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Era Vargas

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Por:   •  11/6/2013  •  1.265 Palavras (6 Páginas)  •  321 Visualizações

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A Era Vargas

A Aliança Liberal

A crise mundial, que começou nos EUA em 1929, desabou em cima do Brasil. De cada 100 Libras esterlinas que os exportadores ganhavam, cerca de 70 vinham da venda de café. O resultado você pode imaginar: Cafeicultores falidos e também os bancos que financiavam os cafeicultores e os comerciantes que lidavam com exportação. Uma onda de quebra. Os que ainda não tinham quebrado exigiam que o Estado brasileiro mais uma vez os salvassem. A sociedade brasileira por sua vez, também se perguntava: no momento grave da crise, o que esperar do governo? Que se preocupe apenas em salvar a pele dos fazendeiros?

A Crise também afetou as alianças politicas. Agora, era cada um por si, e o pacto do café com leite se desfez. Assim o presidente Washington Luís, paulista de Macaé, em vez de apoiar um mineiro na eleição seguinte, preferiu o cafeicultor paulista Júlio Prestes que tinha nada a ser com o revolucionário Luís Carlos Prestes. O governador mineiro propôs aos gaúchos enfrentar abertamente São Paulo. Para demostrar sinceridade, ofereceu a eles o cardo máximo: O candidato à presidente seria Getúlio Vargas. É você sabe muito bem que estamos falando de uma figura mais importante de toda a história do Brasil.

São Paulo Estava se dividindo. Por causa disso, foi fundado o Partido Democrático (PD) que propunha reformas politicas como o voto secreto, coisa que os tenentes e a classe média também queriam. Ou Seja, como demostrou o historiador paulista Boris Fausto, o PD pouco tinha a ver com a burguesia industrial

paulista, mas certo namorico com a classe média e alguns cafeicultores.

A União gaúcho-mineira criou a Aliança Liberal, cujo objetivo principal era eleger Vargas presidente. O PD paulista rompido com o PRP, aderiu, que faltava a aliança com o Nordeste. Em 1929, Getúlio Vargas não era um candidato tão diferente assim. De origem abastada, ligado à oligarquia gaúcha, chegou a ser ministro da fazenda do presidente Washington Luís. A Aliança Liberal buscava apoio de todos os insatisfeitos com o domínio da oligarquia, especialmente a dos cafeicultores paulista.

No meio da campanha eleitoral estourou a célebre Crise da Bolsa de Nova Iorque. Muitos fazendeiros da Republica os salvasse. Propunham moratória das dividas e que o Banco do Brasil emprestassem a uma bela quantia em juros baixos. Não Chegaram a abraçar a Aliança Liberal, mas também não confiavam tanto no governo federal.

Nas Cidades, a agitação crescia. Greves voltaram a acontecer. Os comunistas, pouco a pouco ganhavam força. Basta lembrar que o BOC (Bloco de Operário Camponês) tinha acontecido eleger deputados. A crise se avolumava. Os pais pareciam uma panela de pressão pronta para explodir.

Trinta (1930)

A Revolução de 30 foi um movimento iniciado por oligarquias insatisfeitas com o resultado das eleições presidenciais de 1930 em associação com grupos radicais de oficiais do exército brasileiro. Através de um movimento militar, essa coalizão heterogênea derrubara o governo legalmente constituído, com uma plataforma de moralização das práticas políticas e de

transformações sociais e econômicas. O governo instaurado pela Revolução de 30 foi responsável pela adoção no Brasil das primeiras formas de legislação social e de estímulo ao desenvolvimento industrial. Dos sindicatos brasileiros às grandes empresas estatais, todas as modernas estruturas do Estado e da sociedade brasileira têm sua origem nas reformas desse período.

Intermináveis negociações preliminares retardaram as ações militares dos conspiradores contra o governo de Washington Luís. Finalmente, em 26 de julho, o inesperado assassinato de João Pessoa, presidente da Paraíba e candidato derrotado à vice-presidência na chapa da Aliança Liberal, estimularam as adesões e acelerou os preparativos para a deflagração da revolução. Alçado à condição de mártir da revolução, João Pessoa foi enterrado no Rio de Janeiro e seus funerais provocaram grande comoção popular, levando setores do Exército antes reticentes a apoiar a causa revolucionária.

Enfim, a três de outubro, sob a liderança civil do gaúcho Getúlio Vargas e sob a chefia militar do tenente-coronel Góes Monteiro, começaram as diversas ações militares. Simultaneamente deu-se início à revolução no Rio Grande do Sul, à revolução em Minas Gerais e à revolução no Nordeste, os três pilares do movimento. Em virtude do maior peso político que os gaúchos detinham no movimento e sob pressão das forças revolucionárias, a Junta finalmente decidiu transmitir o poder a Getúlio Vargas. Num gesto simbólico que representou a tomada do poder, os revolucionários gaúchos, chegando ao Rio,

amarraram seus cavalos no Obelisco da Avenida Rio Brancos. Em Três de novembro chegava ao fim a Primeira República e começava um novo período da história política brasileira, com Getúlio Vargas à frente do Governo Provisório. Era o início da Era Vargas. Entender o significado desse movimento, saber se representou uma ruptura ou continuidade na vida nacional, tem sido objeto de inúmeros livros e artigos escritos desde então.

Revolução...

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