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AS MÃOS VISÍVEIS DO ESTADO

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Por:   •  13/9/2013  •  845 Palavras (4 Páginas)  •  250 Visualizações

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CURSO: ADIMINISTRAÇÃO 1º PERIODO

AS MÃOS VISÍVEIS DO ESTADO

A Avenida Chile, uma reta com quatro pistas e cerca de 500 metros de extensão, no centro do Rio, ganhou em algum momento nos meios econômicos o apelido de “Wall Street”, uma alusão aos pesos pesados da economia que seus prédios altos e elegantes.

Só que, ao contrario da famosa rua nova-iorquina que abriga o coração do capitalismo privado mundial, na via carioca é o capital do Estado que tem predominância. Seja na mestiça Petrobras, a maior empresa industrial do país, seja no puro-sangue Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), dono do virtual monopólio dos

Financiamentos domésticos de longo prazo à economia brasileira.

Desde 1952, o BNDES tem sido o proeiro de todos os barcos que conduziram os principais programas de desenvolvimento econômico, ou de reestruturação, dos sucessivos governos brasileiros. Naquele ano, o banco de fomento veio à luz gestado pela Comissão Mista Brasil- Estados Unidos (CMBEU), criado para traçar o Plano de Reaparelhamento Econômico do segundo governo Getúlio Vargas (1950 – 1954).

De 2003 para cá, Lula e Dilma intensificaram como nunca o papel do banco como promotor do desenvolvimento e até quebraram um paradigma a parti da crise mundial desencadeada pelo colapso do mercado imobiliário americano em 2008: o dinheiro para os financiamentos do banco, historicamente originado no repasse de algum imposto, taxa ou contribuição, passou a sair majoritariamente dos cofres do Tesouro Nacional.

A Moody’s rebaixou a nota do banco de A3 para Baa2, a Moody’s justificou decisão, relevada na Avenida Chile com o argumento de uma distribuição exagerada de créditos em relação ao tamanho do capital do banco estatal.

Em 20121 os ativos do banco domavam 16,25% do PIB e os desembolsos respondiam por 19,5% dos investimentos feitos no país.

Em seu mais recente relatório, a Comissão de Crescimento da respeitada London School of Econômica (LSE) recomenda a criação de um banco estatal no Reino Unido para financiar investimentos em infraestrutura e cita o BNDES como um dos exemplos a ser seguidos. Paralelamente, no fim do mês passado, desembarcava na sede do banco estatal brasileiro uma missão do governo dos Estados Unidos para conhecer os mecanismos de funcionamento do BNDES, com o intuito de servir de espelho para a criação de um banco similar mo país de Barack Obama, com foco também no financiamento à infraestrutura.

Para o vice-presidente João Carlos Ferraz, ainda será extenso o caminho que levara o sistema financeiro privado a dividir o espaço do longo prazo com o BNDES.

O BNDES tem a escala e o escopo necessários para enfrentar os desafios do desenvolvimento neste momento, afirma Ferraz. Só que, para o futuro, Ferraz considera que os desafios do investimento são tão amplos que a indústria financeira, em crescente sofisticação, acabara assumindo parte da tarefa. Para o vice-presidente, carregando no economês, o futuro do Brasil é o “crowding in”, quando o expansionismo fiscal do Estado alavanca o investimento privado, e não o “crowding out”, o efeito contrario, quando o Estado enxuga os recursos

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