS PAISES DO G8 E REL. DE PODER ....17-26

5. CONCLUSÃO............................................................................................................ 27

6. REFERÊNCIAS........................................................................................................ 28

1. INTRODUÇÃO

Este trabalho buscou identificar e analisar os principais aspectos políticos que envolveram e continuam envolvendo o Grupo das economias mais industrializadas do planeta, mas conhecido como G8. Surgido nos anos 70 com a missão extraoficial de tratar sobre as questões econômicas das nações envolvidas.

Composto por Estados Unidos, Alemanha, França, Itália, Japão, Reino Unido, Canadá e Rússia, consideradas as nações mais industrializadas do mundo, o G8, continua com a sua formação desde 2006, porém de lá para cá, outras nações tem se desenvolvido e consolidado bastante suas economias, fazendo com que de certa forma, tenha obrigado o G8 a tratar de assuntos relativos a políticas e economias com maior abrangência mundial.

Um dos casos marcantes do ponto de vista político econômico nos parece ter sido a Globalização dos mercados, especialmente, os democráticos. Este fato contribuiu para uma abertura comercial e proporcionou que outras nações, emergissem como grandes potências econômicas, como é o caso da China, Brasil, Rússia e Índia.

O G8 também é conhecido mundialmente, pelas grandes manifestações públicas de organizações e ou populares que às vezes não concordam com os rumos políticos de seus integrantes. Neste sentido, podemos relatar que as questões climáticas são as que mais provocam insatisfação a grande maioria da comunidade internacional, em relação principalmente, ao G8, pois são eles, os grandes responsáveis pelas tragédias climáticas do planeta.

Segundo os analistas e críticos, além de atribuírem aos integrantes do G8 as grandes catástrofes ambientais do planeta, esses mesmos, ainda o acusam de pouco ou quase nada contribuir para reparar os danos causados à humanidade, daí talvez, se justifique as grandes manifestações dos organismos voltados para a defesa do meio ambiente e defesa à vida.

O G8 se reúne anualmente, para debater sobre vários temas de alcance social, mas raramente existe consenso e o que é pior lamentavelmente, é que quase sempre, aquilo que é decido e acordado, não é cumprido nos prazos e condições referendados.

São temas que sempre estão presentes nas reuniões do G8: Questões macroeconômicas como comércio internacional, relações entre nações ricas e países em desenvolvimento e os rumos da globalização, energia, terrorismo, comunicação e tecnologia, segurança, direitos humanos, saúde e educação e a redução da emissão de gases do efeito estufa.

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2. DESENVOLVIMENTO

2.1 Definição do Estado

O Estado é uma das mais complexas instituições sociais criadas ao longo da história. O pensador alemão Max Weber elaborou uma definição largamente conhecida e utilizada pelos cientistas políticos. Para ele, Estado é "uma instituição política que, dirigida por um governo soberano, detém o monopólio da força física, em determinado território, subordinando a sociedade que nele vive". Neste sentido, podemos conceber que um Estado só existe a partir do momento em que o quadro administrativo de uma nação, em um movimento de organização e de soberania sobre determinado território, passa a deter o monopólio dos meios de violência.

Falando mais especificamente, o Estado, enquanto instituição social, além de possuir o monopólio da força, deve garantir a manutenção das leis, da ordem e da estabilidade nacional. É ele o responsável por promover o bem-estar da nação e o responsável por resolver seus conflitos internos e externos.

Mas o Estado como o conhecemos hoje é uma instituição bastante recente, cujo surgimento está localizado no período renascentista ocorrido na Europa. A partir do século 15, os indivíduos passam a se identificar muito mais com a figura do rei e transferir para ele a fidelidade antes focada nas comunidades, nas cidades e nos senhores feudais. O rei, gradativamente, torna-se o senhor absoluto do território nacional e estabelece todo um aparato administrativo, incluindo aqui o monopólio da força e dos meios de coerção física, leal tão somente a ele e destinado à organização e manutenção desse território. Temos, em linhas gerais, a formação do Estado absolutista, onde a figura do rei personifica o Estado.

Com a Revolução Francesa e seu pensamento liberal, que passou a associar o conceito de nação com os ideais de liberdade e igualdade, presencia-se a constituição do Estado-nação. Nele, a soberania do rei é transferida para todo o povo. O povo é o soberano. Hoje, após passar por várias formatações, o Estado-nação constitui-se na instituição política internacional de maior destaque. A ONU, por exemplo, só reconhece nações que se constituem em Estados organizados e com total soberania sobre seu território.

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O Estado, para Maquiavel, não tem mais a função de assegurar a felicidade e a virtude, segundo afirmava Aristóteles. Também não é mais - como para os pensadores da Idade Média - uma preparação dos homens para o Reino de Deus.

Para Maquiavel, o Estado passa a ter suas próprias características, faz política, segue sua técnica e suas próprias leis. Logo no início de O Príncipe, Maquiavel escreve: “Como minha finalidade é a de escrever coisa útil para quem a entender, julguei mais conveniente tratar da realidade efetiva do que da minha imaginação sobre esta”

Rousseau, portanto, entende o estado como uma criação dos ricos para assegurar seu lugar na sociedade. Ainda, o direito à propriedade é sagrado, mas com limites necessários para evitar extremos de riqueza e pobreza. O papel do estado é, então, intervencionista, com o intuito de garantir um certo grau de igualdade e o contrato social consiste em ceder um pouco de liberdade em favor desse estado que trata todos como iguais.

Por final, Rousseau entende haver uma classe de cidadãos e não classes sociais. A diferença de classes, com interesses opostos, ai sim, leva à degeneração para o estado de natureza. É a desigualdade que faz o homem resvalar para o estado de natureza e não seu instinto natural.

Uma instituição organizada política, social e juridicamente, ocupa um território definido e, na maioria das vezes, sua lei maior é uma Constituição. É dirigido por um governo soberano, reconhecido interna e externamente, sendo responsável pela organização e pelo controle social, pois detém o monopólio legítimo do uso da força e da coerção.

Montesquiel diz que um Estado monárquico deve ser de grandeza medíocre. Se fosse pequeno, formaria uma república. Se fosse muito extenso, os principais do Estado, grandes por si mesmos, não estando sob os olhos do príncipe, tendo corte fora da corte deste, garantidos por outro lado contra as execuções prontas pelas leis e pelos costumes, poderiam deixar de obedecer. Um grande império supõe uma autoridade despótica por parte daquele que governa.

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Bresser Pereira, entretanto, define o estado não pelo que ele é, mas pelo que faz. Nessa perspectiva, o estado é a instituição abrangente que a nação usa para promover seus objetivos políticos, ou, em outras palavras, é o instrumento por excelência de ação coletiva da nação ou da sociedade civil. É comum usarem as expressões ‘estado’ e ‘nação’ como sinônimas de ‘estado-nação’, mas evitarei essa prática.

Aproximo, porém, nação de sociedade civil porque são termos muito semelhantes, porque indicam a sociedade politicamente organizada fora do estado. Entretanto, enquanto pensada como ‘sociedade civil’, essa sociedade defendeu inicialmente as liberdades, depois a justiça social, e mais recentemente o ambiente, e, portanto, será, em diversos graus, liberal, socialista e ambientalista.

Já quando pensada como ‘nação’, a sociedade será ciosa de sua soberania e promoverá o desenvolvimento econômico – será nacionalista. Tanto no caso da nação quanto da sociedade civil, o poder dos cidadãos será ponderado por seu dinheiro, seu conhecimento e sua capacidade de organização, mas a nação tem geralmente uma conotação política mais abrangente ou mais popular do que a sociedade civil, mas, em compensação, é particularista, enquanto que a sociedade civil tem uma conotação mais universal e mais democrática.

2.2 Formas e Sistemas de Governos

As duas formas fundamentais de Governo: a Monarquia e a República. Uma monarquia é um regime de governo em que o chefe de Estado é o monarca. O poder é transmitido ao longo da linha sucessória. Há os princípios básicos de hereditariedade e vitaliciedade. Pode haver algumas exceções, como no caso do Vaticano e da Polônia nos séculos XVII e XVIII, o chefe de Estado é eleito, mas ambos são considerados monarquias.

O regime monárquico desenvolveu-se como uma extensão lógica da liderança absoluta de chefes tribais primitivos. Muitos dos primeiros monarcas, tais como os do Egito antigo, reivindicavam que governaram por direito divino. Entretanto, na propagação da monarquia europeia durante a Idade Média, a liderança geralmente recaía sobre o nobre que poderia mais eficazmente reunir e comandar um exército.

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A maior parte das monarquias é dinástica e hereditária, com o trono do país passando do pai para o filho mais velho quando o rei morre ou abdica. No passado, monarcas tomavam a decisão final absoluta sobre seus assuntos, severamente limitando a liberdade pessoal e econômica de todos os cidadãos, à exceção da nobreza e da aristocracia.

As monarquias existiram na maioria dos países da Europa por séculos, mas o descontentamento de cidadãos da burguesia, nobreza, clero e das classes mais baixas acabou crescendo, causando diversas revoltas e revoluções que derrubaram muitas delas. Em meados do século XIX, o poder dos monarcas europeus já tinha sido limitado, abrindo caminho para sistemas de governo mais participativos, como as monarquias parlamentaristas, as repúblicas parlamentaristas e as repúblicas presidencialistas.

Enquanto nas repúblicas a soberania nacional é confiada ao presidente da república, nas monarquias a soberania popular é confiada ao monarca. De acordo com os defensores da monarquia, o monarca é quem melhor desempenha o cargo de chefe de Estado, por ter sido preparado para ele, por não pertencer a nenhum partido político e por não depender de campanhas eleitorais e nem de financiamento eleitoral.

Numa monarquia parlamentarista, o monarca exerce a chefia de Estado, cujos poderes são apenas protocolares e suas funções de moderador político são determinados pela Constituição, onde tem como função resolver impasses políticos, proteger a Constituição e os súditos de projetos de leis que contradizem as leis vigentes ou não fazia parte dos planos de governos defendidos em campanhas eleitorais. A chefia de governo é exercida por um primeiro-ministro, este é nomeado pelo monarca e é aprovado pelos parlamentares após a apresentação do seu gabinete ministerial e do seu plano de governo, podendo ser derrubado pelo Parlamento por meio de uma moção de censura.

Uma República é uma forma de governo onde um representante, normalmente chamado presidente, é escolhido pelo povo para ser o chefe de estado, podendo ou não acumular com o poder executivo. A forma de eleição é normalmente realizada por voto livre secreto, em intervalos regulares, variando conforme o país. A origem da república está na Roma clássica, quando primeiro surgiram instituições como o Senado. A palavra república vem do latim Res publica e quer dizer "coisa pública".

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Existem hoje duas formas principais de república: 1) República presidencialista ou presidencialismo - Nesta forma de governo o presidente, escolhido pelo voto para um mandato regular, acumula as funções de Chefe de Estado e chefe de governo. Nesse sistema, para levar a cabo seu plano de governo, o presidente deve barganhar com o Legislativo caso não possua maioria; 2) República parlamentarista ou parlamentarismo - Neste caso o presidente apenas responde à chefia de Estado, estando a chefia de governo atribuída a um representante escolhido de forma indireta pelo Legislativo, normalmente chamado "premier", "primeiro-ministro" ou ainda "chanceler" (na Alemanha). No presidencialismo, o chefe de Estado (que simboliza a Nação) e o chefe de governo (que dirige a administração do país) são a mesma pessoa. O presidente da República é chefe de Estado e chefe de governo. No presidencialismo, o presidente e os parlamentares são escolhidos por um período de tempo fixo e determinado, geralmente quatro ou cinco anos. Salvo situações excepcionais, uma vez eleitos, eles têm seu mandato garantido durante esse prazo. Em um regime presidencialista, o Legislativo pode ser exercido apenas pela Câmara dos Deputados (sistema unicameral) ou por duas casas, a Câmara e o Senado (sistema bicameral).

No parlamentarismo, todo o poder concentra-se no Parlamento, que é, de fato, o único poder. Se o governo executivo discordar do Parlamento, a maioria dos deputados dissolve esse governo. A Justiça não se opõe ao Parlamento, até porque, em um sistema parlamentarista puro, a Constituição não é rígida: se uma lei for considerada inconstitucional, o Parlamento simplesmente altera a Constituição. No Reino Unido, o exemplo mais puro de parlamentarismo, não há sequer uma Constituição escrita. Em um regime parlamentarista, distingue-se o chefe de Estado do chefe do governo. O chefe de Estado apenas simboliza a Nação, mas não tem poderes administrativos. Pode ser um monarca ou presidente escolhido pelo Parlamento ou eleito diretamente pelo povo. A rainha da Inglaterra, por exemplo, reina, mas não governa: ela é apenas chefe de Estado. O chefe do governo é quem governa e administra. Ele é sempre escolhido pelo Parlamento, que pode destituí-lo.

Após as eleições, o partido político ou a coligação que teve a maioria dos votos escolhe um primeiro-ministro e os que vão ocupar os diferentes ministérios e levam esses nomes ao chefe de Estado, que os submete ao Parlamento.

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Se os nomes forem aprovados pela maioria, esse ministério ou gabinete é empossado e governa até que haja novas eleições (quatro ou cinco anos depois) ou que perca a confiança da maioria parlamentar. Se a maioria, em algum momento, discordar do gabinete, vota uma moção de desconfiança e o governo cai. A maioria vitoriosa no Parlamento indica ao chefe de Estado o nome dos novos ministros, que são submetidos à votação. Se forem aprovados, começam a governar; se não forem, novos ministros têm de ser escolhidos até que o gabinete indicado tenha o apoio da maioria dos deputados. Se a maioria aprovar uma moção de desconfiança contra o gabinete, mas o primeiro-ministro achar que ele representa a vontade da maioria do povo dissolve-se o Parlamento e realizam-se eleições imediatamente (prazo de poucas semanas). O povo então decide a quem dá maioria. Se ele der maioria aos partidários do gabinete, este se mantém. Se der aos seus adversários, cai o governo, e seus oponentes submetem ao Parlamento um novo ministério.

No parlamentarismo, o Executivo é um mero delegado da maioria parlamentar. Em um regime parlamentarista puro, só parlamentares podem ser ministros, e eles comparecem normalmente às sessões do Parlamento, dando contas de sua atuação e sendo interpelados por seus pares. As funções parlamentares são exercidas em sua plenitude por uma casa legislativa que se pode chamar, por exemplo, de Câmara dos Deputados, Parlamento, Câmara dos Comuns (Reino Unido) ou Assembleia Nacional (França). Esse poder não pode ser dividido com outra casa legislativa que não tenha as características populares do Parlamento. No Reino Unido, por exemplo, existe a Câmara dos Lordes, mas suas funções são praticamente decorativas na elaboração das leis. Os lordes não destituem gabinetes.

2.3 Apresentação do G8

De acordo com a pesquisa realizada sobre o G8 em Veja.com, podemos concluir que desde 1975 existe um grupo de chefes de estado e diplomatas das sete mais ricas e industrializadas nações do mundo que se reúnem todos os anos para discutir as questões econômicas e políticas, nessa pauta é discutida uma série de preocupações de cada integrante e boa parte do debate é marcada por temas que dizem respeito à comunidade internacional como um todo.

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Os países que integram o G8 são: a França, Estados Unidos, Reino Unido, Alemanha, Itália, Japão, Canadá e a Rússia; os seis primeiros participam dessas reuniões desde seu início, em 1975, o Canadá veio um ano depois e a Rússia foi admitida formalmente quando passou a sediar a primeira reunião do G8 em 2006, mas o país já participava das reuniões desde 1994 e foi aos poucos sendo inserido, pelo seu reconhecimento no esforço em abandonar a antiga economia socialista e implementar reformas democráticas.

O G8, não reúne as oito maiores economias do mundo, mas sim as auto proclamadas oito mais industrializadas nações democráticas, daí a ausência da China, que cujo PIB supera os da Alemanha, Reino Unido, França, Itália e Canadá, e a inclusão da Rússia cuja economia regula como a de países como o Brasil, Índia e México.

Esse movimento que terminou com a criação do G8, teve origem na crise do petróleo em 1973 e com a recessão econômica mundial que essa crise causou e por consequência dessa crise, onde foi promovida uma reunião informal para ser discutido os problemas gerados pela tal crise entre os ministros de Finanças de alguns governos europeus e do Japão.

Mas desta vez, os próprios chefes de estado da França, do Reino Unido, da Alemanha, da Itália, do Japão e dos Estados Unidos foram ao encontro, e a partir daí, esses países decidiram que esta reunião aconteceria anualmente, e nessas reuniões são oferecida oportunidades para que os líderes discutam importantes questões internacionais e definam prioridades a serem buscadas e é também uma maneira para que os países se conheçam e construam relações pessoais que possam se tornar importantes no caso de uma crise global.

Embora o G8 tenha sido criado para debater temas econômicos, as discussões políticas passaram a fazer parte da pauta no fim dos anos 70. Questões macroeconômicas como comércio internacional, relações entre nações ricas e o países em desenvolvimento e os rumos da globalização sempre estiveram presentes, conversas sobre energia, terrorismo e problemas ambientais, comunicação e tecnologia, segurança, direitos humanos, educação e saúde e a redução da emissão de gases do efeito estufa, também se tornaram recorrentes nessas reuniões do G8.

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Porém, por ser apenas um fórum informal, e não uma organização internacional estabelecida por um tratado, com estatuto e critérios de admissão pré-definidos, o G8 não tem poder para garantir que todas as suas decisões sejam colocadas em práticas, mas mesmo quando não são 100% colocadas em prática, às decisões extraídas do G8 influenciam as organizações mundiais.

Esses encontros do G8 costumam provocar protestos, porque os críticos acusam o grupo de representar os interesses de uma elite rica e minoritária que deixa de lado as necessidades da maioria da população mundial. Países como a China e a Índia são deixados de fora assim como os africanos e latino-americanos. Mas nos últimos anos, devido à violência de algumas manifestações, aumentou o rigor da segurança isolando os chefes de estados dos seres humanos comuns, reforçando assim a imagem de clube privado.

Existem grupos internacionais similares ao G8. Quando a Rússia não estava incluída entre os membros oficiais, o G8 era conhecido como G7, ainda hoje há quem chame o G8 de G7/8 ou G7+1. O G7, não é um grupo separado do G8, e essa nomenclatura de G7 acaba caindo em desuso. Existe também o G5 mais informal e mais recente, trata-se do grupo de cinco países emergentes: Brasil, China, Índia, México e África do Sul, que vem sendo convidados a participar das reuniões do G8 devido à importância no cenário mundial. Outro grupo de países em desenvolvimento e um pouco mais antigo é o G20, do qual fazem parte 21 nações: África do Sul, Argentina, Bolívia, Brasil, Chile, China, Cuba, Egito, Filipinas, Guatemala, Índia, Indonésia, México, Nigéria, Paquistão, Paraguai, Tanzânia, Uruguai, Venezuela e Zimbábue, esse grupo discute questões comerciais muitas das quais são levados à Organização Mundial do Comércio.

A respeito das mudanças climáticas, foi publicado um documento que traz a avaliação dos principais esforços empreendidos pelos países do G8, onde os países do grupo são classificados de acordo com nove indicadores quantitativos, como a comparação de histórico de emissões passadas e o progresso em relação às metas estabelecidas pelo Protocolo de Quioto, este documento avalia o desempenho em três áreas de políticas públicas: eficiência energética. Energias renováveis e o desenvolvimento de mercados de carbono.

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A diretora do Programa de Mudanças Climáticas do WWF afirma que os resultados mostram que nenhum país industrializado deve atingir as metas de redução de emissões necessárias para que o planeta não aqueça mais que 2° C, temos de 10 a 15 anos para que as emissões atinjam um pico e declinem.

De acordo com o G8, o Reino Unido lidera a corrida um pouco à frente da França e da Alemanha, porém os três países estão apenas na metade do caminho onde deveriam estar.

O Reino Unido deve atingir a meta de redução de gases de efeito estufa estabelecido pelo Protocolo de Quioto e tem implementado políticas inovadoras como a Lei de Mudanças Climáticas. Porém, enquanto coloca muita ênfase na abordagem do seu mercado de carbono, faz muito pouco para acelerar o uso de energias renováveis e eficiência energética. Além do mais, a cogeração de energia com base em carvão tem crescido no mix energético do Reino Unido, o que eleva suas emissões.

A França é colocada como segundo país por causa de seus objetivos, desempenho e posicionamentos internacionais atuais, porém deixa a desejar em relação a atingir suas metas no futuro próximo. Portanto, a França corre o risco de perder sua alta colocação no relatório do ano que vem.

A Alemanha tem o melhor desempenho no quesito energias renovável e tem um quadro regulatório que é referência internacional. A Alemanha também aprovou novos pacotes legislativos sobre eficiência energética, energias renováveis e políticas climáticas. Porém, até o momento, falhou em combater a geração de energia por carvão. Além disso, existe uma tendência negativa e crescente do setor elétrico em planejar a maior parte das novas usinas com base em carvão e lignito, afirma o relatório.

A Itália, quarta colocada, já começou a fazer algum esforço para discutir as mudanças climáticas e o benefício de ter acordado com políticas relevantes da União Europeia. Porém, poucas medidas nacionais específicas foram implementadas e as emissões estão bem acima das metas de Quioto. Sua colocação é relativamente boa no aspecto eficiência energética.

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O Japão, em quinto lugar, está aumentando suas emissões e está bem longe de atingir as metas do Protocolo de Quioto. O governo ainda tem que anunciar suas metas de redução em médio prazo. É o segundo colocado no quesito mercado de carbono por causa do grande número de projetos dentro do Mecanismo de Desenvolvimento Limpo do Protocolo de Quioto, porém faltam medidas mandatórias como medidas para fomentar o mercado de carbono.

Bem atrás está a Rússia, que perdeu sua vantagem inicial de baixas emissões. Durante oito anos, as emissões cresceram novamente. A Rússia planejou apenas algumas poucas políticas nacionais e nenhuma foi implementada. Um anúncio recente do governo para aumentar drasticamente a eficiência energética pode influenciar sua posição nos próximos relatórios. Os últimos lugares da corrida ficaram com o Canadá e os EUA, nas colocações 7 e 8, respectivamente.

Isto não é surpresa devido aos aumentos das emissões, ao fato de serem economias energointensivas e de terem falhado em melhorar seus potenciais de eficiência energética. Porém, ainda há esperança: A legislação dos EUA para cortar emissões é iminente e os negócios estão sendo preparados para a nova commodity do mercado, com potencial de transpassar as fronteiras continentais. Enquanto as duas administrações federais não estiverem apoiando soluções que visem o combate às mudanças climáticas, iniciativas locais podem ajudar a melhorar suas posições para a próxima edição do scorecards.

O relatório também analisa as políticas de clima e energia das cinco economias emergentes: Brasil, China, Índia, México e África do Sul. Estes países não podem ser pontuados com os mesmos critérios usados para posicionar os países industrializados e, portanto, não é parte do ranking. O documento revela grandes diferenças entre estes países em termos de desenvolvimento, mix energético e emissões. Uma pergunta-chave é como os países industrializados vãos ajudar estas cinco nações a crescerem rumo a um desenvolvimento com baixas emissões de gases de efeito estufa.

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Em relação à ajuda as economias emergentes, os líderes do G8 (grupo dos sete países mais industrializados e a Rússia), junto às nações emergentes, concordaram hoje na necessidade de uma regulamentação financeira e uma reforma das instituições financeiras internacionais para combater a crise econômica mundial.

Reunidos em sua 35ª cúpula, Itália, Estados Unidos, Grã-Bretanha, Alemanha, França, Canadá, Japão e Rússia, junto ao chamado G5 (que inclui Brasil, México, China, Índia e África do Sul), mais o Egito, ratificaram seu empenho em combater o protecionismo e evitar a desvalorização competitiva de nossas moedas, promovendo um sistema monetário estável, o acordo consta do rascunho da declaração do encontro do chamado G14, que reúne as nações do G8, do G5 e o Egito, ao qual a ANSA teve acesso. No texto, que ainda pode sofrer alterações, os países se comprometem a resistir ao protecionismo e a promover a abertura dos mercados ao comércio e aos investimentos. Também confirmam a vontade de cooperação para que a economia global tenha um crescimento longo e equilibrado, équo e sustentável em benefício de todos, principalmente dos mais vulneráveis.

Junto à Suécia, que atualmente exerce a presidência de turno da União Europeia (UE), o G14 também se compromete, ao lado dos líderes da Austrália, da Coreia do Sul e da Indonésia e na presença do diretor-geral da Organização Mundial do Comércio (OMC), Pascal Lamy, a buscar uma conclusão ambiciosa e equilibrada da Rodada de Doha em 2010. Segundo o documento, os ministros da Economia e da Fazenda dos países emergentes e desenvolvidos irão explorar imediatamente todas as possibilidades e se reunirão para discutir o tema antes da próxima Cúpula do G20, que acontecerá em setembro em Pittsburgh, Estados Unidos.

O grupo também confirma que todos os países atuarão rapidamente com base nas decisões do último encontro do G20, realizado em 2 de abril em Londres, simultaneamente com reforços à regulamentação financeira e à reforma das instituições financeiras internacionais.

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O texto também reitera que é fundamental a mobilização de recursos financeiros para o desenvolvimento dos países pobres, em particular do continente africano. O G14 se compromete a desenvolver políticas responsáveis aos países mais pobres. Reafirmamos o nosso dever de contribuir ao cumprimento das metas dos Objetivos do Milênio sobre o desenvolvimento econômico e a assistência à paz e à segurança, especialmente na África, diz o texto.

Nesse sentido, os países do G8 se comprometem a honrar a sua obrigação de ajudas públicas ao desenvolvimento, em particular na África Subsaariana, junto ao auxílio ao comércio e à redução das dívidas causadas pela série de implicações da crise econômica global sobre o crescimento e sobre o esforço para a erradicação da pobreza nos países mais pobres. Em relação ao meio ambiente e ao combate ao aquecimento global, os países acordaram garantir uma recuperação verde global, que permita o crescimento sustentável, balanceado, inovador, inclusiva, em médio prazo.

Com a interferência no setor financeiro, a chanceler alemã, Ângela Merkel, disse que um encontro do G8 deveria ser realizado com a participação de países emergentes. Os governantes também concordaram em retomar as discussões para um acordo de liberalização do comércio mundial, que haviam sido paralisadas em julho, as medidas foram anunciadas depois de um apelo do primeiro-ministro britânico, Gordon Brown, de uma reforma no FMI (Fundo Monetário Internacional) para ajudar a regular os sistemas financeiros do mundo.

As declarações de Brown foram feitas a repórteres antes da abertura da cúpula de dois dias que os governantes europeus iniciaram na Bélgica, o primeiro-ministro britânico também pediu a criação de um sistema de alerta para a economia internacional e maior supervisão sobre as companhias financeiras multinacionais. Segundo Brown, é preciso lidar com as crises, à medida que surgirem de maneira melhor e mais coordenada. O FMI precisa ser reformado para se adaptar às necessidades do mundo moderno, na cúpula, a União Europeia deve estender a todos seus 27 países, o plano de ajuda financeira adotado em Paris, pelos países que utilizam o euro como moeda oficial.

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A Comissão Europeia, órgão Executivo da União Europeia propôs ampliar para 100 mil euros a garantia mínima para os depósitos em contas bancárias privadas no caso de falência de um banco do bloco, em uma iniciativa para melhorar a confiança dos cidadãos diante da crise financeira.

Esse limite já havia sido ampliado de 20 mil para 50 mil euros e algumas das maiores economias europeias - França, Alemanha, Itália e Espanha - anunciaram garantias ainda mais generosas. No entanto, os custos dessas últimas propostas devem preocupar os países menores do bloco.

O primeiro-ministro da Hungria, Ferenc Gyurcsany, pediu mais apoio do bloco para nações individuais. A Hungria é um dos países da União Europeia mais afetada pela crise. A estratégia atual é deixar cada nação aplicar seus próprios instrumentos, e segundo o primeiro-ministro é preciso ações conjuntas e um órgão de supervisão dentro da União Europeia.

2.4 – Organização dos Países do G8 e Relação de Poder entre eles

De acordo com a pesquisa realizada sobre o G8 em Veja.com, podemos concluir que desde 1975 existe um grupo de chefes de estado e diplomatas das sete mais ricas e industrializadas nações do mundo que se reúnem todos os anos para discutir as questões econômicas e políticas, nessa pauta é discutida uma série de preocupações de cada integrante e boa parte do debate é marcada por temas que dizem respeito à comunidade internacional como um todo.

Os países que integram o G8 são: a França, Estados Unidos, Reino Unido, Alemanha, Itália, Japão, Canadá e a Rússia; os seis primeiros participam dessas reuniões desde seu início, em 1975, o Canadá veio um ano depois e a Rússia foi admitida formalmente quando passou a sediar a primeira reunião do G8 em 2006, mas o país já participava das reuniões desde 1994 e foi aos poucos sendo inserido, pelo seu reconhecimento no esforço em abandonar a antiga economia socialista e implementar reformas democráticas.

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O G8, não reúne as oito maiores economias do mundo, mas sim as auto proclamadas oito mais industrializadas nações democráticas, daí a ausência da China, que cujo PIB supera os da Alemanha, Reino Unido, França, Itália e Canadá, e a inclusão da Rússia cuja economia regula como a de países como o Brasil, Índia e México. Esse movimento que terminou com a criação do G8, teve origem na crise do petróleo em 1973 e com a recessão econômica mundial que essa crise causou e por consequência dessa crise, onde foi promovida uma reunião informal para ser discutido os problemas gerados pela tal crise entre os ministros de Finanças de alguns governos europeus e do Japão.

Mas desta vez, os próprios chefes de estado da França, do Reino Unido, da Alemanha, da Itália, do Japão e dos Estados Unidos foram ao encontro, e a partir daí, esses países decidiram que esta reunião aconteceria anualmente, e nessas reuniões são oferecida oportunidades para que os líderes discutam importantes questões internacionais e definam prioridades a serem buscadas e é também uma maneira para que os países se conheçam e construam relações pessoais que possam se tornar importantes no caso de uma crise global.

Embora o G8 tenha sido criado para debater temas econômicos, as discussões políticas passaram a fazer parte da pauta no fim dos anos 70. Questões macroeconômicas como comércio internacional, relações entre nações ricas e o países em desenvolvimento e os rumos da globalização sempre estiveram presentes, conversas sobre energia, terrorismo e problemas ambientais, comunicação e tecnologia, segurança, direitos humanos, educação e saúde e a redução da emissão de gases do efeito estufa, também se tornaram recorrentes nessas reuniões do G8.

Porém, por ser apenas um fórum informal, e não uma organização internacional estabelecida por um tratado, com estatuto e critérios de admissão pré-definidos, o G8 não tem poder para garantir que todas as suas decisões sejam colocadas em práticas, mas mesmo quando não são 100% colocadas em prática, às decisões extraídas do G8 influenciam as organizações mundiais.

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Esses encontros do G8 costumam provocar protestos, porque os críticos acusam o grupo de representar os interesses de uma elite rica e minoritária que deixa de lado as necessidades da maioria da população mundial. Países como a China e a Índia são deixados de fora assim como os africanos e latino-americanos. Mas nos últimos anos, devido à violência de algumas manifestações, aumentou o rigor da segurança isolando os chefes de estados dos seres humanos comuns, reforçando assim a imagem de clube privado.

Existem grupos internacionais similares ao G8. Quando a Rússia não estava incluída entre os membros oficiais, o G8 era conhecido como G7, ainda hoje há quem chame o G8 de G7/8 ou G7+1. O G7, não é um grupo separado do G8, e essa nomenclatura de G7 acaba caindo em desuso.

Existe também o G5 mais informal e mais recente, trata-se do grupo de cinco países emergentes: Brasil, China, Índia, México e África do Sul, que vem sendo convidados a participar das reuniões do G8 devido à importância no cenário mundial. Outro grupo de países em desenvolvimento e um pouco mais antigo é o G20, do qual fazem parte 21 nações: África do Sul, Argentina, Bolívia, Brasil, Chile, China, Cuba, Egito, Filipinas, Guatemala, Índia, Indonésia, México, Nigéria, Paquistão, Paraguai, Tanzânia, Uruguai, Venezuela e Zimbábue, esse grupo discute questões comerciais muitas das quais são levados à Organização Mundial do Comércio.

A respeito das mudanças climáticas, foi publicado um documento que traz a avaliação dos principais esforços empreendidos pelos países do G8, onde os países do grupo são classificados de acordo com nove indicadores quantitativos, como a comparação de histórico de emissões passadas e o progresso em relação às metas estabelecidas pelo Protocolo de Quioto, este documento avalia o desempenho em três áreas de políticas públicas: eficiência energética. Energias renováveis e o desenvolvimento de mercados de carbono.

A diretora do Programa de Mudanças Climáticas do WWF afirma que os resultados mostram que nenhum país industrializado deve atingir as metas de redução de emissões necessárias para que o planeta não aqueça mais que 2° C, temos de 10 a 15 anos para que as emissões atinjam um pico e declinem.

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De acordo com o G8, o Reino Unido lidera a corrida um pouco à frente da França e da Alemanha, porém os três países estão apenas na metade do caminho onde deveriam estar.

O Reino Unido deve atingir a meta de redução de gases de efeito estufa estabelecido pelo Protocolo de Quioto e tem implementado políticas inovadoras como a Lei de Mudanças Climáticas. Porém, enquanto coloca muita ênfase na abordagem do seu mercado de carbono, faz muito pouco para acelerar o uso de energias renováveis e eficiência energética. Além do mais, a cogeração de energia com base em carvão tem crescido no mix energético do Reino Unido, o que eleva suas emissões.

A França é colocada como segundo país por causa de seus objetivos, desempenho e posicionamentos internacionais atuais, porém deixa a desejar em relação a atingir suas metas no futuro próximo.

Portanto, a França corre o risco de perder sua alta colocação no relatório do ano que vem. A Alemanha tem o melhor desempenho no quesito energias renovável e tem um quadro regulatório que é referência internacional. A Alemanha também aprovou novos pacotes legislativos sobre eficiência energética, energias renováveis e políticas climáticas. Porém, até o momento, falhou em combater a geração de energia por carvão. Além disso, existe uma tendência negativa e crescente do setor elétrico em planejar a maior parte das novas usinas com base em carvão e lignito, afirma o relatório.

A Itália, quarta colocada, já começou a fazer algum esforço para discutir as mudanças climáticas e o benefício de ter acordado com políticas relevantes da União Europeia. Porém, poucas medidas nacionais específicas foram implementadas e as emissões estão bem acima das metas de Quioto. Sua colocação é relativamente boa no aspecto eficiência energética.

O Japão, em quinto lugar, está aumentando suas emissões e está bem longe de atingir as metas do Protocolo de Quioto. O governo ainda tem que anunciar suas metas de redução em médio prazo. É o segundo colocado no quesito mercado de carbono por causa do grande número de projetos dentro do Mecanismo de Desenvolvimento Limpo do Protocolo de Quioto, porém faltam medidas mandatórias como medidas para fomentar o mercado de carbono.

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Bem atrás está a Rússia, que perdeu sua vantagem inicial de baixas emissões. Durante oito anos, as emissões cresceram novamente. A Rússia planejou apenas algumas poucas políticas nacionais e nenhuma foi implementada. Um anúncio recente do governo para aumentar drasticamente a eficiência energética pode influenciar sua posição nos próximos relatórios. Os últimos lugares da corrida ficaram com o Canadá e os EUA, nas colocações 7 e 8, respectivamente.

Isto não é surpresa devido aos aumentos das emissões, ao fato de serem economias energointensivas e de terem falhado em melhorar seus potenciais de eficiência energética. Porém, ainda há esperança: A legislação dos EUA para cortar emissões é iminente e os negócios estão sendo preparados para a nova commodity do mercado, com potencial de transpassar as fronteiras continentais.

Enquanto as duas administrações federais não estiverem apoiando soluções que visem o combate às mudanças climáticas, iniciativas locais podem ajudar a melhorar suas posições para a próxima edição do scorecards.

O relatório também analisa as políticas de clima e energia das cinco economias emergentes: Brasil, China, Índia, México e África do Sul. Estes países não podem ser pontuados com os mesmos critérios usados para posicionar os países industrializados e, portanto, não é parte do ranking. O documento revela grandes diferenças entre estes países em termos de desenvolvimento, mix energético e emissões.

Uma pergunta-chave é como os países industrializados vãos ajudar estas cinco nações a crescerem rumo a um desenvolvimento com baixas emissões de gases de efeito estufa.

Em relação à ajuda as economias emergentes, os líderes do G8 (grupo dos sete países mais industrializados e a Rússia), junto às nações emergentes, concordaram hoje na necessidade de uma regulamentação financeira e uma reforma das instituições financeiras internacionais para combater a crise econômica mundial. Reunidos em sua 35ª cúpula, Itália, Estados Unidos, Grã-Bretanha, Alemanha, França, Canadá, Japão e Rússia, junto ao chamado G5 (que inclui Brasil, México, China, Índia e África do Sul), mais o Egito, ratificaram seu empenho em combater o protecionismo e evitar a desvalorização competitiva de nossas moedas, promovendo um sistema monetário estável, o acordo consta do rascunho da declaração do encontro do chamado G14, que reúne as nações do G8, do G5 e o Egito, ao qual a ANSA teve acesso. 21

No texto, que ainda pode sofrer alterações, os países se comprometem a resistir ao protecionismo e a promover a abertura dos mercados ao comércio e aos investimentos. Também confirmam a vontade de cooperação para que a economia global tenha um crescimento longo e equilibrado, équo e sustentável em benefício de todos, principalmente dos mais vulneráveis.

Junto à Suécia, que atualmente exerce a presidência de turno da União Europeia (UE), o G14 também se compromete, ao lado dos líderes da Austrália, da Coreia do Sul e da Indonésia e na presença do diretor-geral da Organização Mundial do Comércio (OMC), Pascal Lamy, a buscar uma conclusão ambiciosa e equilibrada da Rodada de Doha em 2010.

Segundo o documento, os ministros da Economia e da Fazenda dos países emergentes e desenvolvidos irão explorar imediatamente todas as possibilidades e se reunirão para discutir o tema antes da próxima Cúpula do G20, que acontecerá em setembro em Pittsburgh, Estados Unidos.

O grupo também confirma que todos os países atuarão rapidamente com base nas decisões do último encontro do G20, realizado em 2 de abril em Londres, simultaneamente com reforços à regulamentação financeira e à reforma das instituições financeiras internacionais.

O texto também reitera que é fundamental a mobilização de recursos financeiros para o desenvolvimento dos países pobres, em particular do continente africano. O G14 se compromete a desenvolver políticas responsáveis aos países mais pobres. Reafirmamos o nosso dever de contribuir ao cumprimento das metas dos Objetivos do Milênio sobre o desenvolvimento econômico e a assistência à paz e à segurança, especialmente na África, diz o texto. Nesse sentido, os países do G8 se comprometem a honrar a sua obrigação de ajudas públicas ao desenvolvimento, em particular na África Subsaariana, junto ao auxílio ao comércio e à redução das dívidas causadas pela série de implicações da crise econômica global sobre o crescimento e sobre o esforço para a erradicação da pobreza nos países mais pobres. Em relação ao meio ambiente e ao combate ao aquecimento global, os países acordaram garantir uma recuperação verde global, que permita o crescimento sustentável, balanceado, inovador, inclusiva, em médio prazo.

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Com a interferência no setor financeiro, a chanceler alemã, Ângela Merkel, disse que um encontro do G8 deveria ser realizado com a participação de países emergentes. Os governantes também concordaram em retomar as discussões para um acordo de liberalização do comércio mundial, que haviam sido paralisadas em julho, as medidas foram anunciadas depois de um apelo do primeiro-ministro britânico, Gordon Brown, de uma reforma no FMI (Fundo Monetário Internacional) para ajudar a regular os sistemas financeiros do mundo.

As declarações de Brown foram feitas a repórteres antes da abertura da cúpula de dois dias que os governantes europeus iniciaram na Bélgica, o primeiro-ministro britânico também pediu a criação de um sistema de alerta para a economia internacional e maior supervisão sobre as companhias financeiras multinacionais. Segundo Brown, é preciso lidar com as crises, à medida que surgirem de maneira melhor e mais coordenada.

O FMI precisa ser reformado para se adaptar às necessidades do mundo moderno, na cúpula, a União Europeia deve estender a todos seus 27 países, o plano de ajuda financeira adotado em Paris, pelos países que utilizam o euro como moeda oficial.

A Comissão Europeia, órgão Executivo da União Europeia propôs ampliar para 100 mil euros a garantia mínima para os depósitos em contas bancárias privadas no caso de falência de um banco do bloco, em uma iniciativa para melhorar a confiança dos cidadãos diante da crise financeira.

Esse limite já havia sido ampliado de 20 mil para 50 mil euros e algumas das maiores economias europeias - França, Alemanha, Itália e Espanha - anunciaram garantias ainda mais generosas. No entanto, os custos dessas últimas propostas devem preocupar os países menores do bloco. O primeiro-ministro da Hungria, Ferenc Gyurcsany, pediu mais apoio do bloco para nações individuais. A Hungria é um dos países da União Europeia mais afetada pela crise. A estratégia atual é deixar cada nação aplicar seus próprios instrumentos, e segundo o primeiro-ministro é preciso ações conjuntas e um órgão de supervisão dentro da União Europeia. Os países que compõem o G8 se dividem em formas e sistemas de governo diferentes e isto talvez tenha origem na formação histórica de cada nação. Listamos sob forma de tabela essa divisão. 23

Paises

França

Estados Unidos

Reino Unido

Alemanha

Itália

Japão

Canadá

Rússia

Forma de Governo

República

República

Monarquia Constitucional

República Federal

República

Monarquia

Monarquia

República

Sistema de Governo

Parlamentarismo

Presidencialismo

Parlamentarismo

Parlamentarismo

Parlamentarista

Monarquia Constitucional ou Monarquia Parlamentar

Monarquia Constitucional ou Monarquia

parlamentarista

Semipresidencialista

Países que são Monarquia: Canadá, Japão e Reino Unido. A Monarquia é constituída por um sistema eleitoral que não tem a participação do povo, ou seja, eles não têm direito ao voto para escolher os seus governantes, pois o sistema monárquico é hereditário, ou seja, de pai para filho para ser o chefe de estado, mas há uma constituição (seria das leis fundamentais) que limitam os poderes do monarca.

A chefia do estado é exercida por um monarca, a chefia do governo por um primeiro ministro ou o presidente do conselho de ministro, a ele cabendo o verdadeiro encargo do poder, executivo e a direção das políticas interna e externa do país, além da administração civil e militar de acordo com as leis e a constituição nacional existe também um poder moderador chefiado pelo monarca, sendo que as monarquias constitucionais modernas obedecem frequentemente a um sistema de separação de poderes, e o monarca é o chefe (simbólico) do poder executivo, sendo ele imperador ou (majestade) rei ou rainha como o chefe de estado.

Na monarquia o governo do estado é baseado em fortes tradições, e também atua como chefe de estado. Pois este sistema entrou em decadência sendo substituído pela República, em grande parte dos países, daí o fim da monarquia. Países que são República: Estados Unidos, Itália, França, Alemanha e Rússia.

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Sendo o presidente da república o chefe do estado (nação) tendo ele o mais alto cargo político do país, até então. Na república o presidente é eleito através do voto livre, popular, universal e secreto, pois todos aqueles que fazem parte do colégio eleitoral, para um mandato de quatro anos com um limite de dois mandatos consecutivos, impostos pela vigésima segunda emenda constitucional.

A república é um governo que procura atender os interesses gerais de todos os cidadãos, pois é o povo que o elegeu como o chefe de estado depositando a sua confiança em representante do poder.

A relação de poder entre os países do G8 visa estabelecer acordo sobre assuntos econômicos atuais relacionados aos interesses dos países membros, pois a divisão do poder econômico mundial está diretamente relacionada aos interesses de cada grupo de países de acordo com a sua inversão na divisão internacional do trabalho.

O país que tem mais poder de influência sobre os outros é o Estados Unidos, pois suas influencias tem um grande impacto sobre todas as outras nações.

Acreditamos sim, que a forma de governo interfere sobre a influência, pois mesmo o G8 sendo a maior potência do mundo, ou seja, os países mais industrializados, de uma forma ou outra, o governo interfere, seja nas questões macroeconômicas que sempre estiveram presentes no comércio internacional, e nos países em desenvolvimento e a globalização.

Até mesmo quando não são colocadas totalmente em praticas as decisões das reuniões do G8, este tem o poder de influenciar outras organizações mundiais, que tem suas ações baseadas no grupo G8. As economias mais estáveis é a da Alemanha e a França, pois parecem as maiores e mais estáveis economia da Europa pois está sofrendo menos que os outros países podendo até apontar sua publicidade entre os países do G8. Os problemas que estamos enfrentando com a crise global não podem mais ser resolvidos pelos países industrializados sozinhos, afirma a chanceler alemã, pois atualmente não seria mais possível discutir só o G8 de um problema que é mundial e de tão grande importância como a economia mundial, a questão do aquecimento global, o combate a pobreza ou o comercio internacional, pois já temos a participação do grupo dos emergentes que são países em desenvolvimentos,como o Brasil, china , Índia, México e áfrico do sul, sendo que esse grupo do G5, vem participando como convidados das reuniões de cúpula anuais do G8 desde 2005. 25

A crise global afetou a todos não só nos que somos os países mais ricos e mais industrializados, principalmente os de menos poder aquisitivos são os que estão ainda pior.

A sigla G8 corresponde ao grupo dos oito países mais ricos e influentes do mundo, fazem parte os Estados Unidos, Japão, Alemanha, Canadá, França, Itália, Reino Unido e Rússia. Antes chamada de G7, a sigla alterou-se com a inserção da Rússia, que ingressou no grupo em 1998.

Explicitamente, a função do G8 é a de decidir quais os caminhos o mundo deve seguir, pois esses países possuem economias consolidadas e suas forças políticas exercem grande influência nas instituições e organizações mundiais, como ONU, FMI, OMC. A discussão gira em torno do processo de globalização, abertura de mercados, problemas ambientais, ajudas financeiras para economias em crise, entre outros.

Segundo líderes do grupo, as discussões propostas nas reuniões têm por finalidade diminuir as disparidades entre as economias dos países subdesenvolvidos. Embora na prática não seja assim, pois fica claro que as decisões tomadas servem para atender os interesses internos dos entes do grupo, um exemplo convincente está vinculado à abordagem ecológica, muitas vezes os países do G-8 não se comprometem a assinar acordos ambientais, tendo em vista que são os que mais provocam tais problemas. O embrião do G-8 foi gerado em 1975, na França, nas proximidades de Paris em um castelo chamado Ramboullet, onde ocorreu uma reunião informal com alguns líderes de países importantes.

Fizeram parte da reunião: EUA, Reino Unido, França, Alemanha, Japão e Itália, para discussões sobre os problemas regionais e internacionais, logo em 1976, houve a inserção do Canadá no grupo, totalizando sete países, referência que deu origem à sigla G-7, naquele momento. Essa configuração permaneceu até 1998, quando a Rússia integrou o grupo, formando o atual G-8. Apesar do discurso homogêneo dos países membros, ficando claro o protecionismo de cada participante.

Nos últimos anos sempre que acontece esse encontro, ocorre simultaneamente uma série de manifestações lideradas, não por pessoas originadas de países pobres, mas por pessoas de países desenvolvidos que não admitem o aumento da desigualdade social, econômica e da globalização. 26

CONCLUSÃO

Apesar de ter uma agenda cada vez mais carregada, o G8 conseguiu manter um caráter informal e evitar uma ampla burocratização, ele não possui secretaria ou regulamento interno aprovado, é o membro do grupo encarregado de exercer a presidência que define a ordem do dia e decide qual a maneira mais apropriada de tratar cada assunto.

A presidência sedia e organiza a reunião, age como porta-voz do grupo durante o ano e coordena os trabalhos dos grupos; é a ela, por fim, que cabe associar aos trabalhos do G8 como organizações não governamentais (ONGs), instituições financeiras internacionais e outros setores da sociedade civil.

Os preparativos para as cimeiras são realizados por meio de reuniões ao longo do ano, das quais participam os representantes pessoais dos chefes de Estado e de governo, chamados de "sherpas" (termo usado para designar os carregadores que, no Himalaia, ajudam os alpinistas a escalar os cumes).

Juntamente com os sherpas dos outros países do G8, durante o ano ele trata dos temas que possam fazer parte da ordem do dia, de forma a que os chefes de Estado e de governo possam concentrar a sua atenção nos pontos essenciais durante a sua reunião, os sherpas também são encarregados de supervisionar a execução das decisões tomadas na reunião de cúpula, cada sherpa é assessorado por duas pessoas de seu país, chamados de "sub-sherpas": um sub-sherpa para as finanças e outro para as questões externas, encarregados de tratar dos novos dossiês e analisar o estado de evolução dos compromissos anteriores.

Além disso, o diretor de assuntos políticos do ministério das Relações Exteriores é encarregado de preparar os dossiês políticos e de segurança destinados à cúpula, outras reuniões técnicas específicas do G8 podem ser realizadas no decorrer do ano sobre os assuntos tratados.

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REFERÊNCIAS

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