Diretores Ecolares E Gestão Democratica

DIRETORES ESCOLARES E GESTÃO DEMOCRATICA DA ESCOLA

A afirmação de que é “difícil administrar sozinho a escola”, denuncia o isolamento do dirigente escolar enquanto responsável único pela instituição educativa, que independe de sua vontade mas não de seu cargo.

A administração que centraliza todas as decisões e todo o poder nas mãos do diretor, gera uma sobrecarga de trabalho, e estabelece relações conflituosas no âmbito escolar, que gera o insucesso dos alunos.

O processo de escolha democrático de diretores escolares, iniciou-se nas década de 60, nos colégios estaduais do Estado do Rio Grande do Sul. A partir da década de 80 e atualmente há muitas preocupações em relação ao processo de escolha de diretores, nos Municípios e Estados brasileiros o que estimula o questionamento sobre o papel do diretor numa construção democrática da escola pública.

Estabelecemos, quatro categorias pra a escolha de diretores escolares, nomeação, concurso, eleição e esquemas mistos.

Nomeação = o diretor é escolhido através de indicação, pelo governador ou pelo prefeito. Dessa forma assume um cargo de confiança.

Concurso = é realizado através de provas e titulo, para a comprovação de formação especifica. Este tipo de escolha defende a moralidade pública, considerando os critérios objetivos e técnicos, para a seleção do candidato. Mas não podemos medir seu poder de liderança em relação aos usuários da escola pública. O processo se tornas democrático para o candidato mas não é para a comunidade escolar.

Sendo assim, o diretor pode não ter grandes compromissos com os objetivos educacionais da escola, que gera a negligencia em relação às formas de gestão democrática.

Eleição = Baseia-se na vontade da comunidade escolar, e pode efetivar: voto direto, representativo, uninominal ou listas tríplices.

Este processo favorece a discussão democrática e implica maior distribuição de poder.

A função de diretor exige o equilíbrio entre competência técnica e sensibilidade política.

O mandato é por tempo determinado com direito a uma reeleição, este tipo de escolha favorece a gestão democrática e colegiada da escola.

Esquema misto = combina diferentes formas no processo de escolha dos diretores, provas que avaliam sua competência técnica, eleições, a comunidade geralmente participa de varias fases do processo, assim o diretor tem maior vinculo e compromisso com aqueles que o escolheram ou indicaram.

A história de eleição para diretores no Brasil é marcada por avanços e retrocessos, torna-se necessário aproveitar a experiência democrática de outros países, e procurar regulamentar o principio da gestão democrática na forma da lei.

A gestão democrática não é processo simples, mas não tão complexo, ela acontecerá associada à elaboração do projeto político-pedagógico da escola, e implantação de Conselhos de Escola que garantam a autonomia administrativa, sem eximir o Estado das suas responsabilidades com o ensino publico.

O processo de escolha pode obedecer algumas etapas:

a) Verificação da elegibilidade

As condições previas básicas para se canditar ao cargo, no ato da inscrição verificar se atendem as exigências do cargo; tempo mínimo no cargo público, e formação especifica exigida.

b) Processo seletivo prévio

Pelas razões do item anterior, o processo de escolha de diretores pode aperfeiçoar-se introduzindo um processo seletivo prévio.

c) Eleição

Os candidatos aprovados deverão submeter-se ao processo de verificação de liderança, apresentando e defendendo seus programas de trabalho

Um segundo parâmetro a ser observado são as Comissões Eleitorais, devem ser criadas nas unidades de ensino para planejar, organizar, fiscalizar, e acompanhar