BR 230 - Transamazônica

Licenciamento para pavimentação da BR 230

Como grande parte da rodovia foi aberta no meio da floresta amazônica foi difícil para o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) conseguir uma licença para dar continuidade ao processo de pavimentação da mesma. Porém no ano de 2000 um decreto assinado pelo então presidente Fernando Henrique Cardoso autorizava a obra, no entanto ela não foi realizada pois na época o país atravessou uma série de crises econômicas que obrigavam o governo a promover um aperto fiscal.

O processo de licenciamento para obras na Amazônia, porém, ainda é um ponto de discussão entre os Ministérios dos Transportes e do Meio Ambiente. A tendência é que as rodovias dessa região sejam tratadas.

Por exigência dos órgãos ambientais, o DNIT teve de retomar os estudos de impacto ambiental (Eia-Rima), já feitos anteriormente pela Universidade Federal do Amazonas, mas rejeitados pelo Ibama, que exigiu mais amostras da fauna típica da estiagem e do período chuvoso.

Impactos socioculturais da BR-230

Uma consequência trazida após a construção da BR-230 é a maior acessibilidade do homem ás áreas da floresta amazônica que por muito tempo foram inacessíveis, mas que hoje ou amanhã sofrem ou poderão sofrer intervenções desfavoráveis trazidas pela sociedade. Tribos indígenas que vivem ao entorno da rodovia vêm sofrendo bastante com esses avanços da sociedade nessas áreas que vêm provocando muitos conflitos por territórios entre donos de terras e tribos indígenas. Em outros casos algumas tribos costumam intervir no fluxo de caminhões da rodovia transamazônica e muitas vezes criam até pedágios clandestinos cobrando tarifas absurdas aos motoristas