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Crise Financeira - 2008

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Por:   •  20/3/2014  •  3.622 Palavras (15 Páginas)  •  568 Visualizações

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IMPACTOS DA CRISE DE 2008 SOBRE A ECONOMIA MUNDIAL

Trabalho apresentado à disciplina de Sistema Financeiro Nacional do 5° período do Programa de Graduação em Administração da Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais - Praça da Liberdade.

Orientadora: Luiz Amaro Lanari

Belo Horizonte

2013

SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO 4

2 A CRISE DE 2008 5

3 IMPACTOS DA CRISE SOBRE O BRASIL 8

4 CONSIDERAÇÕES FINAIS 13

REFERÊNCIAS 14

1 INTRODUÇÃO

O sistema econômico financeiro, é composto pelos agentes econômicos: Estado (toma decisões de consumo, investimento e de política econômica), famílias (tomam decisões sobre o consumo de bens e serviços e de poupança), empresas (que tomam decisões sobre investimento, produção e oferta de trabalho) e instituições financeiras, como: os bancos comerciais, as seguradoras e os bancos de investimento que agem como intermediadores entre os poupadores e credores. Esse sistema está em vigor desde as primeiras práticas capitalistas e ao longo dos anos passou por várias crises financeiras que determinaram modificações significativas para o aperfeiçoamento nos processos da economia.

Uma dessas crises foi iniciada nos Estados Unidos em 2008, devido a liberação de créditos imobiliários de alto risco e teve como agravante a quebra do banco de investimento Lehman Brothers, o que provocou em todo o mundo graves efeitos nas dimensões políticas e sociais.

No contexto analisado, entende-se que de um lado, houve o aumento do medo pelo risco e a preferência absoluta pela liquidez, nas principais economias avançadas deu início a uma grande desvalorização das moedas. Por outro, a forte retração da atividade econômica das economias centrais, associada ao movimento de declínio do sistema financeiro, e de deflação dos ativos se traduziu em menor movimentação do comércio mundial. Os problemas ocorridos afetaram todas as nações contínuas, não concentrando as consequências em determinadas instituições, mas abrangendo todo o modelo econômico predominante na época.

O objetivo deste trabalho é apresentar as principais causas da crise que impactou o sistema financeiro mundial, deixando consequências que podem ser observadas até a período atual. Será apresentado também a análise dos principais efeitos provocados pela crise de 2008 no Brasil.

2 A CRISE DE 2008

Segundo, Lamucci (2013) a crise de 2008 começou de fato em meados de 2007, já Cardote (2009), informou que seu início ocorreu no ano 2000 e seu auge foi em 2008. Um dos motivos que levaram à crise foi os problemas no mercado de hipotecas de alto risco, o chamado subprime. A elevação dos preços dos imóveis estimulou a tomada de mais empréstimos para ganhos imobiliários, as Financeiras como a Americas confiaram de modo excessivo em clientes que não tinham bom histórico de pagamento de dívidas nos últimos anos.

Durante algum tempo, a posse de um imóvel ofereceu a classe média e até uma parcela dos pobres uma oportunidade atraente para participar da febre especulativa que nos anos 1990 e 2000 estavam tornando os riscos bem mais ricos (…). Com a disparada dos preços dos imóveis causada pela demanda crescente de pessoas que em circunstâncias normais jamais teriam condições de comprar uma casa, a utilização de parte ou da totalidade do valor líquido de um imóvel para financiar os custos da escolarização da geração seguinte (…) ou simplesmente para consumo pessoal (...), tornou-se uma prática comum. Tampouco era incomum que os proprietários de imóveis usassem seu novo crédito para comprar uma segunda ou terceira residência, na esperança de lucrar com o aumento ilimitado improvável do valor dos bens imobiliários. (STREECK, 2012, p.47)

A falta de regulação e supervisão por parte do governo no mercado, foi outro fator que contribuiu para que a crise ocorresse, pois apesar da Supervisão Bancária, estabelecida em 1988, através do acordo da Basileia criado com o objetivo de “definir critérios para mensuração principalmente do risco do crédito de mercado, e definir um capital mínimo necessário aos bancos para financiar seus ativos de risco.” (ASSAF, 2011). e sua revisão em 2004 (Basileia II), que estabeleceu mais 3 pilares direcionados aos grandes bancos, que consistia em : requerimentos de capital; revisão pela supervisão do processo de avaliação da adequação de capital dos bancos e disciplina de mercado, não foram suficientes para impedir o declínio do sistema financeiro, “(...) a inexistência de um “muro de contenção” entre os bancos comerciais e os bancos de investimento permitiu que os primeiros se envolvessem em operações de alto risco, comprometendo de modo temerário os recursos dos depositantes.” (MAZZUCCHELLI, 2008, p. 61).

O resultado foi um desempenho mais fraco da economia norte-americana que atingiu imediatamente os países que exportavam para o EUA, afetando também todo o sistema econômico internacional.

A crise atual representa, na verdade, uma derrota fragorosa do liberalismo irrefletido que contaminou os espíritos nos últimos trinta anos. A fé cega na capacidade de regulação dos mercados é um dogma que acompanha o capitalismo desde o seu nascimento. (MAZZUCCHELLI, 2008, p.81).

A crise proporcionou graves efeitos às dimensões políticas e sociais em todo o mundo, repercutindo pelas ações dos Estados Unidos na época. Nesse período os bancos que estavam quebrados foram comprados por outras instituições bancárias, ou se transformaram em holding financeiras (financial holding companies), como aconteceu com a America, o Goldman Sachs e o Morgan Stanley, de acordo com Cintra, Farhi (2008).

Nenhuma dessas alternativas foram dadas ao Lehman Brothers. Para Dowbor (2008) a crise se agravou com a

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