Análise Do Vídeo Acidente TAM Voo 3045 Em Congonhas-SP

Universidade Federal de Itajubá – Campus Itabira

Ciência, Tecnologia e Sociedade

Ana Carolina Silva Ferreira

Análise do Vídeo Acidente TAM voo 3045 em Congonhas-SP

Itabira

Abril - 2014

Universidade Federal de Itajubá – Campus Itabira

Engenharia de Saúde e Segurança/ 1° período

Ana Carolina Silva Ferreira

Orientador(a): Geraldo Fabiano de Souza Moraes

Itabira

2014

Lista de abreviaturas e siglas

ANAC- Agência Nacional de Aviação Civil.

CENIPA- Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos.

ABNT- Associação Brasileira de Normas Técnicas.

Introdução

O trabalho proposto pelo professor Geraldo Fabiano de Souza Moraes, com a proposta de analisar riscos envolvendo o acidente ocorrido no aeroporto de Congonhas, na cidade de São Paulo, no ano de 2007, no qual a aeronave da TAM voo JJ 3054 que chegava da cidade de Porto Alegre, a fim de encontrar possíveis prevenções para tal ocorrência.

Palavras-chave

Acidente, aeronave, aeroporto(s), avião, decolagens, motor, pista, pouso(s), previsível, ranhuras, reverso, riscos, saúde, segurança, trabalho, tripulação.

Questionamentos

Questão 1 - Este documentário aborda a questão da reatividade ou pró atividade na análise do acidente em questão? Justifique sua resposta.

Este documento aborda a reatividade na análise do acidente em questão a partir do ponto em que os riscos são analisados e então são localizadas possíveis soluções e/ou prevenções para futuros acontecimentos.

A pró-atividade foi abordada em partes, já que no papel, a fiscalização seria aumentada, haveria a regulamentação das pistas que não estivessem corretamente padronizadas, etc. Porém, na prática não é o que acontece, já que pouco tempo depois do ocorrido, o aeroporto que teoricamente ficaria suspenso de obter pousos e decolagens, foi reaberto e hoje exerce suas funções como se nada tivesse acontecido.

Questão 2 - O acidente em questão era previsível e/ou presumível? Justifique sua resposta com fatos relatados no documentário e no relatório da ANAC RF A- 67/CENIPA/2009.

O acidente em questão passa a ser previsível a partir do momento em que a reforma do aeroporto não foi completamente concluída e os pousos e decolagens na pista 35L foram liberados no dia 29 de junho de 2007, sem as devidas ranhuras no asfalto, que têm a função de aumentar o coeficiente de atrito da pista, fazendo com que não houvesse total escoamento da água da chuva, por exemplo, fazendo então algumas das aeronaves que ali frequentemente pousavam e decolavam, aquaplanassem e/ou derrapassem, aumentando o risco de acidentes, assim como o ocorrido no dia 17 de julho de 2007. Então, era de se esperar que mais cedo ou mais tarde algum acidente grave viria a acontecer se não regularizassem o ambiente.

Porém, a “culpa” não era apenas da pista 35L em questão, houve também uma falha técnica na aeronave A-320 na qual os motores reversos (que diminuem até zerar a velocidade do avião) apenas um estava funcionando corretamente. Um motor reverso estava na mais perfeita ordem, no entanto, o outro motor, estava “anulando” a força do que estava funcionando, fazendo com que o avião ao invés de diminuir sua velocidade até a completa parada, estava aumentando a velocidade, levando a tal fatalidade.

Questão 3 - Cite e descreva os riscos observados no evento descrito.

Os riscos observados no evento descrito começaram a aparecer antes mesmo de o acidente ocorrer, principalmente a partir do dia 29 de junho de 2007, data na qual mesmo sem possuir a completa adequação do ambiente (ranhuras no asfalto para obtenção de um atrito maior da aeronave com o chão), foram liberados os pousos e decolagens na temida pista 35L. Outro risco existente, era o fato das condições climáticas não estarem favoráveis à necessidade de parada da aeronave, havia chovido e como a pista não havia mecanismos necessários para o total escoamento da água da chuva, o risco se tornou grande.

O fato de a pista ter “fama” ruim, também pode ser caracterizado como um risco, já que então, a falta de opções em caso de emergência era constante. Deixando toda a tripulação em um desconforto bem grande, abalando o psicológico principalmente do piloto, levando-o até a tomar decisões erradas, por exemplo.

Questão 4 - Todo acidente deve ser analisado sob a ótica da multicausalidade. Faça uma análise do acidente descrito no vídeo em nível de falha ORGANIZACIONAL, OPERACIONAL, AMBIENTAL E HUMANO.

O acidente descrito no vídeo em nível de falha organizacional se deu pelo fato da baixa infraestrutura necessária para obtenção de um pouso perfeito, no caso, a falta das ranhuras no asfalto e a falta de um mecanismo para o total escoamento da água da chuva.

Em nível operacional, o acidente ocorreu devido às falhas técnicas em um dos motores reversos da aeronave, que ao invés de diminuir a velocidade,