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Fatores De Produção

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Por:   •  19/3/2015  •  4.027 Palavras (17 Páginas)  •  145 Visualizações

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RESUMO

Este estudo tem como objetivo analisar a teoria dos fatores de produção, que explica as formas

de distribuição da riqueza na sociedade capitalista. Isso é feito através de um embate com a

teoria marxiana. Para iniciar o estudo daquela teoria se fez necessária a identificação de sua

base, a teoria do valor utilidade. As discussões sobre cada aspecto considerado relevante

foram feitas quando se fez necessário, mas sem a perda do fio condutor da análise.

Palavras-Chave: Teoria dos fatores de produção, Teoria marxiana, Conteúdo e formas de

manifestação.

1 – INTRODUÇÃO

Desde o surgimento dos primeiros “homo”, a raça humana enfrenta o desafio de obter os meios

que, assumindo uma forma qualquer, tenham a capacidade de satisfazer as suas

necessidades, sejam estas físicas ou psíquicas. Estes objetos, por sua vez, são chamados de

bens (MARX, 1996).

Até determinado desenvolvimento da sociedade, a atividade humana se reduzia à coleta e à

caça, sem necessitar muito conhecimento das leis naturais que regem a vida dos seres vivos.

Mas a partir de determinada quantidade de informações adquiridas sobre a natureza, a

humanidade deu saltos qualitativos em relação à capacidade de dominar o mundo à sua volta,

aumentando suas possibilidades de conseguir os bens que lhes são precisos.

Entretanto alguns deles são fornecidos pela natureza, outros não. Os que não são obtidos

naturalmente tinham que ser produzidos através da utilização dos meios de produção (terra,

gado, moinho, ferramentas, etc.) pelos seres humanos, sendo, portanto, produtos do trabalho

humano. Segundo Marx o trabalho tem um duplo caráter, um representado pela capacidade

comum a todos os homens de agir sobre a natureza e outro representado pela habilidade de

lhe dar nova forma. Ao trabalho despido de qualquer natureza específica ele chamou de

trabalho abstrato e ao seu produto chamou valor. Enquanto ao trabalho que cada profissional

exerce, de acordo com suas aptidões e instrumentos, chamou de trabalho concreto, e ao seu

produto, forma palpável assumida pelo valor, valor de uso (Ibid.). Logo, o fruto do trabalho

humano é valor, por ser dispêndio de força humana, e valor de uso, por ter uma forma física

com determinadas propriedades.

Através dos tempos foram desenvolvidas várias formas de conhecer, modificar e,

principalmente, repassar aos descendentes as informações obtidas através das experiências

vividas. E o desenvolvimento dos meios de comunicação permitiu que a quantidade de

elementos dominados por uma determinada tribo primitiva se transformasse em qualidade, ao

passo que os dados repassados ao resto da comunidade diminuíam as dificuldades na

8CCSADEMT03

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1) Bolsista, (2) Voluntário/colaborador, (3) Orientador/Coordenador, (4) Prof. colaborador, (5) Técnico colaborador.

UFPB-PRG XI Encontro de Iniciação à Docência

obtenção de alguns produtos, e davam também maior liberdade de tempo aos outros para que

estes criassem novas técnicas de produção e fossem em busca de outros bens menos

acessíveis. Além disso, foi possível uma divisão natural do trabalho entre os mais hábeis em

relação a determinadas atividades cotidianas (MARX, 1975).

Graças ao desenvolvimento da produção por hora trabalhada, com a criação e utilização de

instrumentos, os homens começaram a produzir em quantidades cada vez maiores, até que

começaram a obter um produto excedente. Este produto que restava e tinha forma material,

não trazia mais satisfação aos seus produtores, não tinha valor de uso para seu possuidor, mas

também representava trabalho humano, tinha valor, entretanto excedente e inútil, o qual logo

seria desperdiçado se não assumisse outra forma, ou seja, fosse trocado. O objetivo das trocas

era, então, a aquisição de produtos que tivessem seu valor de uso reconhecido por outros

produtores possuidores de objetos que não tinham a capacidade de satisfazê-los. Esta relação

deveria ser mútua e só existia por causa da necessidade que tais objetos supriam. (MARX,

1996).

O surgimento da contradição entre valor e valo de uso no interior do produto do trabalho

humano o fez tomar nova forma, a qual parece ter vida própria e transforma seu produtor em

seu dependente, pois não pode consumi-la: a forma de mercadoria (Ibid.). Porém esta serviu

de catalisador para o desenvolvimento da atividade produtiva do ser humano, graças à

possibilidade de diversificação dos produtos de algumas tribos, as quais puderam obter cada

vez mais utensílios e instrumentos para o desenvolvimento da produtividade de seus povos.

Serviu também para criar o embrião do fenômeno que hoje

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