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Desenvolvimento Econômico

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Por:   •  5/6/2014  •  845 Palavras (4 Páginas)  •  216 Visualizações

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4. Elementos de Política para o Caso Brasileiro

Uma vez detalhados os desafios mais importantes para o desenvolvimento econômico,

as relações entre estado, estrutura produtiva e SNIs e a política industrial e de inovação de

Rússia, Índia, China e África do Sul (RICS), o objetivo dessa sessão é fornecer uma reflexão

sobre os principais elementos de política desses países são considerados mais relevantes

subsidiar políticas industriais e tecnológicas para o Brasil.

4.1 Estrutura Produtiva

Uma comparação da estrutura produtiva do Brasil com aquela dos BRICS revela que, em

termos relativos, o país tem uma vantagem potencial que deve ser levada em consideração no

design de políticas de investimeto. Ao contrário do pode ser observado nos RICS ao longo

desse estudo, a estrutura produtiva brasileira, em que pese diferenças importantes de escala,

mostra-se mais diversificada.

Em primeiro lugar, deve-se destacar que o país conta com um parque industrial

relativamente compelexo. Não existe um setor específico que domine os demais em termos

de produção, cujo funcionamento acabe por determinar em última instância a dinâmica do

setor industrial como um todo. Esse fator consiste em uma clara vantagem relativa sobre

países como a Rússia, cuja economia depende fortemente da dinâmica do setor primárioexportador

e das atividades ligadas ao setor energético (petróleo e derivados). Da mesma

forma, a dependência de um único setor pode ser considerada como o maior desafio

enfrentado pela África do Sul, como é o caso do setor de mineração.

Outra característica importante do Brasil é a ampla integração de seu parque industrial

com o mercado internacional. Essa relação pode ser vista tanto do ponto de vista dos fluxos

de comércio, cuja percentual em relação ao PIB é crescente e compatível com a dimensão do

país, quanto do ponto da estrutura de propriedade das empresas aqui instaladas. Essa

integração constitui uma importante vantagem comparativa para o Brasil na comparação com

a Índia, por exemplo. Conforme visto com mais detalhes anteriormente, ainda existe uma

forte resistência cultural neste país em relação aos investimentos de empresas estrangeiras.

Por outro lado, o alto nível de integração pode trazer algumas limitações dinâmicas,

como é o caso da geração interna de inovações como será visto mais adiante, e da ausência de

grandes grupos nacionais que possam se tornar players globais. Nesse último quesito o país

parece se colocar em uma situação limite na qual as grandes empresas tendem a se

internacionalizar quando atingem um tamanho crítico.

Ainda em relação ao sistema produtivo, podemos destacar um segundo grupo de

vantagens do país em relação aos RICs. Ao contrário de Índia e China, o país não possui

limitações importantes no que concerne à oferta de recursos naturais e à disponibilidade de

terras cultiváveis. Vale notar ainda que ao contrário desses dois países o dualismo existente

entre as populações rurais e urbanas no Brasil é significativamente menor. Assim, essas

atividades impõem menores limites sobre o crescimento ainda que existam problemas

estruturais importantes a serem considerados por políticas de mais lono prazo. Finalmente, o

país possui um setor de serviços modernos relativamente complexo e avançado.

Se por um lado o Brasil possui uma vantagem relativa inerente à essa maior diversidade

do seu sistema produtivo, por outro pode ser beneficiar de alguns exemplos bem sucedidos de

políticas adotadas por outros

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