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Capítulo IV De O Príncipe De Maquiavel

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Por:   •  24/3/2014  •  833 Palavras (4 Páginas)  •  717 Visualizações

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INTRODUÇÃO

O capítulo explica que os principados podem ser governados de duas formas: por um príncipe e seus ministros, que o ajudam a administrar o país; e por um príncipe e vários barões, cuja posição se explica por hereditariedade. Maquiavel aponta qual dos dois tipos de principado é mais fácil de conquistar, e qual é mais fácil de manter. Ele sustenta sua tese dando exemplos dos principados da Turquia e da França.

1. SOBRE O PRÍNCIPE

Escrito em 1513, O Príncipe é uma coletânea de pensamentos de Maquiavel, os quais ele considera importante para um príncipe. Sempre buscando lições da história para confirmar seu ponto de vista, ele elabora vários temas, servindo como um verdadeiro “manual’’ para os poderosos, consolida táticas para conquistar, administrar e manter um Estado.

Entretanto, não se deve confundir O príncipe com um livro histórico. Ainda que Maquiavel chame tal obra de “tratado” (1994, p. 195), para Strauss (1958, p. 55, tradução nossa) trata-se de um livro científico, pois “[...] transmite um ensinamento geral que é baseado em um raciocínio oriundo da experiência [...]”.

Ele ainda afirma: “De acordo com o fato de que O príncipe é um livro científico e não histórico, apenas três títulos dos vinte e seis capítulos contém nomes próprios.” (STRAUSS, 1958, p. 55, tradução nossa). Burnham (1943, p. 40) compartilha da mesma opinião, afirmando que o método de Maquiavel é o da ciência aplicada para a política.

2. SOBRE O CAPÍTULO IV

2.1 FORMAS DE PRINCIPADO

2.1.1 Modelo de principado francês

Sabe-se que na época em que O Príncipe foi escrito, em 1513, a forma de governo vigente na Europa era descentralizada e fragmentada. Na França, por exemplo, havia a figura de um príncipe na administração e, separado dele, uma nobreza que estava ligada aos seus feudos por um vínculo de sangue.

Maquiavel explica: “O rei da França é cercado por um grande número de estirpe antiga, nobres reconhecidos como tais pelos próprios súditos, e que são estimados por eles. Os nobres têm prerrogativa das quais o rei não pode privá-los sem perigo para si.” (2007, p. 30)

2.1.2 Modelo de principado turco

Já na Turquia da época, a forma de governo era estabelecida por um senhor, ou seja, o príncipe, e seus subordinados, divididos em sanjaks, os quais o auxiliavam na manutenção da ordem do Estado.

Quanto ao principado turco, o autor enfatiza: “A monarquia turca é dirigida exclusivamente por um soberano, que tem seus servidores e divide o reino em províncias, às quais envia seus servidores para administrá-las, e que substitui e exonera livremente.” (2007, p. 30)

2.2 DIFICULDADES DE CONQUISTA E MANUTENÇÃO

Maquiavel coloca que o principado francês é mais fácil de ser invadido por intermédio de aliança com algum barão descontente ou que aspira inovações. Estes poderiam abrir caminho ao invasor e facilitar sua vitória. Embora após a conquista surgiriam inúmeras dificuldades para manter a conquista provocadas tanto por os que ajudaram quanto pelos os que sofreram opressão. Nesse caso não bastaria aniquilar a família do

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